Tempo de leitura: 5 minutos

O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam.”

Osias Lopes

A frase acima, e que abre este opinativo, é atribuída a Arnold Toynbee, economista inglês que viveu apenas 31 anos (23/8/1852 a 9/3/1883), cujo trabalho envolvia história econômica, compromisso e desejo de melhoria nas condições das classes sociais. Pode parecer mais uma daquelas frases de efeito que nos acostumamos a ouvir em conferências rasas que compõem eventos de cientificidade não menor de profundidade, mas nos faz compreender muito rapidamente tratar-se de inhenhos os que desdenham da ingente importância da atividade política para a sociedade hodierna.

Ora, é na política (diga-se, no Congresso Nacional, em sua forma bicameral: Câmara dos Deputados e Senado Federal, nas Assembléias Legislativas Estaduais e nas Câmaras de Vereadores) que se define o valor do salário mínimo; as regras da nossa aposentadoria; o quanto deveremos pagar de imposto de renda a cada ano; o prazo de financiamento do automóvel que compramos; que impostos incidem nos alimentos; regras da saúde nas suas áreas pública e privada; sistema educacional; o imposto sobre a casa em que moramos, e por aí vai.

Pois é, no mundo hodierno (se não sempre o foi), é impossível viver sem dar atenção à política, sem se interessar pela política. O fato é que todos nós fazemos parte desse mundo político, nele influenciando fortemente, com ação ou omissão, sendo esta última notoriamente a mais covarde e mais prejudicial atitude.

A propósito do tema  –  política  -,  já falei aqui no Pimenta em comentário no mês de julho do ano passado sobre o péssimo sistema eleitoral brasileiro e os graves malefícios que ele traz à nação.

Rememorando alguns pontos daquele comentário de julho de 2010, apenas para justificar o presente artigo, disse, citando trechos de responsabilidade de Luís Roberto Barroso*, que o sistema eleitoral pátrio estimula anomalias como o “clientelismo (a negação da intermediação partidária), o patrimonialismo (o exercício do cargo público para fins privados, para realizar objetivos próprios), e a corrupção (que se alimenta e se robustece nesse mesmo ambiente de convívio inadequado entre o público e o privado)”. Relembro a todos que no mundo democrático apenas dois países o adotam: Brasil e Finlândia. Isto é pelo menos estranho, não?

UM AZAR QUE PERMANECE, ACOMPANHADO!

Reparem que, como diz a sabedoria popular, “o azar nunca anda sozinho” e “desgraça pouca é bobagem”. Na questão eleitoral brasileira estes adágios têm tido, infelizmente, um sentido real, eis que, a par do sistema eleitoral ruim, nos deparamos com o desastroso e extremamente danoso (à plena democracia e ao erário) financiamento privado de campanha.

PLANOS DE SAÚDE FINANCIANDO CAMPANHAS

Chamou-me a atenção, fazendo minha leitura diária do jornal “A Tarde” (domingo, dia 13/2/2011), a matéria intitulada “Planos de saúde financiaram 20 partidos”, contida no seu Caderno de Política, na página B3, não pelo ineditismo de sua natureza, uma vez que a Lei Eleitoral brasileira permite a doação de entidades privadas para campanha eleitoral de candidatos, mas a constatação de que os interesses privados estão expandindo o número de seus defensores no Congresso Nacional.

Do conteúdo da notícia dá para perceber que “não se interessar por política” pode “custar” (com trocadilho e tudo) até a saúde! A partir dela dá também para compreender porque são verdadeiramente inhenhos, tolos, os que insistem em não participar ativamente do processo político  –  votando ou sendo votado, com responsabilidade.

PARLAMENTO  – BICHO DE SETE CABEÇAS!

Dita matéria dá conta de que os Planos de Saúde, à força do dinheiro que “investem” em campanhas eleitorais, estão expandindo sua bancada no Congresso Nacional! Eram 28, agora são 38 deputados federais da “bancada” da saúde suplementar!

Observem que já existem: bancada dos ruralistas, bancada dos industriais, bancada dos lojistas, bancada dos evangélicos, bancada dos usineiros da cana de açúcar, bancada da bola (aqui me refiro do futebol!); bancada disso, bancada daquilo; etc., etc., etc..

Isto é demasiadamente preocupante, ruim e complicado para a sociedade! É “bancada” para todo e variado gosto. E a bancada do povo? Será que não há uma bancada da Nação brasileira, do povo?

Que bancada no Congresso, em contraposição às acima mencionadas “bancadas” (com trocadilho mesmo!), vai cuidar dos interesses de quem precisa do plano de saúde, de quem precisa da reforma agrária, de quem precisa de medidas de contenção de preços de produtos rurícolas, industriais, etc., etc., etc.? As coisas ainda estão muito complicadas para o povo, como estamos vendo todo dia noticiado através da mídia em geral. O que tem salvado são as iniciativas do Executivo Federal, porque o Congresso…

Nos parlamentos estaduais e municipais brasileiros o cenário não muda muito. É só aplicar a regra mutatis mutandi e pronto, um é espelho do outro!

Pois é… Não tenhamos dúvidas, esse “bicho de sete cabeças” é gerado pela atual legislação eleitoral, e pela forma de financiamento de campanha eleitoral.

A INGENTE NECESSIDADE DA REFORMA POLÍTICA

Registre-se aqui, firmemente, que não se tem dúvida de que existem abnegados políticos no Congresso Nacional vocacionados para a causa pública. Isto é inconteste. Conheço vários. E estes, seguramente, vão batalhar pelas reformas políticas que o país reclama.

Contudo, somente uma reforma política consistente e consequente, juntamente com o financiamento público de campanha, é a alternativa para que realmente venha a existir uma robusta bancada do povo, pelo povo, e para o povo, pois com ela se dará azo para que idealistas, intelectuais, estudantes, trabalhadores, lideranças populares, gente do povo enfim, possam se candidatar e disputar em igualdade de condições, ao menos financeiras, e assim protagonizar discussões salutares nos parlamentos brasileiros em detrimento das hoje existentes e deprimentes “bancadas” de apelidos.

É muito mais barato ao erário e à Nação o financiamento público de campanha, e com ele teremos um Legislativo com bancada “bancada” pelo povo. Simples!

PARA PENSAR E RESPONDER

SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE –  A tal “bancada” da “saúde suplementar” (leia-se Planos de Saúde Privados) vai cuidar intransigentemente da defesa dos interesses do Sistema Único de Saúde – SUS?

SISTEMA PÚBLICO EDUCACIONAL –  Tem um projeto de lei tramitando no Congresso Nacional que obriga a detentores de cargos públicos (senadores, deputados  –  federais e estaduais, vereadores e cargos do Executivo) a matricular seus filhos em escolas públicas, o que obviamente os forçará a dar atenção apropriada às questões educacionais.

Vindo a assim ser, a escola pública não voltará a ser eficiente?

É como se diz… perguntar não ofende!

* in “A Reforma Política: Uma Proposta de Sistema de Governo, Eleitoral e Partidário para o Brasil”, de autoria e de  responsabilidade de Luís Roberto Barroso  –  Instituto Idéias – Instituto de Direito do Estado e Ações Sociais (www.institutoideias.org.br).

Osias Lopes é advogado, ex-procurador dos municípios de Ilhéus e Itabuna e ex-secretário de Administração de Itabuna

Tempo de leitura: < 1 minuto

Mesmo fazendo parte do bloco de oposição ao governo baiano, o deputado Augusto Castro (PSDB) se mostra entusiasmado com o projeto do Complexo Intermodal Porto Sul, a ponto de ter proposto neste primeiro dia de trabalhos na Assembleia Legislativa a formação de uma comissão especial exclusivamente para discutir o tema.

Castro afirma que o fato de estar em um partido de oposição não significa ser contrário a projetos que ele entende como benéficos para o Estado. “Faremos uma oposição com propostas, não raivosa”, explica o deputado tucano.

A proposta de criar a comissão especial foi levada ao presidente da AL, Marcelo Nilo (PDT), e discutida também com diversos parlamentares. Segundo Castro, a receptividade é das melhores.

Para criar a comissão especial, é necessário colher a assinatura de um terço dos membros da Assembleia.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Rosemberg fez defesa do Porto Sul

Pelo menos dois deputados se manifestaram imediatamente após o pedido do governador Jaques Wagner, para que os membros da Assembleia Legislativa se mobilizem em defesa do Complexo Intermodal Porto Sul. Segundo Wagner, forças políticas de outros estados têm se articulado para sabotar o projeto.

Rosemberg Pinto, do PT, afirmou, logo em seguida à mensagem do governador, que é um defensor da Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol), obra que integra o complexo e será ligada a um terminal marítimo em Ilhéus depois de passar por 32 municípios. “As obras levarão desenvolvimento para a região, permitindo o escoamento de produtos, e estão sendo aguardadas com muita expectativa”, afirmou o petista.

Outra que também disse amém a Wagner foi a deputada evangélica Ângela Sousa (PSC). Ela opinou que “o governo age de maneira acertada quando faz uma opção firme pelo processo de interiorização do desenvolvimento”.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Yulo presidirá o partido com a maior bancada na AL

Depois de ser praticamente forçado a abrir mão da primeira-secretaria da Assembleia Legislativa em favor do correligionário J. Carlos, o deputado estadual Yulo Oiticica assumiu nesta terça-feira, 15, a liderança do PT no legislativo estadual. Yulo substitui o deputado Paulo Rangel, que exerceu a liderança nos últimos três anos.

O novo líder se encontra em seu quarto mandato na Assembleia e foi vice-líder do governo na legislatura anterior, além de ter presidido a Frente Parlamentar de Políticas Públicas e Juventude e a Frente Parlamentar de Defesa da Assistência Social.

A escolha de Yulo se deu por unanimidade.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Chamou atenção o discurso do presidente da Câmara de Ilhéus, Dinho Gás (PSDC), na abertura dos trabalhos do legislativo, na tarde desta terça-feira, 15. Lidas aos trancos, as mal-traçadas linhas foram quase totalmente dedicadas a críticas à imprensa, que o presidente acusa de tratá-lo com preconceito devido à sua origem humilde.

A queixa tem a ver com as informações sobre licitações fraudulentas e o possível indiciamento de membros da Câmara a partir das investigações da Operação Vassoura de Bruxa.

Tempo de leitura: < 1 minuto

A Associação Baiana de Mantenedoras de Ensino Superior (Abames) promove o seminário “Análise Setorial do Ensino Superior Privado no Brasil e na Bahia – Panorama Atual”. O evento será realizado no dia 22 de fevereiro, das 8 horas ao meio-dia, no auditório do Centro Empresarial Iguatemi, em Salvador.

Quem fará a abordagem é o professor Carlos Monteiro, considerado como referência em todo o país na área de gestão educacional.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Jaques Wagner, governador baiano, concedeu entrevista aos repórteres Raymundo Costa e Rosângela Bitar, do Valor Econômico, e logo de início o petista é rotulado de “vice-rei do Nordeste”, numa referência à nomeação de três ministros e manutenção do amigo José Sérgio Gabrielli na presidência da Petrobras.

Wagner responde: “Essa invenção de que eu nomeei tudo não é verdadeira”. O petista evita comparações com o carlismo e defende como legítima a vontade do PT de fazer o seu sucessor. E aponta nomes: o senador Walter Pinheiro, o presidente da Petrobras, Gabrielli, e os prefeitos Luiz Caetano (de Camaçari) e Moema Gramacho (Lauro de Freitas).

O mandatário baiano aborda temas como violência (crescente) no estado e a transição política na terra antes dominada pelo falecido Antônio Carlos Magalhães. Sobre a violência, diz que esta é resultado, também, do crescimento econômico na Bahia.

Wagner também fala do período mais duro do petismo, o mensalão, em 2005, quando se aproximou ainda mais do presidente Lula e fortaleceu a amizade com a presidenta Dilma Rousseff. A entrevista foi publicada na edição desta terça (confira a entrevista na íntegra).

Tempo de leitura: < 1 minuto

Ipiaú oferece uma boa oportunidade para discutir a educação, nesta quarta (16), na abertura da jornada pedagógica da rede municipal de ensino. E quem abre a programação por lá é ninguém mais ninguém menos que Rubem Alves, um dos maiores especialistas em educação no Brasil.

Rubem Alves vai abordar o tema “Ressignificando a assertividade na educação”, numa palestra voltada a educadores da rede do município sul-baiano. A secretária de Educação, Norma Suely Calhau, e o prefeito Deraldino Araújo comandam a mesa de abertura.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O relatório preliminar sobre as causas do apagão que atingiu oito Estados do Nordeste no início do mês aponta um erro de operação da Chesf, segundo alta fonte ligada ao governo federal.

A subsidiária da Eletrobras tentava resolver um pequeno blecaute nas linhas de Sobradinho/Luiz Gonzaga, que liga Bahia a Pernambuco, mas a empresa liberou o circuito sem checar as proteções do sistema.

Como essas proteções estavam alteradas, a pequena queda contaminou o sistema e se transformou em um blecaute, que derrubou sete linhas de transmissão e três usinas hidrelétricas deixando boa parte do Nordeste às escuras. Algumas cidades ficaram mais de quatro horas sem energia.

O presidente da Chesf, Dilton da Conti Oliveira, disse ontem ao Valor que a equipe técnica da empresa ainda avalia os acontecimentos, e garante que se houve erro ele será assumido pela companhia. A postura do presidente da Chesf reflete o duro tratamento dado pela presidente Dilma Rousseff às autoridades do setor elétrico na semana passada, em reunião no Palácio do Planalto, onde exigiu explicações mais convincentes sobre o ocorrido no Nordeste.

Leia na íntegra (para assinante)

Tempo de leitura: < 1 minuto

Depois do vexame de ver exposta na mídia a sua situação de secretário sem sala, o titular da Secretaria de Governo da Prefeitura de Itabuna, Carlos Burgos, deu o famoso “par de gritos” no prefeito José Nilton Azevedo. Burgos exigiu que o alcaide lhe conseguisse algum lugar para desenvolver suas importantes atribuições na gestão municipal e o “chefe” do executivo atendeu na hora.

O problema está na física, pela qual dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no tempo e no espaço. Ou seja, alguém teve que ser desalojado para dar o lugar reivindicado pelo manda-chuva do governo Azevedo.

A vítima foi o jornalista Ramiro Aquino, que se retirou da sala que abrigava a equipe do cerimonial da Prefeitura e mudou-se para um cômodo na Assessoria de Imprensa.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Maria Gadú, uma das maiores revelações da MPB, e o cantor e compositor baiano Jau se apresentam neste sábado (19), às 22 horas, na Concha Acústica, em Ilhéus. Os ingressos para o show de Gadú e Jau estão à venda no estande do Karioca e na Central de Ingressos e custam R$ 35,00 para pista e R$ 70,00 camarote.

A dupla é uma das atrações da XIV Regata Salvador-Ilhéus, que terá ainda apresentação-show do vice-campeão mundial de jet ski Bruno Jacob, na Baía do Pontal, ao meio-dia do domingo (20). A premiação dos competidores da regata ocorrerá no sábado, 19, no Jardim Atlântico, às 11h.

Abaixo, confira a interpretação de Maria Gadú em Linda Rosa.

Tempo de leitura: 2 minutos

Manuela Berbert

Não, ele não pode estar falando do mesmo Ronaldo que já me deu tantas alegrias, do mesmo Ronaldo que jogou quatro Copas do Mundo e conquistou duas, tornando-se o maior artilheiro de todos os Mundiais, com 15 gols

Confesso que me emocionei ao ver a coletiva de Ronaldo segunda-feira (14), ao meio-dia. Visivelmente abalado, ele não anunciou ali o fim de uma carreira, mas o fim da atividade que mais lhe dá prazer, o futebol. E por mais que tenha começado ainda na juventude, precisar abrir mão do que se gosta, aos 30 e poucos anos, é triste.

Não, eu não fiquei com pena de Ronaldo. Seria até hipocrisia de minha parte, diante da falta de perspectiva que assola milhares de brasileiros, sentir pena de alguém que já conquistou tanta coisa, especialmente financeira. Tenhamos bom senso: ser obrigado a parar vencido pelo próprio corpo, por seus próprios limites, é doloroso.

E ele falou de dor. De uma dor que sente dentro de sua casa, ao realizar tarefas simplórias, como subir degraus de uma escada. Acho que essa dor reflete na alma e no espírito competitivo de um jovem que se acostumou a realizar, a fazer acontecer, a tocar pro gol.

Foram 18 anos de uma carreira excepcional, fora do comum, com diversas glórias e muitas lesões, mas que não tiraram nem um pouco o brilho do que ele conquistou e do que mostrou nos campos de futebol do mundo afora. Dribles, arrancadas, gols, títulos e agora, no final de sua carreira, Ronaldo estava se acostumando a deixar com extrema genialidade seus companheiros na cara do gol.

Aí abro o Diário Bahia de hoje, terça-feira, e dou de cara com o artigo do jornalista Daniel Thame dizendo que, além de ter parado na hora errada, ele há muito tempo era apenas marketing. Chamou o Fenômeno de jogador descartável.

Não, ele não pode estar falando do mesmo Ronaldo que já me deu tantas alegrias, do mesmo Ronaldo que jogou quatro Copas do Mundo e conquistou duas, tornando-se o maior artilheiro de todos os Mundiais, com 15 gols. Ele não pode estar falando do jogador que venceu duas Copa América e uma Copa das Confederações. Foram 12 anos vestindo a amarelinha, Daniel, e ele é o segundo maior artilheiro da história da Seleção, perdendo apenas para Pelé.

Não, eu não vi Pelé jogar. E ontem, assistindo à coletiva, me orgulhei por fazer parte da GERAÇÃO RONALDO. Ao vê-lo se apresentar ali, acompanhado do filho mais velho e de Alex, fruto de um relacionamento de uma noite, lembrei que uma filha de Pelé faleceu de câncer clamando por um abraço do pai. É que eu sou dessas pessoas que precisam admirar o homem como ser humano, antes mesmo de admirá-lo como profissional. E Ronaldo, aqui pra nós, Daniel, até para se despedir foi um FENÔMENO!

Manuela Berbert é jornalista, estudante de Direito e colunista da Contudo.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O governador Jaques Wagner participa da abertura dos trabalhos da nova legislatura da Assembleia Legislativa baiana. Ele encerrou há pouco a leitura da mensagem em que pediu apoio a projetos como o Complexo Intermodal Porto Sul e, ao mesmo tempo, disse que promoverá um corte de R$ 1,1 bilhão no orçamento de 2011.

Wagner critica, indiretamente, a Rede Globo e forças políticas “de outros estados” por promoverem campanha contra o Porto Sul:

– É preciso que, como em outros momentos, a imprensa baiana e o Legislativo, que combateram a divisão da Bahia, levantem a bandeira do Porto Sul.

O petista foi sincero ao vaticinar que 2011 será, “provavelmente, o mais duro dos próximos quatro anos”. E espera não precisar fazer novos cortes neste ano. O anúncio de corte acontece dias depois do governo Dilma Rousseff anunciar uma lipoaspiração de R$ 50 bilhões no orçamento da União neste ano.

Tempo de leitura: < 1 minuto

A Justiça decretou nesta segunda-feira a prisão preventiva dos soldados da Polícia Militar Luciano Logrado Peixoto e Eric Sátiro Vitório, integrantes da 67ª Companhia Independente da Polícia Militar de Feira de Santana, flagrados por câmeras agredindo um jovem no centro da cidade última quinta-feira.

Segundo informações da polícia, a prisão foi solicitada à Justiça Militar pelo presidente do Inquérito Policial Militar, o capitão José da Silva Lima, com o objetivo de evitar qualquer interferência nos procedimentos de apuração.

Os policiais militares foram apresentados na Corregedoria da PM e permanecerão custodiados no Centro de Custódia Provisória, CCP, localizado no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

Confira as cenas da barbárie policial.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Estudo encomendado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) indica a parceria público-privada (PPP) nos serviços de limpeza urbana e manejo do lixo como a melhor solução para os municípios brasileiros se adequarem às exigências da nova política nacional de resíduos sólidos, regulamentada em dezembro de 2010 depois de 20 anos de debate no Congresso. Pelo menos quatro cidades paulistas já planejam PPPs com esse objetivo.

De acordo com a lei federal, a partir de 2014 será proibido o uso de lixões e os aterros sanitários legalizados só poderão receber rejeitos, ou seja, tudo aquilo que não pode ser reutilizado ou reciclado. Essas diretrizes obrigam as prefeituras a investir para melhorar os sistemas de tratamento do lixo e aumentar extraordinariamente as práticas de reciclagem – apenas 3% das cidades brasileiras têm mecanismos de coleta seletiva regulamentados, segundo o Ministério do Meio Ambiente.

O estudo da Abrelpe destaca que a maior parte dos municípios, principalmente os pequenos, não conta com recursos suficientes nem capacidade técnica para modernizar a cadeia produtiva do lixo, da varrição e coleta até a correta destinação final dos resíduos e a operação de aterros ou estações de tratamento. “A PPP é o melhor e, talvez, único arranjo institucional para fazer frente às novas demandas regulatórias da política nacional”, aponta o documento. Leia mais no Valor.