Marco Wense
O prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), é um bom nome para concorrer ao Senado da República na chapa da sucessão estadual encabeçada pelo ministro Geddel Vieira Lima.
Quem assume o Palácio Thomé de Souza, com a candidatura do peemedebista, é o vice-prefeito Edvaldo Brito. Como o eminente tributarista é da raça negra, João Henrique fica dizendo que está prestando uma homenagem aos afrodescendentes baianos.
Ora, todo mundo sabe que o chefe do Executivo quer sair candidato ao Senado por dois motivos: 1) acha que pode ser eleito. 2) sua candidatura ajuda Maria Luiza, sua esposa e pré-candidata ao Parlamento federal.
Ficar com essa conversa de que vai disputar o Senado só para prestar uma homenagem aos afrodescendentes, deixando o comando da prefeitura com o vice, é de uma demagogia sem limite.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.
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Se for para fazer o mesmo que fez no Governo de Celso Pita na Prefeitura de São Paulo, é melhor não.
Deus tenha pena de Salvador.
Zelão diz: – Demagogia não. Esperteza sim!
Sinceramente amigo Marco Wense, não dá pra se ver “demagogia” no ato político do prefeito João Henrique. Na sua exposição de motivos, fica claro que o prefeito reune por prestígio próprio, as condições para se eleger senador da república.
O que talvez queira explicar aos eleitores soteropolitanos, é o fato de que tendo sido eleito para governar por mais quatro anos a cidade do Salvador, deixe agora o cargo, para tentar alçar novos vôos na política, e o faz, usando o argumento (por voce mesmo coroborado) de que deixa a prefeitura em boas mãos, ou seja; nas mãos do seu competente vice prefeito, que além de competente é um homem da raça negra, o que guardando os devidos parâmetros, além de uma homenagem a maioria negra da Bahia, é um comparativo de modismo com a eleição do presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama.
A idéia do Prefeito João Henrique de prestigiar o importante tributarista Edvaldo Brito pode ser até demagógica como apregoamj alguns insatisfeitos com tudo, mas o prestígio que gosa o Vice Prefeito é real. Chegar a Preefeitura de Salvador não é um sonho irreal, todos os soteropolitanis independenmtes de cor, credo e ideologia política sentir-se-ão honrados com tal possibilidade. Por que chamar o João Henrique de demagogo, se ele justificando o discurso com a prática?
“Ficar com essa conversa de que vai disputar o Senado só para prestar uma homenagem aos afrodescendentes.”
A demagogia está aí. Ele vai pelos motivos explicados anteriormente.
E quem quer saber se o vice é afrodescendente ou não? Se ele disputa, entra o vice, tivesse pela negra ou branca ou de qualquer outra cor. Então, se entendi, fosse o vice um “não-afrodescendente”, João Henrique não teria motivos para se candidatar ao Senado, não é?
Então tá, agora sucessão natural virou “homenagem”.
Conta outra, é capaz que acreditem também.