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A Portuguesa voltou a se aproximar do G-4 da Série B ao golear o Bahia, por 4 a 1, neste sábado à tarde, no estádio Pituaçu, em Salvador. Agora, a Lusa tem 37 pontos e está em quinto lugar. Já o Tricolor baiano fica estacionado no décimo lugar, com 30 pontos, e vê o acesso à elite mais distante.

O time paulista volta a jogar na próxima terça-feira, contra a Ponte Preta, às 19h30m (horário de Brasília), em São Paulo. Já o Bahia vai a Natal, também na terça, para enfrentar o ABC, às 21h30m (Brasília). Informações do G1.

Confira os gols

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O Pimenta conversou esta semana com o advogado e ex-presidente da OAB baiana, Dinailton Oliveira, e abordou temas polêmicos, como as denúncias que o atual presidente da Ordem, Saul Quadros, faz ao “ex”.

O advogado, que é candidato a um novo mandato na OAB, afirma que, ao contrário do que dizem seus adversários, deixou a entidade com dinheiro em caixa. Segundo o ex-presidente, a atual gestão peca pela falta de transparência (“hoje está tudo muito obscuro”, ele diz) e pela omissão no que diz respeito à defesa dos advogados e da sociedade.

Oliveira, que chegou a ser pré-candidato a prefeito de Itabuna em 2008, pelo PDT, assegurou que está “aposentado” da política partidária, mas revelou que, como cidadão, está mais afinado com a banda pedetista que se aliou ao governador Jaques Wagner.

Confira os principais trechos dessa conversa, logo abaixo:

Pimenta na Muqueca – O senhor classifica a atual gestão da seccional baiana da OAB como omissa. Em que a sua atuação como presidente da Ordem diferiu da atual?

Dinailton Oliveira – Eu acredito que todos os advogados já perceberam a atuação das duas gestões. Uma na qual eles se orgulhavam de pertencer aos quadros da Ordem. Era uma Ordem atuante, não só na defesa das suas prerrogativas, mas também na defesa do exercício da cidadania. Nós promovemos várias ações e, inclusive, fomos a primeira seccional a criar uma comissão de defesa dos direitos dos afrodescendentes, que agora o Conselho Federal da OAB também implantou. Foi um grande trabalho e até no Carnaval de Salvador a Ordem estava presente, combatendo a violência policial. Tivemos uma atuação marcante na defesa da cidadania. Entramos com várias ações, por exemplo, contra o aumento nos planos de saúde, contra a transposição do Rio São Francisco, que foi a última que o governo conseguiu derrubar. Entramos também com várias ações civis públicas em defesa do meio ambiente.

E hoje, como está?

Observe que, regimentalmente, o presidente da Ordem tem que ser o presidente da Comissão de Direitos Humanos. No entanto, o atual presidente é presidente da Comissão de Meio Ambiente porque ele tem uma parceria com os grandes empresários que não permite que qualquer outro colega possa entrar em alguma defesa em situações de agressão ao meio ambiente. É uma coisa absurda. E é ainda mais absurdo que essa gestão seja totalmente omissa na defesa das nossas prerrogativas e não tenha nenhuma ação que possa ajudar a quem está chegando na advocacia a desenvolver suas atividades. A cada dia que passa, há uma dificuldade tremenda para que os novos advogados sejam inseridos no mercado de trabalho.

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Essa gestão (da OAB) representa uma diminuta fatia da advocacia, que se beneficia do status quo vigente.

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O que torna tão difícil a vida dos novos profissionais da advocacia?

Nós tivemos um aumento muito grande no número de advogados nos últimos anos e isso criou uma distorção aqui na Bahia com o surgimento dos chamados mega-escritórios. Hoje nós temos dois deles em Salvador, que asfixiam a advocacia da Bahia. Não pela competência, mas pela influência que exercem no poder judiciário do nosso Estado. Isso é uma distorção porque, nos mega-escritórios, os sócios se tornam empresários da advocacia e alguns deles não passam de meros assalariados, com salários baixíssimos. Eu tenho dito que isso é uma negação da advocacia, que deve ser sempre independente, livre e altiva. Há uma responsabilidade direta da Ordem em corrigir essas distorções.

Há quantos advogados em atividade no Estado?

Hoje nós temos quase 30 mil advogados inscritos na Bahia e estamos passando por um momento de grande dificuldade, porque não existe uma ação enérgica para modificar esse quadro da justiça. Nós promovemos aquela luta, denominada “Justiça pra Valer”, e conseguimos como resultado um convênio entre o Conselho Nacional de Justiça e os três poderes da Bahia, para que em 180 dias os técnicos do CNJ fizessem o levantamento das necessidades e, após isso, as carências seriam sanadas. Pois a primeira coisa que eles (a atual gestão da OAB baiana) fizeram quando entraram foi pedir o arquivamento dessa representação, o que fez cair por terra o nosso convênio. Essa gestão representa uma diminuta fatia da advocacia, que se beneficia do status quo vigente. O que nós queremos é modificar para que a Ordem represente a maioria dos advogados e também atenda aos anseios da sociedade, que constantemente necessita de uma instituição com a credibilidade que nós temos para defender as suas questões mais agudas.

A OAB é omissa?

A Ordem é omissa em tudo. Esse índice de violência aí, parte dele se deve ao fato de termos uma justiça engessada. Um promotor de justiça de Ipiaú chegou a declarar que aqui na Bahia não existe justiça. A que se tem aí presente é a justiça contra o pobre, para deixá-lo mofando nas cadeias públicas. É preciso que nós advogados, que temos uma responsabilidade social muito grande, promovamos o combate a isso.

Não seria importante o surgimento de um nome novo para disputar a presidência da Ordem?

Eu lhe confesso que não gostaria, nesse momento, de ser candidato. Fiquei três anos calado, esperando o surgimento de alguém que viesse se contrapor a tudo isso, mas como não surgiu ninguém, os colegas me convocaram e eu aceitei. Já disse que na nossa nova gestão teremos uma missão, que vai ser estimular os colegas  a participar mais da política institucional. Certamente, com esse estímulo surgirão pessoas outras para dar continuidade à democratização que vamos imprimir no seio da Ordem dos Advogados.

Como o senhor avalia a postura da OAB naquele episódio da denúncia de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia, em que alguns advogados chegaram a ser presos?
Com certeza, e eu apontei essa situação com a maior propriedade porque a nossa gestão foi a que mais suspendeu advogados. Eu digo isso até com tristeza, mas foram advogados que não trilharam pelo caminho da ética. Naquele caso em especial, eu critiquei a posição da Ordem porque se falava que eles (os advogados) estavam sendo presos por envolvimento na compra e venda de sentenças. Ora, a compra e venda é um contrato bilateral e se alguém comprou é porque outro vendeu. E ali nós tivemos só advogados acusados de comprar sentença e não saiu nenhum nome de juiz ou desembargador que tenha vendido sentença. Aquilo foi um absurdo e a Ordem se omitiu. Sua única manifestação foi dizer que estava abrindo um processo administrativo para suspender previamente aqueles advogados. Como a gente costuma dizer no interior, “nesse mato tem coelho” porque todo mundo se calou: o poder judiciário e a Ordem.

Qual foi o resultado disso?

Nove advogados foram presos e tiveram sua imagem arranhada. Soube que alguns desses colegas estão passando privações. O fato é que não houve continuidade nas apurações e a Ordem não se posicionou, o que é um absurdo.

Em que situação financeira o senhor deixou a OAB, uma vez que o atual presidente diz que herdou um débito de R$ 600 mil?
Olha, isso não é verdadeiro. Eles têm uma auditoria da época em que eu entrei, referente à gestão anterior à minha. Eu os desafio a mostrar essa auditoria e a que eles fizeram sobre a minha gestão. Nós deixamos a Ordem, do ponto de vista administrativo e financeiro, numa situação muito melhor do que encontramos. Nós tivemos, inclusive, que fazer uma suplementação a um convênio que eles tinham feito, de 30 de novembro (de 2006) a 31 de março (de 2007), ou seja, de um período posterior à derrota deles nas eleições.Era um convênio de R$ 500 mil e, de 30 de novembro a 31 de dezembro, eles gastaram R$ 496 mil. Só deixaram R$ 4 mil para que eu cobrisse o convênio de janeiro até março. Foi isso que eles deixaram para mim, além de uma farra de contratações de pessoal na Ordem.

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Ao longo dos anos, este órgão (Ipraj) sempre serviu como cabide para a cúpula do Tribunal colocar lá seus parentes e afilhados.

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O acusam de ter tido vários títulos protestados na OAB.

É verdade quando eles falam que tivemos títulos protestados no primeiro ano, mas no segundo ano já não tivemos nenhum título protestado. O primeiro ano foi por conta do reflexo do que eles me deixaram. Eles me deixaram de forma tal, que era para eu me desmoralizar do ponto de vista administrativo e financeiro, mas eu cuidei do dinheiro dos advogados e cuidei bem. Eu reverti tudo em serviço. Nós fizemos várias sedes com o dinheiro da seccional e não do Conselho Federal, como eles têm feito aí em Feira de Santana e outros. Fizemos várias reformas em sedes e diversas ações, nenhuma com o dinheiro do Conselho Federal. Ao contrário do que ele (Saul Quadros) diz, nós é que atingimos o superávit.

O que faltou, então?

O que nos faltou foi divulgar essa gestão administrativa e financeira. Eles disseram que eu cometi inúmeras irregularidades. Os advogados, conhecendo como conhecem o atual presidente, se por acaso eu tivesse cometido uma pequena irregularidade, eu teria uma ação contra. Fizemos uma excelente gestão administrativa e financeira e tenho certeza de que, nessa próxima, se os advogados nos derem novamente a honra, de que vamos fazer muito mais.

Como o senhor vê a decisão do CNJ de determinar o fechamento do Ipraj?

Eu tenho conhecimento de um parecer da Procuradoria, quando da criação do Ipraj há mais de vinte anos, pela inconstitucionalidade do órgão. Agora, o CNJ veio confirmar essa inconstitucionalidade, mandando acabar com o Ipraj. Ao longo dos anos, este órgão sempre serviu como cabide para a cúpula do Tribunal colocar lá seus parentes e afilhados. Veja que A Tarde publicou recentemente que são mais de 400 cargos comissionados e mais de 400 de Reda. São mais de 800 pessoas contratadas sem concurso público no Ipraj. Aquilo é a pontinha do iceberg do que hoje se constitui a justiça baiana.

E com relação ao tratamento que o Tribunal de Justiça dá às comarcas do interior, como o senhor o analisa? Só para lembrar,  há mais de um ano o presidente da subseção da OAB de Itabuna, Oduvaldo Carvalho, encaminhou algumas solicitações à presidente do TJB, Sílvia Zarif, e até hoje não obteve resposta.
Para mudar essa realidade da Bahia, é preciso fazer um movimento muito forte. Na nossa gestão, nós estávamos nesse caminho e fomos interrompidos. Veio a atual gestão, que ficou submissa a tudo. Não só em Itabuna, mas no interior quase todo e até mesmo na capital, você tem dificuldades quase intransponíveis para que o cidadão tenha acesso à justiça. Na região de Irecê,  há oito juízes para cuidar de 21 comarcas. Itabuna está no caos há muito tempo. Há quantos anos se reclama das precárias condições do fórum, número reduzido de magistrados e reduzidíssimo de serventuários? O que nós queremos é construir um Estado que proteja o cidadão. O Poder Judiciário, que é o último estágio ao qual o cidadão pode recorrer para ter assegurados os seus direitos, está nessa situação calamitosa e é necessário que todos nós , advogados ou não, nos mobilizemos para mudar essa realidade.

Qual a sua opinião sobre o crescimento do número de cursos de Direito na Bahia, notadamente em faculdades particulares?
Temos hoje 56 instituições particulares que possuem faculdade de Direito na Bahia. O que eu tenho a dizer a esse pessoal que está chegando é que não se preocupe, pois se corrigirmos as distorções que eu enumerei, é possível absorver todos tranquilamente. Em termos comparativos, o Rio Grande do Sul tem quase 3 milhões de habitantes a menos que o Estado da Bahia e lá, em 2006, havia 89 mil advogados inscritos.

O senhor continua no PDT?
Continuo apenas como filiado. Em toda a minha vida, eu só tinha sido filiado ao MDB, depois PMDB. No ano passado, entrei no PDT, assumindo a presidência do partido em Itabuna, mas já passei o bastão para o Sargento Raimundo (ex-vereador). Eu me filio para exercer meu papel de cidadão na comunidade, mas na política partidária eu encerrei minha carreira. Quero me dedicar apenas à advocacia e, daqui a algum tempo, quem sabe, só ensinar, escrever. Eu gostaria de, mais tarde, escrever livros sobre alguns temas jurídicos polêmicos. Também desejo voltar a morar em Itabuna, porque adoro essa cidade.

Dentro do PDT, o senhor se identifica mais com a corrente do hoje governista Alexandre Brust ou do geddelista Severiano Alves?
Como cidadão, confesso que, entre Wagner e Geddel, eu estaria com Wagner. Estou falando até o que não deveria como candidato a presidente da Ordem, mas como cidadão eu não posso me omitir.

Seu ingresso no PDT em 2008 foi fruto de um desejo real de se candidatar a prefeito de Itabuna ou uma estratégia para tirar o partido do raio de influência de Geraldo Simões?
Eu entrei no PDT porque vários colegas insistiam para que eu me tornasse candidato a prefeito de Itabuna. Lógico que eu, como gosto de Itabuna e sempre fui proativo na participação política, sempre achei que Itabuna mereceria um governante que reunisse alguns predicados. Itabuna já foi a segunda cidade do interior e hoje é a oitava. Isso me entristece. Eu não entrei no PDT para tirar do raio de influência de Geraldo, tanto que eu estive próximo de apoiar a candidata do PT. Só não seguiu esse caminho porque não foi esse o desejo da grande maioria dos nossos candidatos a vereador.

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O Pimenta questionou o vereador Milton Gramacho sobre as declarações do presidente estadual de seu partido, José Raimundo, de que faria mudanças no diretório municipal do PRTB em Itabuna.

A resposta foi esclarecedora: “Por que ele não disse aquelas coisas para mim? O que ele fez foi me pedir desculpas pelas declarações. Justificou que foi ‘apertado’ pelo repórter” (leia aqui as declarações de José Raimundo).

O que dá tanta ‘autoridade’ assim ao vereador? “Amigo, eu levo esse partido nas costas. Eu banco tudo aqui”. Gramacho é líder do governo Azevedo na Câmara e presidente do Diretório Municipal do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro em Itabuna.

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Quatro homens foram presos logo após assaltar uma casa comercial no bairro Banco da Vitória, em Ilhéus, às margens da BR-415 (rodovia Ilhéus-Itabuna). Eles levaram quase R$ 1 mil do estabelecimento e fugiram em duas motos em direção a Itabuna.

Genilson Silva de Souza, o “Pura”; João Felipe Rodrigues Silva, o “Noiadeiro” ou “Mau”; Paulo César Souza Araújo, o Paulinho; e Deleon dos Santos estavam em fuga quando avistaram uma blitz no posto rodoviário, a poucos quilômetros do local do crime, e fizeram o retorno para tentar escapar do flagrante.

A polícia rodoviária percebeu a movimentação estranha, acionou policiais do 2º Batalhão da PM em Ilhéus e iniciou a perseguição. Os bandidos ainda tentaram se livrar do dinheiro e toca CD, mas foram presos com os quase R$ 1 mil, pistola 380 com munição, dois revólveres calibre 38 e um toca CD. Todos são de Itabuna e têm entre 22 e 24 anos. As informações são do repórter Costa Filho.

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Pipoca. É o que os alunos de escolas municipais de Ilhéus têm para merendar. E nada a ver com as verbas repassadas religiosamente pelo governo federal. A pipoca consumida pelos alunos da escola municipal do Alto do Basílio foi obtida através de ‘vaquinha’ dos professores, sensibilizados com cenas como a de uma criança que chora de fome por não ter merenda na escola.

Uma vergonha. Confira no vídeo-denúncia do blogueiro Emílio Gusmão (www.blogdogusmao.com.br). O prefeito Newton Lima (PSB) foi obrigado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a devolver R$ 296,7 mil por irregularidades ou desvios de recursos da merenda escolar.

O repórter pergunta: – vocês merendaram hoje?

Os alunos respondem: – Sim!

E o que foi que vocês merendaram?

– Pipoooca!

E o que foi que a escola deu para vocês, ontem?

– Nada. Num deu nada.

Uma professora, então, explica que a pipoca foi uma ‘vaquinha’ entre os colegas.

Essa é uma parte do vídeo. Tem coisa muito pior, e vergonhosa, para a cidade de Ilhéus.

CONFIRA O VÍDEO-DENÚNCIA

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Da coluna Tempo Presente (A Tarde):

Certa feita Benedito Valadares (governador de Minasde 1933 a 1945, 12 anos no cargo, guru político de Juscelino Kubistschek) estava reunido com o secretariado quando alguém falou no nome de um ex-aliado que mudou para a oposição. Cortou a palavra: –Meu filho,esse nomeaqui viroupalavrão.

Aquilo é um cretino, canalha, escroque, um desqualificado moralmente.

O interlocutor indagou: – E quem muda de lado é tudo isso? – É pior, muito pior meu filho. Eu não falo o que é exatamente o ambiente é de respeito.

– E fulano, que mudou de lá para cá, é o que? E Benedito, na bucha: – Aí é diferente. Aquele é um regenerado.

Qualquer semelhança com o que o PT baiano diz hoje de Geddel e Otto Alencar não é mera coincidência. É a regra.

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Agora há pouco, no programa Resenha da Cidade, o vereador Roberto de Souza comentou sobre o parecer do Ministério Público, favorável à permanência da advogada Juliana Burgos no cargo de procuradora-geral do município de Itabuna. De acordo com o MP, o artigo 85 da Lei Orgânica do Município – que submete a nomeação do procurador à aprovação da Câmara – é inconstitucional.

O caso ainda será resolvido pelo Tribuna de Justiça e o vereador afirmou que a Câmara vai acatar a decisão sobre a eventual inconstitucionalidade do artigo 85. Mas ele diz que, fora esse aspecto da da LOM, ainda existe outro ponto a ser observado: é a questão do nepotismo.

Para Roberto de Souza, é eticamente reprovável que três pessoas da família Burgos ocupem cargos de destaque no governo municipal. No caso, ele se refere a Juliana (procuradora), o irmão Otaviano (diretor do Departamento de Tributos) e o pai Carlos (secretário da Fazenda).

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Adylson Machado

O Prefeito tem o mérito de ser o primeiro a enfrentar a absurda inserção contida na Lei Orgânica do Município exigindo referendo da Câmara para nomeação do Procurador-Geral do Município. Outros prefeitos não admitiram o enfrentamento, juridicamente amparado, afirme-se.

A intervenção da Câmara nesse sentido é descabida e despropositada, de conteúdo eminentemente político, de natureza intervencionista.

O circo armado agora não o foi em 1993, quando Dr. Pedro Lino de Carvalho e depois este escriba não aceitaram ser submetidos ao crivo da interferência da Câmara, não porque a desconsiderasse como instituição, mas justamente por considerarem inconstitucional a disposição da LOMI.

O que poucos sabem – e isto é uma das formas de interpretação – que a inclusão da “exigência” nasceu em instante político de conflito entre algumas lideranças da Câmara e o então Prefeito Fernando Gomes. Leia-se como lideranças: Davidson Magalhães e Antônio Negromonte, que controlavam a elaboração da LOMI.

Que foi feito? Aproveitaram-se de disposições contidas na Constituição Federal voltadas para a Procuradoria-Geral da República e Advocacia-Geral da União e fizeram-na inserir na Lei Orgânica.

O que poucos também sabem (e na Câmara local alguém tem obrigação de saber) é que as competências institucionais da PGR e da AGU outorgam autonomia que não se insere no âmbito da Procuradoria-Geral de um município, visto que esta tem natureza de secretaria de governo. Funciona, portanto, como órgão de representação, como se fora por mandato, no caso particular decorrente de lei.

Sob esse crivo alguém imaginaria o Procurador-Geral do Município de Itabuna acionando o próprio Município ou algum de seus órgãos ou agentes políticos como o faz a Procuradoria-Geral da República?

Neste particular reside a inconstitucionalidade da disposição da LOMI local.
O fato de constar na LOMI não autoriza o seu cumprimento, até porque o órgão Procuradoria-Geral do Município de Itabuna até hoje não foi criado. Existe como nomenclatura, mas em nível de Secretaria de Governo, cuja nomeação se insere como a de qualquer outro secretário, de livre nomeação e exoneração.

Para ilustrar a indevida ingerência (até porque, sem desmerecer qualquer dos senhores vereadores, uma análise técnico-jurídica encontraria limites em torno da avaliação da competência do indicado) nos idos de 1999/2000 o então prefeito Fernando Gomes encaminhou à Câmara o nome do ilustre Professor e renomado advogado tributarista Joel Brandão, ex-professor de Ciências das Finanças e Direito Financeiro do curso de Direito da então FESPI, homem de caráter exemplar. O que aconteceu? Por birra política, e muitas vezes sabemos por que, a Câmara Municipal de Itabuna rejeitou o nome do ilustre mestre!

Temos, independentemente da avaliação técnica antes exposta, que a exigência tem outras conotações.

E louve-se a iniciativa do Prefeito Azevedo em estabelecer o enfrentamento.
Na nossa época, o então Prefeito Geraldo Simões declinou de promover o que poderia fazê-lo, como o desejávamos Dr. Pedro Lino e eu.

Adylson Machado é professor de Direito Municipal na Uesc

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70-mm

Leandro Afonso | leandroaguimaraes@hotmail.com

três e meia

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Tentar descrever o que fica de Up – Altas Aventuras (Up – EUA, 2009), de Pete Docter (co-direção de Bob Peterson) é cair em potencialmente irritantes frases de auto-ajuda. O que, se por um lado é sintomático ao explicitar a (suposta) superficialidade do filme, também é injusto, pois ele é muito mais que um resumo de preguiçosos e otimistas lugares-comuns.

Up é, e parece feliz com isto, um filme com perguntas e respostas prontas – certas ou não, independente de sua complexidade –, mas seu grande mérito está no desenvolvimento não só de sua potencialidade como de uma certa exclusividade audiovisual. Aqui, o mundo e as coisas são possíveis e palpáveis não (apenas) no cinema, e sim, mais especificamente, na animação.

Terminada a sessão, o sentimento agridoce do viver a vida e passar o tempo é enxugado em uma esperada alegria final recomendada a produtos com público alvo tão grande. O que deixa claro que ele segue medidas seguras, mas de uma empresa autoraWall-E, Procurando Nemo, Ratatouille, Toy Story são também filhos da Pixar. Que, infelizmente, não faz parte da regra importada, de um nível um bem mais baixo – mas, felizmente, fala por bem por ela, como exceção.

Filme: Up – Altas Aventuras (Up – EUA, 2009)

Direção: Pete Docter (co-direção de Bob Peterson)

Elenco (vozes de): Edward Asner, Christopher Plummer, Jordan Nagai.

Duração: 96 minutos

8mm

Gran Torino

Não deixa de ser curioso um filme, à priori, para crianças, falar de velhice. Que, em boa parte do tempo, me lembrou o muito-muito bom Gran Torino (2008), de Clint Eastwood. Mas isto talvez não tenha nada além do óbvio superficial e seja apenas viagem de quem está de mudança e não pensou em nada de muito diferente para colocar aqui…

Filmes da semana:

1. Barfly (1987), de Barbet Schroeder (***1/2)

2. Via Crucis (2008), de Monique Alves (curta) (**1/2)

3. A Ilha dos Prazeres Proibidos (1979), de Carlos Reichenbach (***)

4. Whity (1971), de Rainer Werner Fassbinder (***)

5. A Profecia (1976), de Richard Donner (***)

6. Up – Altas Aventuras (2009), de Pete Docter (co-direção de Bob Peterson) (cinema) (***1/2)

7. Os Amores de uma Loira (1965), de Milos Forman (***)

8. Sobre Meninos e Lobos (2003), de Clint Eastwood (****1/2)

Leandro Afonso é comunicólogo, blogueiro e diretor do documentário “Do goleiro ao ponta esquerda”

www.ohomemsemnome.blogspot.com

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É animada esta manhã de sábado na Rádio Jornal de Itabuna. Neste momento, no programa Conexão Direta (Ricardo Bacelar), quem dá as caras é o deputado federal Geraldo Simões (PT), que exercita um dos seus esportes favoritos: tiro ao alvo (DEM e PMDB).

Daqui a pouco, no Resenha da Cidade, também na Jornal e sob o comando do vereador Roberto de Souza, vai ter político de A a Z, ou melhor, do DEM ao PCdoB. Isto porque já confirmaram participação no programa o senador César Borges e a deputada federal Alice Portugal.

Não se sabe se foram providenciadas caneleiras…