Tempo de leitura: < 1 minuto

Vira e mexe, o secretário da Fazenda da Prefeitura de Itabuna, Carlos Burgos, dá um ultimato ao prefeito Capitão Azevedo. O primeiro foi quando o prefeito insinou que lavaria as mãos no caso da indicação da filha do secretário para a Procuradoria Jurídica. Burgos disse que se a filha não ficasse, ele também não permaneceria no governo.
Agora, o titular da Fazenda ameaça abandonar o governo caso o prefeito cumpra o acordo que firmou ontem (23)com a Câmara, comprometendo-se a complementar o duodécimo de abril, que chegou “lipoaspirado” em R$ 130 mil ao legislativo.
A situação de Azevedo é a seguinte: ou cumpre o acordo ou aceita a pressão do secretário e, neste caso, ficará claro quem manda hoje na administração municipal.
Fato é que no meio dessa pendenga já existe um coro repetindo o nome de Gilson Nascimento, atual secretário da Administração, para substituir Carlos Burgos na Fazenda. A mudança é vista com simpatia por muita gente, inclusive por governistas e oposicionistas na Câmara.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Clientes da OI-Celular no sul da Bahia, e principalmente em Itabuna, estão sofrendo. Não bastasse o cai-cai de ligações durante toda a tarde desta sexta, quando a noite ainda ameaçava chegar toda a rede caiu. Está fora do ar.
Ninguém faz ou recebe ligações a partir de um aparelho OI.
P.S.: Os problemas com a OI não ficaram restritos à telefonia celular. A fixa também foi afetada, impedindo ligações e uso da internet, seja discada ou em banda larga. E a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), vai ficar paradinha?

Tempo de leitura: < 1 minuto

Indiferente à polêmica se Itabuna terá ou não festa junina, o ex-prefeito Fernando Gomes mandou avisar a amigos, ex-amigos e ao prefeito Capitão Azevedo: no dia 30 de junho, quando completará 70 anos,  estará em Itabuna e quer uma festa de arromba.
Ainda não se sabe quem pagará a conta, mas ele vem.

Tempo de leitura: < 1 minuto
.

Veja essa: “O prefeito de Itabuna de Itabuna (duplo sic), Capitão Azevedo, deu mais um passo para diminuir o déficit populacional (!!!) do município e melhorar as condições de vida das famílias de baixo poder aquisitivo com a assinatura da ordem de serviço para a construção de 97 casas populares no bairro Fernando Gomes. O novo conjunto habitacional será erguido pela Construtora Verti (…).”
Duvida? É só acessar www.itabuna.ba.gov.br. Tem isso e muito mais.
Só não está claro apenas se esse reforço na população será encomendado à Verti como parte do pacote, ou se será contratada uma empresa de cegonhas em regime emergencial – com dispensa de licitação – para garantir um superávit populacional já nos próximos nove meses.

Tempo de leitura: 2 minutos

É por meio de sua assessoria de imprensa que os governantes estabelecem uma comunicação com a sociedade. Na cabeça de quem redige os textos e até dos mandatários do poder é uma satisfação à sociedade do que está sendo feito nos palácios e nos centros administrativos. Por esse motivo, o mínimo que se espera dessa comunicação oficial é que ela seja clara, objetiva e atenda à necessidade de informação do cidadão que paga seus impostos e financia as estruturas de poder, mas não pode dialogar verdadeiramente com esse poder.
Todo esse introdutório – que pode ser interpretado como perfeitamente desnecessário – é para constatar como foi decepcionante ver, hoje,  que o material oficial da prefeitura de Itabuna sobre o acidente que matou o funcionário da Emasa Rosivaldo Santana, peca – e muito! – pela completa falta de informações – diria mesmo de rumo. Em alguns momentos o texto até ameaça informar algo relevante, mas não passa disso, uma ameaça não cumprida.
Para compreender: “Segundo o relatório do Samu, que terá uma cópia anexada ao inquérito da Emasa e deverá estar concluído num prazo de 30 dias, com acompanhamento do Município, às 17h20min Rosivaldo Santana já não mais apresentava sinais vitais. A retirada das vítimas foi feita por bombeiros, trabalhadores da Emasa, populares e socorristas do Samu. Em geral, as operações nesse tipo de acidente são realizadas em conjunto pelos bombeiros, que cuidam da segurança da área, cabendo às equipes do Samu a administração de primeiros socorros e cuidados médicos.” (trecho extraído do texto, sem edições)
Alguém aí notou alguma informação sobre como foi o socorro da vítima que perdeu a vida?
Agora o que foi dito a respeito do resgate do sobrevivente, Nilson Vieira: “No caso de Nilson Vieira dos Santos, que foi retirado com vida do local do acidente, inicialmente foi realizada uma avaliação dos traumas sofridos pela vítima, bem como das vias aéreas, além de verificação da circulação e do estado de consciência do paciente, seguido de administração de oxigênio, acesso venoso, além de imobilização com colar cervical e prancha longa. Após os primeiros socorros ele foi removido para o Hospital Calixto Midlej, onde foram realizados exames de Raio X e uma tomografia.”
Por que da vítima que faleceu não se tem detalhes do socorro? Rosivaldo foi retirado com vida, consciente e respirando com dificuldade, segundo testemunhas. As famílias das vítimas e a sociedade esperam que a investigação anunciada não repita esses primeiros informes que nos chegam, que aparentam ser apenas um instrumento de camuflar as informações, quando deveriam ser justamente o contrário.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Por meio de sua assessoria, a vereadora Rose Castro afirmou que a sua ausência (leia nota) à sessão da última quarta-feira (22) na Câmara de Vereadores de Itabuna não foi uma atitude de obediência ao irmão, Augusto Castro.
A vereadora explicou que havia comunicado previamente a ausência à secretaria parlamentar, justificando que a falta decorreu da necessidade de acompanhar a filha hospitalizada.
Feito o esclarecimento.

CARGOS

Com relação à mesma nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura nega que haja 2 mil funcionários contratados na administração municipal.  De acordo com a versão oficial, são 366 cargos (237 na saúde e outros 129 em outros setores).
A assessoria informa que as contratações não descumprem o Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público Estadual e MP do Trabalho. “Essas contratações foram negociadas com  o MP, em virtude da urgência de profissionais especializados para unidades de saúde, Samu, além do combate à dengue”, diz o governo.
Justifica ainda a assessoria que as contratações temporárias ocorreram porque algumas vagas não teriam sido preenchidas com os concursos públicos realizados no início de 2008.

Tempo de leitura: 6 minutos

O presidente do PSB de Ilhéus, Magno Lavigne, e o prefeito Newton Lima, do mesmo partido, não falam mais a mesma língua. Aliás, parece que nunca falaram. Um dos participantes do movimento que levou à cassação do ex-prefeito Valderico Reis, Lavigne esteve na linha de frente da campanha pela reeleição de Lima e sai deixando claro que lhe faltou espaço no governo. Fala que o prefeito não gosta de política, mas não esconde que o não-atendimento de pedidos do próprio Lavigne e de outros militantes do PSB  foi determinante para o rompimento. “Newton é ingrato”, diz o presidente, que admite a possibilidade de sair do partido. Aliás, em certo trecho da entrevista, concedida por email, o quase ex-pessebista não perdoa a presidente da legenda, Lídice da Mata, a quem acusa de tentar esconder irregularidades cometidas para se manter com o domínio sobre a legenda. Confira.


Pimenta – Você está rompendo com o prefeito Newton Lima?   
 
  Magno Lavigne – Para falar de minha relação com o prefeito Newton é necessário voltarmos no tempo. Fui candidato a prefeito na eleição em que Valderico se elegeu. Por ser trabalhador do setor de transporte e dirigente do Sindicato dos Rodoviários de Ilhéus, sempre tive uma posição de enfrentamento político/ideológico com ele. Afinal, Valderico era um “patrão”. Na campanha eu dizia: “quem não é bom patrão não pode ser um bom prefeito”. Depois criei, juntamente com outras lideranças, o MEP – Movimento Pela Ética na Política de Ilhéus. Foi o primeiro movimento a denunciar frontalmente os desmandos daquele governo, como o nepotismo, a compra de calcinhas com dinheiro público e por fim o mensalinho, fato que culminou na cassação do ex prefeito. O governo Newton é fruto desta conjuntura. Não foi construído por ele e sim, um processo construído por muitos, inclusive por mim. 
Pimenta – Faltou espaço para você no governo? 

 ML – Talvez eu não tenha entendido que este não seria um governo de compromissos ideológicos. Uma administração voltada para os reais interesses da população, preocupada com a organização política de suas bases. Para que eu tivesse mais espaço nesta conjuntura deveria abrir mão de bandeiras que sempre defendi, como por exemplo, o apoio aos sem terra, aos indígenas e as organizações de trabalhadores. Portanto, o que houve é que já entrei numa guerra perdida. Como discutir estas coisas com pessoas despolitizadas? Uma administração sem ambição transformadora e que não ousa planejar a cidade para além de seu fluxo de caixa. Fui minado e caluniado por setores do governo que entendem a bajulação como a única forma de se governar. 

 
Pimenta – Você já comentou que o prefeito tenta governar sem “fazer política”. O que isso significa? 
ML – Sim, disse. Se isto fosse possível, ao invés de eleições faríamos concurso público para prefeito. Veja bem, não acho que política seja coisa ruim. Faço política por gosto e por paixão. Não posso entender o que certos setores do governo de Ilhéus falam acerca da classe política. Defeitos todos tem, até mesmo aqueles que se escudam na religião como plataforma de suas ações. Ao mesmo tempo que se critica a política, mantém uma atitude conservadora. Lembro-me bem do documento que o PPS fez quando rompeu com o governo Lula. O titulo era ” Sem mudança não há saída”. Este governo não conseguiu romper como uma tradição antiga em Ilhéus, que é a manutenção das mesmas figurinhas carimbadas na administração. Tem gente ai que serviu a todos os governos do passado. Por isso repito “Sem  mudança não há saída”.
Pimenta – O prefeito muitas vezes aparenta insegurança. Há alguém que influencie as decisões dele?
ML –
Até onde eu sei, Newton define suas ações a partir de sua própria consciência. Quem eu percebo aumentando o grau de influencia no governo é o grupo da deputada (Ângela Sousa). O chefe de gabinete de Newton, a meu ver, é seu assessor mais influente. Esta influência foi construída com muito jeito. O rapaz já foi assessor de Fábio Souto e certamente está cumprindo direitinho o papel que seu grupo político lhe deu.
Pimenta – O ex-prefeito Valderico tentou manter uma relação promíscua com a Câmara.  Como é hoje a relação entre Newton e os vereadores?
ML –
No meu entendimento, mesmo eu tendo tentado articular a candidatura de Dr. Aldemir, Jailson é um ótimo nome. A relação do governo com a Câmara se dá hoje num nível ético bom. O problema é que a articulação política do governo é ruim.
Pimenta – Newton apoiou Valderico até os últimos instantes. Você acha que foi por fidelidade, conveniência ou as duas coisas juntas?
ML –
Sinceramente, hoje eu tenho dificuldades de avaliar este fato.
Pimenta – Como a deputada Lídice da Mata, maior liderança do PSB na Bahia, vê a sua saída?
ML – Saída? Para mim pouco importa o que Lidice ache ou deixe de achar. Ela tem é que dar explicações de como o partido que pretende ter candidato próprio a presidente da República consegue ser tão nanico na Bahia. O grupo do qual eu faço parte votou nela nas últimas eleições. Os 500 votos que ela teve em Ilhéus foram garimpados por nosso grupo com muito sacrifício e contra a campanha do voto local. Os amigos de hoje, ou estavam com Veloso, ou com ACM Neto. Sei que não se faz política olhando para trás, mas algumas coisas precisam ser ditas, para que o relato dos fatos seja o mais verídico possível. E mais: no ultimo congresso estadual do partido, o grupo LL – Lidice e Leonelli -teve medo de ser derrotado por cometer atitudes que indicam possíveis fraudes, fato que está na Justiça. Pasme, o PSB realizou congressos municipais onde sequer tinha filiados. Portanto, a crise que existe no PSB não é local. Se eu tiver que sair do partido certamente não sairei sozinho, pois não faço política a partir de meu umbigo. Sou de partido, de posição e de grupo.
Pimenta – E qual a posição da base local do partido, inclusive a do vereador Alcides Kruschewsky?
ML –
Para alguns setores do PSB já deveríamos ter rompido com Newton há muito tempo. A maioria dos nossos candidatos a vereador tem me procurado e exposto posições duras a respeito do tratamento recebido pelo prefeito. Quanto a Alcides, não tenho conversado com ele. A minha hipotética saída do PSB deixa o vereador muito bem, pois ele é o vice. No caso, além de vereador tornar-se-ia presidente do partido, o que para quem alimenta ambições políticas maiores, não deixa de ser um grande negócio. O último contato dele comigo foi por carta, quando cobrei dele e Aldemir, por escrito, alguns trâmites estatutários do partido.
Pimenta – Você de fato vai deixar a presidência do PSB? Qual será o seu destino político?
ML –
Sou um militante da luta política, se vou ou não sair da presidência do PSB só o tempo poderá dizer. O que posso afirmar, por hora, é que a crise do PSB baiano é séria e que certamente terá desdobramentos drásticos, não só em Ilhéus, como em todo o estado. Muitas coisas poderão mudar no partido. Quanto ao meu destino, vou dizer como Zeca Pagodinho: “deixa a vida (política) me levar”. Sei que continuo minha luta no movimento sindical e na defesa dos interesses de Ilhéus, como por exemplo, a luta pelo porto sul, a ferrovia oeste leste.
Pimenta – Como você avalia a administração do prefeito?
ML –
Se o prefeito não acordar rapidamente vai ser engolido por setores da corporação municipal, muito fortes no dia-a-dia da prefeitura e por um grupo político travestido de amigo que sonha com ele se transformando num novo Valderico. Sinceramente, torço para que Newton dê certo. Afinal, pode até ter alguém que tenha lutado igual a mim para que ele fosse eleito prefeito. Só não conheço alguém que tenha lutado mais.
Pimenta – Newton o decepcionou?
ML –
Politicamente, nunca esperei muito de Newton. Só esperava que ele reconhecesse o papel que jogamos em sua eleição, pois sabe que quando muitos dos seus aliados de hoje diziam que ele não iria para lugar nenhum, e outros diziam que ele não deveria sair candidato, fomos, nós do PSB de Ilhéus, que bancamos sua candidatura contra forças poderosas. Leonelli, por exemplo, esteve em Ilhéus pedindo que apoiássemos Dr. Ruy (pessoa a qual eu prezo muito). Pessoalmente, não tenho problemas com Newton, pois como diz Jorge Medauar, “política não é lugar para xiliquentos”.  Agora, sob o ponto de vista político, ele foi ingrato. Não com Magno, mas com o PSB. Ele pode até argumentar que o partido tem cargos no seu governo; no entanto, são cargos inexpressivos. O secretário de Turismo mesmo cumpre mais o papel de assessor de vereador do que a função para a qual foi nomeado. Fora o tratamento dado a militantes como Val, Corsário, Zé Roberto e Jair Garçon, entre outros que foram para os bairros defender a reeleição de Newton. Pergunto-me às vezes: a fidelidade política não conta?
Pimenta – Dizem que você e o prefeito nunca “se bicaram”. Era apenas incompatibilidade de gênios ou havia mais algum motivo para essa antipatia?
ML –
Somos de mundos diferentes. Sou um homem de convicções socialistas e ele uma pessoa que não gosta de política. Ou seja, temos muitas divergências. O problema é que não acho que as divergências devam ser escondidas. Acredito no debate de ideias. Parece que o prefeito não tem muita paciência para isso.
Pimenta – Comenta-se que o prefeito está se tornando um homem rico, comprando apartamentos, terras. É verdade?
ML –
Nada do que sei até o momento me tira a convicção que o cidadão Newton é um homem honesto. Tenho com ele divergências no campo das ideias e é assim que faço política.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O ilheense Raymundo Veloso, deputado federal, voltou a ser notícia na mídia nacional. E desta vez o seu nome está envolvido na farra das passagens aéreas. Ele emprestou sua cota de passagens para que o casal João Carlos e Denise Zoghbi pudesse viajar a Madri (Espanha), em março de 2008.
Zoghbi era diretor de recursos humanos da Câmara dos Deputados. Perdeu o cargo após ser flagrado usando apartamentos funcionais em Brasília – de uso exclusivo dos deputados – para dar abrigo aos filhos. Até aqui, não se sabe se o nobre deputado ilheense viajou ao exterior na farra dos bilhetes aéreos, mas deu uma forcinha ao casal de demitidos – Denise era diretora do Instituto Legislativo Brasileiro. (Com informações da coluna Painel, Folha de São Paulo).

Tempo de leitura: < 1 minuto

Advogados que militam em Ilhéus estão uma arara. É que, reclamam, os juizados de Defesa do Consumidor e Causas Comuns (anexos do Fórum Epaminondas Berbert) implantaram medidas em desacordo com o previsto no Estatuto da Advocacia. E as medidas impedem o livre acesso dos profissionais a “salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça”, e por aí vai.
Os profissionais do Direito afirmam que o acesso a estes locais tornou-se restrito a serventuários, contrariando o Estatuto, e não concordam com determinações que acabam por dificultar o trabalho. Uma delas exige, na  procuração conferida aos advogados, que conste o poder expresso de “receber valores”, não sendo suficientes as expressões “receber e dar quitação” ou “levantamento de alvarás”.
Exagero ou não, um dos advogados acredita que as exigências colocam a classe em “pé de igualdade com meliantes que se locupletam indevidamente de quantias alheias”.
Por fim, enumera, existem restrições criadas sem qualquer amparo legal para o fornecimento de certidões, seja quando o processo está concluso ou quando para publicação. “Na Constituição Federal, há a previsão de que não existe hierarquia entre juízes e advogados”.
Abaixo, a restrição que causou a discórdia.

Advogados não concordam com restrições do judiciário em Ilhéus.
Advogados não concordam com restrições do judiciário em Ilhéus.