Caboclo Marcelino é um personagem pouco conhecido na embaçada história regional, mas na década de 30 ele se destacou no sul da Bahia. Em Olivença, sua terra natal, era um defensor ativo da ideia de que aquele chão pertencia aos seus ancestrais indígenas.
Por conta dessa “heresia” e por ser considerado um comunista numa região de coronéis e simpatizantes do integralismo (versão verde-e-amarela do nazi-fascismo), o Caboclo Marcelino foi demonizado e perseguido. Atribuíram-lhe crimes como estupro e assassinato e negaram sua condição de indígena, porque sabia ler e escrever e não se parecia com os índios do tempo de Cabral.
A vida do caboclo e o contexto político em que ele viveu serão tema do II Seminário de História Indígnena, a ser realizado na Uesc, nos dias 24 e 25 de setembro. O evento é uma iniciativa do Centro Acadêmico de História, além do colegiado deste curso e do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas.
A abordagem do tema será do professor Marcelo Lins, autor de pesquisas que desmistificam a história regional. No seminário, ele vai contar com a colaboração do também professor, e historiador, Arléo Barbosa.
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E DE GRANDE INPORTANCIA ESSE SEMINARIO QUE TAMBEM IRA FALAR UM POUCO DESSA LUTA QUE TAO VERDADEIRA, A LUTA DO POVO TUPINAMBA QUE VEM BUSCANDO SEUS DIREITOS E REPARAÇÃOES HISTORICAS.
Só falta agora o vereador Alcides dizer que Marcelino nunca existiu.
Que é invenção da Funai.
Flechada nele !!!
A programação do evento já está na página da UESC. Participem e divulguem.
Sr.Pimenta, permita-me uma correção!
Não é somente nossa história regional que é embaçada. A história do Brasil, em si mesma, é cheia versões mal-contadas, a começar pelo conteúdo dos livros didáticos dos ensinos fundamental e médio. O próprio “descobrimento” é um verdadeiro engodo. O LATROCÍNIO que aqui
se realizou está muito longe de ser aquele conto de fadas descrito na Carta que Pero Vaz de Caminha escrevera ao Rei de Portugal. Este espaço é insuficiente para narrar os fatos daquele momento e correlacioná-los de forma coerente. Mas… fica aqui um desafio aos MESTRES E DOUTORES de nossas universidades: ABRAM DISUSSÃO SOBRE TEMAS COMO ESTES E CONVIDE LIDERANÇAS INDÍGENAS e QUILOMBOLAS para
O U V I R o que eles têm a dizer sobre sua visão da H I S T Ó R I A.
O endeusamento do Caboclo Marcelino é hilariante. O caboclo, tido como herói, na verdade não passava de um marginal. Com várias passagens pela polícia por furto, estupros, vadiagem e alcoolismo, o caboclo foi “descoberto” pela meninada da esquerda e o resultado foi a invenção desse “herói”. Marcelino tinha uma ficha sujíssima !