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Daniel Thame

Depois de uma convocação contestada, de rixas inúteis de seu treinador com a imprensa, das dúvidas sobre as condições físicas de seu principal astro e até de inacreditáveis treinos secretos nas frias noites sul-africanas, a Seleção Brasileira finalmente faz sua estreia na Copa, diante da igualmente misteriosa Coreia do Norte, time de quinta categoria no mundo do futebol.

Seleção Brasileira em campo é aquela coisa de parar o país, de fazer bater forte o coração do mais indiferente dos torcedores. Poucas vezes o brasileiro se une tanto em torno de um símbolo como numa Copa do Mundo.

E a Seleção Brasileira, maior vencedora da história das Copas, com cinco títulos, é o símbolo de um país vencedor, que dribla todas as dificuldades e toca a vida pra frente.

Daí que, ao contrário do que imagina o técnico Dunga, bem ou mal convocada, bem ou mal escalada, essa é a seleção pela qual milhões de brasileiros irão torcer na Copa do Mundo. E com a qual vão sonhar com o hexacampeonato, marca impressionante para um torneio disputado a cada quatro anos e que está em sua 19ª edição.

É a Seleção de uma superdefesa, da classe de Kaká (se estiver bem fisicamente), dos lampejos de Robinho e do faro de gol de Luís Fabiano.

Não é, evidentemente, a Seleção Brasileira ideal, onde haveria espaço para Ganso, Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Hernanes, mas é o que teremos para tentar superar Alemanha, Itália, Espanha e Argentina, que dividem com o Brasil as honras de favoritas.

É a Seleção de uma superdefesa, da classe de Kaká (se estiver bem fisicamente), dos lampejos de Robinho e do faro de gol de Luís Fabiano. E de um monte de brucutus espanando o meio de campo.

Nada melhor do que uma Coréia do Sul logo na estréia, para sapecar uma goleada, pegar confiança e embalar. Adversário mais a caráter não poderia haver para começar bem o Mundial e fazer prevalecer a tradição e a camisa amarela.

No mais, faço minhas as palavras (sérias) do humorista Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta: “Dunga é um anão problemático, complexado e inseguro”. E eternamente de mal com o mundo.

Mas, apesar dele, vamos ao Hexa!

Daniel Thame é jornalista, blogueiro e autor de Vassoura.

www.danielthame.blogspot.com

6 respostas

  1. Jogar contra a Coréia do Norte é como brigar com um bêbado: Se bater, bateu num bêbado, …, se apanhar, apanhou de um bêbado, …!!!

    A coisa só irá começar a “pegar” quando jogar contra a Costa do Marfin e/ou Portugal, …!!!

  2. Caro Daniel, Dunga, pra mim, se parece com Parreira, Zagalo, Claudio Coutinho, e toda essa disciplina militar e prática de um futebol de resultados.

    Mas, torço, também, pelo Brasil por achar que o hexa pode vir coroar esse momento feliz que estamos vivendo, sob o comando de um retirante nordestino, ex-operário, prestes a passar a faixa presidencial para outro símbolo de luta (a brava Dilma Rousseff.

    Foi com Lula que transcendemos nosso complexo de vira-latas, e hoje somos um “país de chuteiras, e não apenas isso, formando uma corrente vitoriosa, que mesmo se quebrando não mais baixará nossa auto-estima.

    Ps: mesmo com toda a campanha da Rede Globo contra Dunga, ele, e nós chegamos lá. Vamos trazer o hexa.

  3. Leio sempre os artigos de Thame, escreve bem e leve, mas acho que houve exageros hoje de sua parte. Primeiro chama a Coréia do Norte de seleção de “quinta categoria”. Avaliação, senão incorreta, ao menos indelicada, pois a seleção chegou por méritos próprios e pode não ter muita experiencia em futebol, mas esta nomenclatura reservamos para algo que nos indigna e nos enche de vergonha, assim, independente do regime político da Coréia do Norte (que nos enche de pavor e envergonha o mundo)não nos dá o direito de chamá-los de “quinta categoria”, a seleção de futebol não é responsável pelo regime político. Segundo, o autor confunde as Coréias na segunda parte do texto, chamando-a de Coréia do Sul; tudo bem, apenas um detalhe, mas nenhum brasileiro gosta de ser confundido com argentino, e olha que nunca tivemos uma guerra contra a Argentina, imagine os coreanos (do norte e do sul) que travaram uma sangrenta batalha entre 1950/53, cujo armistício não foi assinado até hoje. A segunda parte era só brincadeira, não gostei da expressão “quinta categoria”, pega mal, fica parecendo intolerância, coisa que sei que não és. Abraço

  4. se ligue Daniel Thame, larga essa vida de jornalista e vá ser técnico.

    só querem mandar no cara!

    seja corajoso e aceita ser técnico de futebol!

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