A prefeitura de Itabuna tomou uma atitude sensata ao criar um programa para emissão de notas fiscais eletrônicas, abandonado um software privado e pelo qual pagava em torno de R$ 100 mil, por mês. Economizar é sempre bom, principalmente nestes tempos bicudos.
Mas a sensatez para aí. O sistema é vendido como “funcionável” e “amigável”. Pode ser tudo isso, mas não deu certo. É lentíssimo. Há quase uma semana os contribuintes estão sem poder emitir notas fiscais eletrônicas pelo endereço (www.itabuna.ba.gov.br/nfes/).
O sistema, por sua agilidade, virou piada de mau gosto. Credite tudo isso à agilidade da Secretaria de Planejamento e Tecnologia da Prefeitura de Itabuna. Não vale apenas a boa intenção. Afinal, desde o dia 24 de fevereiro que o sistema municipal está no ar, após um bom tempo em testes. E os problemas continuam.
Incompetência?
A redação do Pimenta não para de receber ligações de contribuintes reclamando dos problemas. Uma leva de contabilistas não sabe o que fazer, afinal, é época de declaração de Imposto de Renda. Até o banco de dados com histórico das empresas sumiu.
A orientação do Setor de Tributos é para que o acesso para emissão de notas seja feito pelo navegar Firefox. Quando o cliente observou que nem isso resolve, a funcionário dos Tributos deu informação animadora: a saída era esperar por uma solução da área de tecnologia do município.
O secretário de Planejamento e Tecnologia de Itabuna, Maurício Athayde, concedeu entrevista ao blog O Trombone, no domingo, e afirmava que os problemas já haviam sido resolvidos e o sistema tava uma beleza veloz, veloz.
Palavras dele:
– Isso já mudou. A página estava, realmente, muito pesada. Mas, ainda na noite de sexta-feira, eu mesmo fiz a mudança. Ela agora está levinha, ágil e fácil de carregar.
Mais à frente, na entrevista, Athayde informa que o sistema se mostra “estável e confiável”. Até acreditamos nas boas intenções do secretário com a implantação do novo software, mas o “bichinho” precisa funcionar.
A agilidade é, deveras, de um cágado. Só que o cágado, embora lento, sai do lugar. E este sistema… A prefeitura deve uma explicação aos contribuintes e – mais do que isso – precisa, urgentemente, fazer o sistema funcionar. Ou volta para o antigo.
Imagine que ao não permitir que as empresas emitam as famigeradas notas fiscais, o município esteja perdendo milhares de reais em arrecadação. Se nem assim eles se mobilizam, o que esperar?
O contribuinte pode apresentar suas queixas e receber “orientação” acionando os telefones (73) 3214-6388 / 6389, do Setor de Tributos. Mas se acredita que o melhor caminho é falar com a área de planejamento, com o secretário Athayde, basta ligar para o 3214-6302 ou 6319 e 6119.
(Que tal a prefeitura recorrer a uma ajudinha básica da Faculdade de Computação da Universidade Estadual de Santa Cruz-Uesc?)
13 respostas
Rapaz boa atitude do secretario sabia, como voces mesmo disseram na materia economizar sempre é bom…voces estao criticando agora né…Será que quando o sistema funcionar normalmente voces vao parabenizar o secretario por essa iniciativa?
Da Redação: O elogio está na nota, “A voz do povo”. Podemos dizer que as críticas são feitas porque a equipe não conseguiu fazer funcionar um sistema que está no ar há dois meses, sem contar o período de testes. Não há dois pesos e duas medidas. Neste momento, não há economia, há perda de “dindin”, pois deixa-se de arrecadar.
Assim como a UESC existe tambem outras entidades que poderiam nao ajudar a Prefeitura de Itabuna, como tambem as demais. Por exemplo o CEPEDI, gerido pelo Sindicato das Industrias de Eletronica e Informatica de Ilheus e a propria UESC tambem assessora esse orgao que tem exatamente esse função. Chegou a hora do CEPEDI mostrou algo de concreto para a regiao.
Armengue dá isso…
Rapaz, entrei aqui e não notei lentidão não..
Olá pessoal, eu sou formado em Ciência da Computação pela UESC e tenho mestrado pela USP. A adoção de um sistema próprio esbarra em muitas dificuldades. Primeiro, não basta desenvolver o sistema, tem que dar manutenção, muitas vezes o tempo gasto para a manutenção e ajustes leva mais tempo do que o próprio desenvolvimento. O que precisa ser esclarecido é o seguinte: quem está desenvolvendo o sistema, pelo visto o próprio secretário está envolvido, certo? e quando este mandato acabar? O software está bem documentado? Ele foi testado intensamente antes de ser implantado?
É fato que as vezes pensando em economizar abrimos mão de produtos pagos, mas se não planejarmos bem o processo de desenvolvimento acabamos por ter mais prejuízos do que se continuássemos pagando pelo software. Eu não acredito que esse software vá pra frente devido à declaração do secretário dizendo “eu mesmo fiz as modificações”. Creio que isso não é tarefa cabida a ele (afinal ele não deve ter tempo pra isso, se ele cumpre com suas obrigações de secretário), mas sim a uma equipe bem treinada e que saiba lidar com todos as fases do processo de desenvolvimento desde o levantamento dos requisitos do sistema até a fase de testes e implantação. Não estou colocando em cheque as qualidades profissionais do secretário, mas sim o fato de ser difícil lidar com o acumulo das tarefas de ser secretário e desenvolvedor da prefeitura.
Um outro fato é que se o secretário está testando as modificações que faz em um plataforma de testes própria é comum que o software seja mais rápido, porém em um ambiente real, o tamanho do banco de dados aumenta muito rapidamente e até mesmo o próprio projeto do banco de dados pode influenciar no desempenho do software. Fato é talvez se o secretário abrir a documentação para a sociedade, como Alunos e Professores da UESC, FTC, UNIME ele receberia um feedback muito bom sobre como melhorar o sistema.
Então na verdade não adianta especularmos, o sistema ou ao menos sua documentação poderia ser liberada para que a comunidade analise as qualidades técnicas do projeto.
Seu Pimenta,
O tempo senhor da razão vai dizer que esta economia que dizem fazer não passa de transferencia de dinheiro para esses aloprados de Azevedo, esse sistema inventado pelo planejamento é falho, instavel, e o que é pior todo banco de dados das empresas que emitiram notas pelo antigo sistema está perdido. A prefeitura tem dividas com a empresa dona do antigo sistema e nunca negociou a compra do banco de dados dos prestadores de serviço, ficam enganado dizendo que vão disponibilizar os dados, é mentira. O que alegam como economia de 150 mil por mês, também é mentira, o serviço nunca gerou este valor, já que a empresa recebia pelo que a prefeitura arrecadava. O que esse aloprados chamam de despesa, na verdade era investimento, já que ela pagava pela receita arrecadada. Quem vai ficar no prejuizo são as empresas prestadora de serviço que perderam todo banco de dados das notas emitidas anteriormente. O que deve ser apurado é quanto a prefeitura gastou para implantar esse sistema e quem está recebendo o dinheiro para ele funcionar precariamente. Itabuna tá f… com esse governo.
Bom, pelo menos eles estão tentando desenvolver algo em prol da sociedade e assim economizar dinheiro público. Apesar desses transtornos para os contribuintes, é uma boa iniciativa do secretário !
E na época da gestão de Geraldo Simões, que até para tirar um contra-cheque, eram aquelas filas enormes dentro do RH.
Isso é um absurdo total! esse sistema de graça não pode ficar instável por quase uma semana só para economizar mízeros R$ 100mil dos cofres públicos!! Devemos continuar pagando o antigo !!! Sigam a opinião do pimenta na muqueca e vamos protestar contra isso!! dinheiro eh pra gastar mesmo!!
Tá horrível o sistema. Além de ter vários defeitos, como não poder enviar a nota por e-mail, não permitir selecionar substitutivo tributário etc. Tem gente sem receber dinheiro e quebrada por causa desse sistema. como o “brilhante secretário” deve receber seu salário e outras benesses em dia, não está preocupado com isso. Itabuna não é cágado, é caranguejo – anda pra trás. Qe triste fim para nossa cidade, cair nas mãos desses incompetentes. Fernando, Geraldo e Azevedo. Socorro!!!!
Pessoal não sei o que está acontecendo com a internet de vocês. Mas aqui na minha empresa nós estamos conseguindo emitir normalmente.
Zelão diz: – Que saudade de Otaviano Burgos
Foi na gestão de Otaviano Burgos, que foi implantaa a modernização do sistema de cobrança de tributos do município e que funcionava à contento.
Como parte da “briga por mais poder” dentro do governo do “capitão prefeito,” o “também brilhante” secretário Maurício Athayde, se juntou com o secretário Gilson Nascimento, se forças suficientes para atingir o secretário Carlos Burgos, fizeram de tudo para prejudicar o trabalho do diretor de tributos, Otaviano Burgos. Uma das ações pepertradas, foi cancelar o contrato com a empresa que gerenciava o sistema de cobrança de tributos.
Athayde, contratou “amigos”, para desenvolver um novo sistema: – Deu no que deu! Nada funciona desde então e o pior; é que muito se perdeu do banco de dados existente, gerando conflitos e prejuízos, hora para o município, hora para o contribuinte. Todos sairam perdendo com a “irresponsabilidade” do secretário Athayde.
É uma pena que a verdade detalhada muitos não podem declacar, mas dizer que o secretário Mauricio Athayde é incompetente ou coisa parecida, todos estão profunamente enganados, ao contrário, pois a realidade é bem diferente.
O Secretário Mauricio desde que iniciou o processo de criação de um programa próprio para economizar verba foi duramente ameaçado por forças interns do governo e que se consideram intocáveis, ainda assim o secretário deu continuidade ao seu trabalho e da sua equipe no intuito de promover uma economia de aproximadamente cem mil reais/mês o que é verdadeiro. Nesse sentido, indo de encontro aos interesses de outro secretário surgiram os entraves e supostas tentativas para que o programa apresentasse defeitos e o antigo contratado retornasse a sua utilização, fato que atenderia os desejos do outro secretário considerado o dono da razão e das vontades dentro de um governo que somente ele se considera o correto, o justo.
O Secretário Mauricio Athayde está sendo boiocotado pelo seu “colega” secretário, já que este se sentiu prejudicado financeiramente pela criação e implantação do programa próprio.
PS. Será importante e interessante a verificação, ou melhor, a investigação sobre possíveis tentativas de prejudicar o programa justamente para atingir a conduta do secretário Mauricio e colocá-lo sobre dúvidas perante a opinião pública.
Nesse instante acho que as atenções deveriam se voltar para a secretaria da Fazenda, pois é justamente alí que estão sendo feridos os interesses.
Zelão e Outros,
Eu não sabia que funcionários efetivos que cumprem suas atividades profissionais eram amigos do então secretário de planejamento. Sua incoerência e falta de conhecimento da situação denuncia sua total ignorância. Isso é balela e falta de verdade!!
Eu nunca vi mudanças, mesmo que benéficas, causarem a primeiro instante, satisfação. É sempre assim, no final das contas, os respectivos 100 mil ou mais que estavam sendo pagos, vão beneficiar até mesmo aqueles que só sabem ser “marrom” e inimigos dos verdadeiros interesses públicos.