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Bandeira se reuniu com a presidenta do TJ-BA, Telma Britto

O juiz itabunense Marcos Antônio Santos Bandeira, da Vara da Infância e Juventude, teve audiência ontem à tarde com a presidenta do Tribunal de Justiça da Bahia, a desembargadora Telma Britto.

Bandeira foi mostrar as experiências que vem implantando na comarca com a aplicação de medidas baseadas nos conceitos de Justiça Consensualizada e Justiça Restaurativa, e foi elogiado pela presidenta.

O magistrado também pediu apoio do TJ-BA para manter a atual estrutura da Vara da Infância, que é criticada por representantes da sociedade, como o presidente da OAB, Andirlei Nascimento, mas que garante, na visão de Bandeira, um atendimento completo das necessidades daquele órgão.

O imóvel abriga, além da Vara da Infância e Juventude, cartório, Promotoria da Infância, delegacia e espaço para agentes de proteção. “Ali temos assistente social, psicólogos, pedagogos e toda uma estrutura que garante um atendimento completo ao menor e às necessidades da Justiça. Cumprimos o que dispõe o artigo 88, inciso 5, do ECA, e as exigências da nova Lei de Adoções”.

A boa estrutura, diz Bandeira, também possibilitou a realização de 782 audiências em 2009, das quais resultaram 514 decisões, baseadas na justiça restaurativa e também na justiça tradicional. “Ela é modelo para o estado”.

Os conceitos de justiça restaurativa e consensualizada permitem, por exemplo, que a atos infracionais de menor potencial ofensivo sejam aplicadas medidas socioeducativas. Nos casos mais graves, a exemplos de crimes, são aplicadas medidas de internamento ou semi-liberdade.

De acordo com o site do TJ, Telma Britto “considerou importante o trabalho desenvolvido pela Comarca de Itabuna com adolescentes a quem se atribui a prática de atos infracionais e demonstrou interesse em trazer essas experiências para Salvador e comarcas maiores do Estado, a partir de um trabalho conjunto entre magistrados.”

10 respostas

  1. Se você entrar no site do TJ BA, e clicar em transparência e renumeração paga, verá quanto ganha os juízes e os servidores. Bandeira, por exemplo, recebe quase 50 mil por mês. Bom salário, né?Um dos poucos magistrados que merece ganhar tanto.

  2. Parabéns ao Dr.Bandeira. O Sr. presidente da OAB – Itabuna agora está vendo o resultado do trabalho.Não vai polemizar em relação ao prédio onde funciona a vara da infãncia e adolescência.Vai procurar algo importante para fazer.

  3. Com todo respeito ao professor e escritor Marcos Bandeira, quanto aos méritos de suas ações na Vara da Infância e Juventude convenhamos, falta muito para ser realizado, apesar da forma midiática com que o tema as vezes é abordado pelo meritíssimo. Itabuna é campeã em violência contra jovens, também é a cidade da região onde um maior número de menores se envolvem em delitos, além de convivermos dioturnamente com um grande número de menores perâmbulando pelas ruas, cheirando cola e dormindo nas calçadas, portanto, acho que neste aspecto temos pouco a comemorar, isso sem falar no aluguel astronômico que mensalmente é pago pela estrutura onde funciona a Vara da Infância e Juventude e Cartórios, que aliás, dispensam comentários!

  4. Há algum equívoco no que tange aos subsídios recebidos pelo nobre magistrado titular da vara da infância e juventude da comarca de Itabuna. Pra quem não sabe, no servido público há um teto que limita os vencimentos, proventos e subsidios dos servidores públicos. Não há como ele perceber esses 50 mil, como acima citado, pq fere frontalmente o quanto estabelecido na CF. Além do mais, juiz não ganha por produtividade (o que é uma pena, convenhamos).

  5. Não sei se este trabalho realmente surte efeito. As crianças e adolescentes continuam a praticar seus atos infracionais, principalmente homicídios e tráficos de drogas, como também continuam custodiadas em celas insalubres e desumanas.

  6. só para contrariar o valor de 50 mil, peço que “ab” leia as inforações constantes do rodapé da transparência:
    Remuneração Paradigma: Soma do vencimento básico e demais vantagens permanentes percebidas.
    Vantagens Pessoais: Soma das vantagens pessoais, incluindo vantagem pessoal nominalmente identificada, adicional por tempo de serviço e vantagens
    pessoais decorrentes de sentença judicial ou decisão administrativa;
    Cargo Comissionado: Retribuição pelo exercício de cargo em comissão;
    Auxílios: Auxílio-alimentação, auxílio-transporte e auxílio-natalidade;
    Vantagens Eventuais: Salário-férias, indenização de férias, gratificação natalina, antecipação de gratificação natalina, serviço extraordinário,
    substituição e pagamentos retroativos;
    Total Bruto: Soma das parcelas referidas;
    Retenção por Teto Constitucional: Parcela da remuneração mensal retida por exceder o teto remuneratório constitucional;
    Diárias: Valor creditado a título de diária no mês de referência, ainda que relativo a período que o ultrapassem.
    As gratificações natalinas, férias entre outras fazem o salário do mestre Bandeira pular para os quase 50 mil, mas insinuar que é um salário fixo… paciência!!! Ah, e Bandeirão como é chamado nos corredores da UESC, forte abraço e ótimo trabalho!!!!

  7. Netan. A questão de menores em Itabuna não exclusiva do Juiz Marcos bandeira. É dele, é sua, é minha é do MP. Oxalá o Executivo Municipal, MP e sociedade organizada apresentasse a mesma preocupação que Marcos Bandeira apresenta. A cidade seria outra. Meus parabèns ao ilustre Juiz. Pretendo também me engajar a partir daqui, de Ilhéus.

  8. Uma coisa é a teoria e outra é a prática…
    Se as orientações fossem humanitárias, de fato, Itabuna não teria um público jovem, adolescente e infantil que busca inspiração na era das cavernas. O povo estaria adaptado aos avanços contemporâneos. Se valorizam tanto o deboxe, a injúria, as drogas, a violência é porque precisam receber orientações mais avançadas sobre convivência, e isso parte também, da justiça. Eu não dormiria com tranquilidade se em minhas mãos estivessem decisões a respeito da formação do homem para o futuro.

  9. Prezado Valdemir. Concordo em parte com a sua observação, mas, como você se identificou sendo de Ilhéus, talvez não saiba do problema que enfrentamos com os menores em Itabuna e, mais, não pareçe acompanhar a verdadeira distância existente entre prática e teoria.

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