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Como explicar o fato de que apenas duas prefeituras, num universo de 417, tiveram suas contas do exercício de 2008 aprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios? A resposta é do próprio coordenador de assistência aos municípios do TCM, Antônio Dourado: “Mesmo com as recomendações do TCM, as prefeituras apostaram na impunidade”.

Matéria de Rita Conrado, publicada no A Tarde online, descreve o caos: “Das 417 prefeituras baianas, 195 tiveram as contas rejeitadas. Outras 185 obtiveram a aprovação com ressalvas, dentre essas o município de Salvador. Apenas Feira de Santana e Ipirá  tiveram as contas integralmente aprovadas.”

O levantamento aponta ainda que 28 prefeituras e 17 câmaras municipais deixaram de prestar contas, e outras sete enviaram seus balaços financeiros com atraso – e terão suas vidas checadas em 2010.

Alguém ainda fica surpreso com essa situação? Deveríamos, mas não. Aliás, nem o presidente da União dos Municípios da Bahia, Roberto Maia. Mas a explicação dele é diferente da do técnico do TCM. O presidente atrela a falta de controle dos colegas prefeitos à falta de planejamento e de regularidade nos repasses de recursos estaduais e federais.

Já o coordenador do TCM atribui o desleixo dos prefeitos ao desleixo do Judiciário: “Desde 2001 há ações contra prefeitos tramitando na Justiça. Nenhum processo foi concluído. Se isso já houvesse ocorrido serviria como exemplo para os demais”.

Leia a versão online aqui. Se você é assinante, confira o texto completo clicando aqui. A matéria será publicada na edição deste domingo de A Tarde.

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O quem têm em comum o semáforo do Jequitibá e o posto de saúde do Califórnia (e vários outros) nesse início de 2010? Essa é fácil: todos estão órfãos, não tem ninguém que olhe por eles desde o último dia de 2009.

O pedestre que atravessou a avenida Aziz Maron em direção ao shopping e o hipertenso que procurou socorro na unidade de saúde hoje também correram risco semelhante de perder a vida logo após terem vencido 2009.

Pelo jeito a polêmica folga concedida aos agentes de endemias se estendeu também a enfermeiros, médicos, técnicos da Settran e outros. O argumento, já conhecemos, é de que esses profissionais também “são gente”. Só que também o são todos os cidadãos que necessitam de seus serviços…

Bastaria uma justa escala de serviço.

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O sempre bem informado Samuel Celestino, do Bahia Notícias, revelou uma infestação de funcionários fantasmas na prefeitura de Ilhéus. Um dos casos mais rumorosos é o do comodoro do Ilhéus Iate Clube, Luiz Dória, ocupante de cargo comissionado na Secretaria de Meio Ambiente. O comodoro não aparece no serviço, de acordo com a denúncia, mas é dono de sinecura de R$ 3 mil, por mês.

Luiz Dória seria indicação do presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, Jailson Nascimento (PMN). O prefeito Newton Lima resiste a atender a memorandos do secretário de Meio Ambiente, Antônio Olímpio, que pede a exoneração imediata do “fantasma”. Os três pedidos “morreram” numa gaveta qualquer de Newton Lima.

Newtão é cinéfilo e adora Gasparzinho, daí a sua resistência em exterminar eventuais fantasmas.

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Milagres acontecem? Bom, pelo menos em Itabuna, sim. O filme Lula, o filho do Brasil já está rodando no Starplex Cinemas (Jequitibá Plaza Shopping, às 18h40min e 21h). E por que o milagre? Dificilmente o Starplex participa das estreias nacionais.

Muitas vezes, a empresa mineira responsável pelas salas de cinema roda filme com atraso de uma a duas semanas em relação às grandes salas. Alguns dizem que essa estratégia é utilizada geralmente por empresas em dificuldades, pois as películas adquiridas fora do período de estreia nacional ficam, digamos, mais em conta. Abaixo, trailer do filme-endeusamento do presidente brasileiro de maior popularidade que se tem notícia.

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Depois de um 2009 de ameaças e tropeços, o polo de informática de Ilhéus pode ganhar um bom refresco caso tornem-se reais as projeções do mercado. As vendas em 2010 devem chegar a 14 milhões de computadores, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que projeta aumento de 30% nas vendas neste novo ano.

Caso a estimativa se confirme, o país passaria a terceiro maior fabricante mundial de computadores, superando até Japão e Alemanha. Como o polo de Ilhéus responde por até 15% do mercado formal brasileiro de PCs, agora é só melhorar questões de infraestrutura (pior é que aeroporto com alfândega tá longe de acontecer antes de 2020…).

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Os prefeitos Newton Lima (Ilhéus) e José Nilton Azevedo (Itabuna) entram o ano de 2010 sem qualquer alteração quando se compara as equipes com as quais iniciaram 2009. Será que, realmente, eles estão satisfeitos com os seus colaboradores?

Em Itabuna, Azevedo havia prometido reforma para dezembro. Um dos alvos seria o secretário de Saúde, Antônio Vieira. Outro nome que rolava na bolsa de apostas era o do todo-poderoso Carlos Burgos (Fazenda). Nada mudou. Já o colega de Ilhéus, Newton Lima, atribui à crise econômica a paralisia da sua equipe. E preservou todo mundo.

Por aqui, uma nova máxima: “em time que está perdendo, não se mexe”.

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AO REI DO ROCK TUDO É PERMITIDO

Ousarme Citoaian
Elvis Presley .

Quem nunca cantarolou Unchained melody, nem que fosse sob o chuveiro frio (em dia de apagão da Coelba), atire a primeira pedra. É a canção do filme Ghost, de Jerry Zucker/1990 (com Patrick Swayze e Demi Moore), que emocionou multidões. A canção (de Alex North, com letra de Hy Zaret), no entanto, é bem anterior ao filme, gravada pela primeira vez em 1955, por um cara chamado Al Hibbler. Você o conhece? Nem eu. E você sabe qual a última música cantada por Elvis Presley? Acertou: Unchained melody.

Calcula-se que mais de 300 gravações foram feitas de Unchained melody, nesse mais de meio século  de idade da canção (a mais recente de que tenho notícia é a de Cyndi Lauper, de 2003). Em Ghost, as vozes são da dupla The Righteous Brothers, num ótimo desempenho – fazendo a melodia grudar no telespectador.
Uma curiosidade: Unchained melody, foi cantada no último show do Rei do Rock, em junho de 1977, de improviso, sem ser ensaiada. Combalido, excessivamente gordo, metido numa roupa um tantinho ridícula pra meu gosto, cheio de drogas, Elvis é uma triste sombra da figura arrebatadora de outros tempos, um homem dilacerado. Mas aí ocorre a metamorfose: diante do piano, com limitada técnica do instrumento (há duas notas erradas, segundo os críticos), ele parece ter redescoberto a alegria de viver, é um artista feliz, bem humorado, cheio de força e energia.
O show é um renascer, depois de quase um ano de intensa depressão e muito remédio. Pena que esse rejuvenescimento tenha durado tão pouco. Ele morreria menos de dois meses depois dessa apresentação fantástica.
Juntando a melancolia de Unchained… com a compaixão que o artista me desperta no seu infortúnio, sinto um aperto na garganta e os olhos marejar, sempre que vejo/ouço este vídeo. Há momentos em que o cantor nos surpreende a sorrir, quando a canção é intensamente dramática (que, no caso dele, soa como um pedido de socorro). É que ele estava em estado de graça, sentia o prazer do reencontro com sua plateia.
Talvez, por essa alegria ao cantar um tema tristemente romântico, outro intérprete fosse acusado de canastrão, o que não se deve fazer com Elvis Presley: ao sorrir, ele atenua nossa tristeza, dando a impressão de que está bem mais feliz (ao menos naquele instante) do que seus fãs imaginam. Depois, ele era o Rei, a quem tudo é permitido.
A gravação só foi lançada nove meses depois, em março de 1978, no lado B de um compacto simples. Hoje, os críticos a consideram uma das maiores interpretações da carreira de Elvis.
Antes de clicar, pegue o lenço.


MACHADO DE ASSIS ESTAVA “POR FORA”

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Na semana passada, esta coluna empregou a expressão “risco de vida”. Foi o suficiente para um leitor nos interpelar, sugerindo que queríamos dizer “risco de morte”. Agradecemos pela colaboração, mas desejávamos dizer o que foi dito: “risco de vida” (até mesmo para chamar a polêmica a este palco). A expressão é perfeitamente defensável à luz da gramática portuguesa e não será difícil mostrar que a coluna estava em boa companhia – com Machado de Assis, Eça de Queirós e muitos outros.

Dizem os gramáticos que a construção “risco de vida” (usada aqui na semana passada, e que gerou protesto) é boa e bem feita: trata-se de uma elipse, situação em que uma palavra ou expressão é omitida. Exemplos? João foi ao cinema; Maria, ao teatro. Eu bebo vinho; ela, cerveja. Nos dois casos há um verbo “encoberto” (“foi”, na primeira frase e “bebe”, na segunda). A construção fica econômica e elegante. E em “risco de vida”, o que tem a ver com isso? Simples: é risco de (perder a) vida. Há outras explicações, mas esta me satisfaz. A elipse, já se vê, está subjugada pela lei do menor esforço, a nos evitar gasto desnecessário de energia e palavras.

“Risco de morte” é invenção modernosa, que famoso professor de português criou (na TV Cultura de São Paulo, creio) e a boiada foi atrás. O lente televisivo argumentou com a “lógica” de que risco de vida é coisa de quem está morto e “corre o risco de voltar a viver”. Francamente, ninguém merece.
Em linha reta – A expressão “risco de morte” é defensável, pelo mesmo mecanismo da elipse – talvez “risco de (encontrar a) morte”. Mas existe um equivalente, considerado melhor, que evita a tal curva elíptica, indo ao ponto em linha reta): “risco de morrer”
A expressão “risco de vida”, além de (também) correta, é consagrada pelo uso. Uma pesquisa rápida me responde que desta forma curvilínea se valeram Machado de Assis, João de Barros, Coelho Neto, Joaquim Nabuco, Eça de Queirós e muitos outros autores, além de milhares de pessoas “comuns”, ao longo dos séculos. Entre os clássicos, avulta-se a exceção do Padre Manuel Bernardes, que preferiu “risco de morte”. Direito dele.
Em resumo, é preciso desconfiar das “novidades lingüísticas” que surgem a todo instante, como em linha de montagem. Alguns neologismos são, verdadeiramente, necessários como enriquecedores da língua portuguesa. Mas quando, em nome da “lógica”, tenta-se sepultar expressões consagradas por muitas gerações, é preciso cuidado. Ou então, que o professor da tevê e seus seguidores vão dizer a Machado de Assis e Joaquim Nabuco (num encontro hipotético, é claro), que eles estavam “por fora”  em matéria de gramática.
A propósito, o lendário professor Evanildo Bechara defende “risco de vida”, o que já me parece suficiente para encerrar a discussão. Ele é “o cara”.

A INFINITA AMPLITUDE DAS ESCOLHAS

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Nesta época do ano, mesmo a turma da cerveja costuma fazer esta pergunta de múltiplas respostas: Qual é o melhor vinho? Abstraindo-se o suave, que não é vinho, mas agressão ao paladar, qual seria a escolha? Champagne? Tinto seco, branco, rosé, espumante? Nacional, importado? Chileno, europeu, aqueles baratinhos (e ordinários) que a Argentina coloca nos supermercados? Os “clássicos” da região Sul, os emergentes do Nordeste? A decisão depende de gosto e bolso.

Dentre todas as bebidas, o vinho é, certamente, a de maior variedade. Dos mais baratos e inferiores, aos sofisticados e de alto preço, o espectro tangencia o infinito. E então, ficamos com os nacionais simples, ou temos paladar para os franceses Château Latour, Lafite-Rothschild ou Boujolais Nouveau (deles não damos o preço, porque esta coluna pretende divertir os leitores, não assustá-los). Ao menos para meu orçamento, eles são todos (que as vinícolas não me processem) “avinagrados”.
(De certa feita, num restaurante de Ilhéus, analisava o lado direito da carta de vinhos de forma um tanto dissimulada – quase à Capitu de Machado de Assis – quando a discreta senhora que me acompanhava, dona de mais beleza do que bom gosto, sugeriu uma marca de popular suave e de baixo preço – um chamado Samba, Bolero, Valsa ou coisa parecida. Salvou-me a lavoura, a pecuária, a noite e a vida: meu paladar fez várias perguntas, mas meu bolso não perguntou nada (atendi-lhe a solicitação e pedi para mim um uísque com gelo). Devo dizer que hoje tenho método próprio de olhar bem a coluna da direta, sem que a senhora que me acompanha perceba o truque.
Enquanto você se decide, vai uma rápida e fantástica estória sobre vinhos, com a ressalva de que, se parece mentirosa, não foi inventada por mim:
Conta-se que em 1985 o bilionário Malcolm Forbes (1919-1990) pagou, num leilão da Christie´s, 155 mil dólares por uma garrafa de Château Lafite,  de 1787, que pertencera à adega do presidente Thomas Jefferson (um grande amante dos vinhos de Bordeaux). Corrigida pelo poder de compra da moeda americana, essa quantia corresponde hoje a uns 500 mil dólares, a algo próximo a R$ 900 mil.

Final infeliz: a garrafa foi colocada em demonstração, na posição errada (vertical), e sob um forte foco de luz. O calor fez secar a rolha, esta caiu dentro da garrafa e o vinho se perdeu. Dá para acreditar? Acredite: é o fantástico mundo dos muito ricos. É de Forbes, que gostava de fazer frases (além de dinheiro), esta: “A diferença entre homens e meninos é o preço dos seus brinquedos” (Mr. Forbes, se verdadeira a estória do leilão, era chegado a brinquedinhos nada baratos).
Voltemos à questão primária da escolha. Pensando bem, tudo tem a ver com o gosto (e o bolso). Logo, você pode até ir de tinto suave, pois a decisão é sua e ninguém tem nada com isso. O suave também é muito bom vinho, se assim lhe parece.

De minha parte, fico com esta definição do poeta:

Quintana

MELHOR VINHO

Por mais raro que seja, ou mais antigo,
só um vinho é deveras excelente:
aquele que tu bebes, docemente,
com teu mais velho e silencioso amigo.
Falou e disse, Mário Quintana. Tintim!

JOTAÉ FICARÁ DE BUZU EM FEVEREIRO

Jararaca Ensaboada está de carro novo, comprado em 60 prestações ditas suaves, com a primeira delas agendada para quando o Carnaval chegar. Tadinho do vendedor: novo na região, ainda não sabe que, de acordo com o histórico do comprador, o veículo terá de ser tomado (com muita dificuldade), tão logo soem as trombetas do Zé Pereira de 2010. Jotaé é do tipo que não paga nem promessa a santo, que dirá bens de consumo. Depois dessa providência traumática, a triste figura voltará ao buzu, ou terá de usar o polegar para pedir carona a quem não a conhece.
(O.C.)

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O empresário e médico reumatologista Carlos Auad, 59, será sepultado às 16h, no cemitério Campo Santo, em Itabuna. Auad lutava contra um câncer e estava internado há mais de mês no hospital Aliança, em Salvador, falecendo nesta sexta, 1º.

O corpo do médico, ex-presidente da Unicred Itabuna e da Unimed, está sendo velado no Santa Fé, ao lado do Campo Santo. O reumatologista deixa quatro filhos. Ele também foi diretor do Plansul, plano de saúde da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.

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Reinaldo Andrade de Ramos, residente na rua A, Monte Cristo, e Bruno Lima Bezerra, morador da rua São João, Fátima, foram presos pela polícia militar na manhã de ontem, após arrombar a loja da Cesta do Povo do Fátima. A dupla havia acabado de fazer uma feira de mês – veja a lista, que o Pimenta teve o cuidado de separar por setores.

No de alimentação eles surrupiaram 30 latas de leite Ninho, quatro quilos de feijão, dois litros de óleo, um pacote de 500 gramas de charque, um pacote de fermento, uma pimenta em garrafa (são pimenteiros?), cinco quilos de arroz, dois quilos de açúcar, dois  pacotes de queijo ralado, oito latas de sardinha, sete caixas de tempero Knor, quatro latas de óleo. Claro, não esqueceram da ‘loira’ – levaram cinco caixas de cerveja em lata.

Nos setores de limpeza e higiene pessoal a dupla do carrinho não esqueceu de levar 23 desodorantes, seis xampus, 20 sabonetes, dois pacotes de sabão em pedra, nove inseticidas SBP (esses foram por medo da dengue!), quatro escovas de dente, seis pacotes de lenços umedecidos e uma  caixa de sabonete perfumado, além de duas embalagens de fio dental e dois pacotes de Bombril.

Não teve apelação. Apesar de a grande maioria dos produtos ser gêneros alimentícios e de primeira necessidade, depois de parar no xilindró devem responder por furto qualificado.