Do Jornal Bahia Online
Já há alguns anos, Olivença perdeu a sua característica de uma localidade pacata. A Estância Hidromineral de poucas casas habitadas por nativos e visitantes, cresceu. E, agora, além de uma valorizada área de apelo turístico que recebe milhares de pessoas todos os anos, tornou-se alvo de disputa territorial entre o povo tupinambá e os pequenos produtores agrícolas da região. Brancos, caboclos e índios não se entendem e a Olivença com clima de paz pode estar com os dias contados com as ameaças que têm se tornado cada vez mais constantes de ambos os lados.
Tudo começou com um documento encaminhado à justiça, onde a Funai reivindica uma imensa área territorial para abrigar a etnia tupinambá, retirando de uma vez por todas grande parte de históricos moradores da região e assumindo significativa parte da infraestrutura da localidade. Só para se ter uma idéia da dimensão do pedido, o município de Ilhéus perderia para os índios ¼ do seu território. Áreas de grandes empreendimentos hoteleiros passariam a ser território indígena administrado pelos tupinambás de Olivença.
A polêmica demarcação de 47 mil hectares proposta pela Fundação Nacional do Índio (Funai), pode reduzir a área de três municípios sulbahianos. Ilhéus, por exemplo, perderia 26 por cento da sua autonomia territorial e teria que retirar da área demarcada cerca de 12 mil pequenos produtores de cacau, piaçava, seringa, fruticultura, além de pequenos pecuaristas. O município de Una, segundo as primeiras estimativas, perderia 80 por cento de sua área agricultável, de acordo com o vereador Milton Nogueira.
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