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Do Herald Tribune

Neuer, goleiro da Alemanha, vê bola dentro do gol. A Inglaterra foi roubada - descaradamente! (Foto Getty Images/Fifa).

O mundo inteiro viu o gol claramente, mas o juiz e os bandeirinhas não. E, nesta era das câmeras onipresentes e das verdades fornecidas por inúmeras fontes, surpreendentemente, o erro de uns poucos indivíduos prevaleceu diante daquilo que foi mostrado pelas câmeras e visto pelos olhos de muita gente.
Assim, apesar das desculpas apresentadas dias depois por Sepp Blatter, o presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol), e de uma promessa de reavaliar a questão da tecnologia nos jogos, a Inglaterra não recuperou o segundo gol que marcou contra a Alemanha no fim de semana passado.
Qual poderia ter sido o resultado do jogo se a Inglaterra tivesse entrado no segundo tempo com a tranquilidade psíquica condizente com um placar empatado? Torcedores e comentaristas ficaram furiosos: como é que esses jogos multibilionários podem desprezar uma tecnologia que é encontrada em qualquer telefone celular comum? Por que não adotar o inevitável?
Mas uma outra forma de enxergar a abordagem da Fifa é como um ato raro e revelador de resistência em uma era incessantemente digitalizadora.
A tecnologia é criada pelo ser humano. Mas nos dias de hoje, nós agimos de forma a organizar a vida em torno dos aparelhos tecnológicos, em vez de fazermos com que estes é que existam em nossa função. Se os tecnologistas vendem banda larga de acesso ininterrupto, nós nos tornamos criaturas que acessam ininterruptamente o ciberespaço.
Se eles inventam um novo aparelho, nós fazemos fila para comprar a novidade antes de sequer sabermos como usá-la. Se os e-mails podem chegar até nós em qualquer lugar, nós assumimos que eles têm que nos ser enviado em qualquer lugar em que nos encontremos.
O ceticismo digital da Fifa é uma exceção notável a essa cultura. Em uma declaração notável feita três meses antes da Copa do Mundo, a associação não apresentou simplesmente um argumento ludista para explicar essa sua reticência. Ela falou de um jogo caracterizado por certas essências profundas que a associação deseja preservar, e argumentou que a tecnologia ameaça essas essências.
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5 respostas

  1. Esta Copa do Mundo mostrou a fragilidade e o atraso em que o futebol está inserido, …!!!
    Vários outros esportes já se renderam à tecnologia, pois com o aumento da capacidade humana, aliado à tecnologia usada nas transmissões, hoje o telespectador consegue ver muito mais que aqueles ue estão nos estádios, por exemplo, …!!!
    Adotou-se colocar telões para que todos cnsigam ver, praticamente on line, tudo o que ocorre, em alta definição, mas a arbitragem não pode lançar mão do uso da mesma ecnologia, o que corroboraria suas decisões, tornando-as irrefutáveis, …!!!
    Além disso, ainda colocam árbitros de países sem a mínima tradição no futebol, para conduzir partidas importantíssimas, tais como as das quarts de final, …!!!
    Evidentemente, os erros aparecem e, quando prejudicam as seleções consideradas menores, aí começam as conspirações de roubo, de compra de resultados e por aí vai, …!!!
    Concluo enviando um recado à FIFA: Evoluir é preciso, …!!!
    Copa do Mundo, hoje em dia, não é apenas uma simples competição. É negócio. Tem investimento alto. Se a competição em si é profissional, porque a arbitragem continua no amadorismo, …?!?!?!
    O grande problema é que colocaram a política em primeiro lugar. Aí já viu: Está dando o que falar, …!!!

  2. Rapaz, não é um texto sobre futebol. Isto é um reflexão profunda sobre o nosso modo de vida na atualidade, onde estamos cada vez mais presos às tecnologias e superficializando tudo: das leituras aos relacionamentos. Só acho que, com relação ao futebol, é preciso de fato haver algum controle para eliminar os lances duvidosos. Ainda que isso retire um pouco do romantismo dos debates acalorados sobre os jogos. Quem pôde ir até o final do texto (só assinantes do UOL)percebeu que o artigo é mais uma crítica às transformações produzidas pela tecnologia do que uma defesa de seu uso.

  3. A ausência de alguns craques na copa
    Algumas seleções favoritas ao título da copa do mundo sentiram a falta de jogadores mais qualificados em campo por opção do técnico, por contusão ou por opção dos próprios jogadores.
    Na lista de Dunga torcedores e a imprensa pediam constantemente a convocação de Neymar, Ganso, Hernanes e mesmo Ronaldinho Gaúcho que vive altos e baixos no Milan da Itália. Mas, o técnico brasileiro com base nos resultados que obtivera em jogos amistosos e competições pré-copa,o comandante preferiu manter o mesmo grupo que já vinha trabalhando anteriormente.
    Hoje, torcedores e imprensa em geral poderão justificar a eliminação nas quartas-de-final devido a falta de jogadores que podia fazer a diferença em campo e pela intransigência de um técnico considerado vencedor e que um dia antes do jogo Brasil X Holanda tinha 69% de aprovação dos brasileiros.
    As seleções estrangeiras consideradas favoritas e que já foram eliminadas têm muito mais a lamentar porque tinham os jogadores de interesse dos técnicos, mas, não puderam contar com eles por contusão ou por decisão dos próprios jogadores.
    Com relação à Argentina, vão reclamar da ausência de Zanete na vaga do limitado Ortamed e de Veron no meio de campo. Mas, vão destacar com mais ênfase a desistência de Riquelme para dividir com Messi a responsabilidade pela criação das jogadas.
    A Itália vai reclamar da falta de sorte devido a falta de condições físicas ideais de Pirlo e com relação à poserosa Inglaterra vão ressaltar o corte forçado de Ferdinand que faria a zaga de área titualar com Terry, dando mais força defensiva ao setor, e sem dúvida poderão lamentar a dessistência do volante Paul Scholes.
    Portanto, percebe-se que as seleções estangeiras consideradas favoritas têm muito mais a lamentar a desclassificação na copa devido às contusões e desistências de jogadores, mas, o mesmo não pode ser dito da nossa seleção, pois a CBF bancou o grupo escolhido, notadamente limitado.
    Ailson Oliveira
    Professor de Filosofia

  4. Existe uma “essência profunda” do Futebol que eles querem manter e seria ameaçada pela tecnologia: a manipulação dos resultados. Fica o desafio de no Brasil aontecer a primeira copa com uso organizado da tecnologia no Futebol. Se conseguirmos fazer isso bem, msmo que não sejamos campeões, o país ganhará.

  5. Acho que a principal causa da nossa derrota foi o destempeiro do Dunga, pessoas grosseiras e destemperadas existe em todo canto, mas quando se lidera um gupo de atletas ou soldados com toda certeza será preciso dum baita milagre para acontecer algo positivo, agora ficar dizendo que a arbitragem foi responsável por isso e aquilo é não querer reconhecer o fiasco das “grandes seleções”, se fosse assim nossos estádios de norte a sul sempre estariam vázios pois já saberiamos quem seria o vencedor da partida, ou será que aqui isso jamais aconteceria? só vou citar um exemplo: o Ronaldinho Gaucho, fez ou não fez falta? até uma criança sabia que o Kaká estava fora de forma e por isso não rendeu nada, alguns dizem que se o Gaucho estivesse lá com seu pandeiro e toda aquela alegria iria desestabilizar a paranóia contagiante do grande timoneiro, tendo como exemplos os três mosqueteiros do rei Dunga, Robinho, Kaká e o Felipe Melo.

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