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Para muitas vidas, aquela curva era, foi o fim. A Curva da Morte. Quilômetro 595 da BR-101. De nada adiantavam os lamentos, os pedidos às santas autoridades lá de Brasília.
Aqui, no Pimenta, o produtor rural José Roberto Benjamin relatou o drama vivido por famílias, muitas delas assistidas em sua fazenda. “Sou produtor rural e moro perto e presto socorro a muitas famílias nesse cemitério que chamam de curva”.
Dias depois do lamento de Benjamin, também contado por Levi Vasconcelos, n´A Tarde, o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Saulo Pontes, ouviu. A curva recebeu sinalização vertical.
A solução, simples, ajudou. Desde o dia 2 de julho, comemora Benjamin, não mais houve registro de mortes naquela curva, em Camacan.
Fala, Benjamin:
– Após o último acidente com vítimas fatais, no dia de São João, anotamos nove acidentes , felizmente só com pequenos ferimentos e danos materiais até o dia de hoje.

Sonorizadores implantados na curva da morte (Foto Roberto Benjamin).

E justamente nesta terça-feira, 10, o Dnit cumpriu a segunda parte das reivindicações dos moradores daquele lugar. “Iniciaram-se os trabalhos de implantação dos sonorizadores”, complementa o produtor rural e engenheiro agrônomo. Os sonorizadores foram instalados nos dois sentidos da pista.
Acostumado a trafegar pelo trecho sul-baiano da BR-101 e conhecedor dos perigos desse trecho, Benjamim alerta sobre outros pontos de extremo perigo: a Curva de Cassemiro, entre São José da Vitória e Buerarema, e a de Rio Branco, entrada de Una.
Taí um exemplo de que soluções simples salvam vidas. Aliás, são dois exemplos: sem mobilização, o povo lá de Brasília não se “mexe”.

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