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Osias Lopes | osiaslopes@ig.com.br

 

A verdade é que os proprietários dos grandes veículos de comunicação, buscando permanecer em favorecer-se das benesses dos dinheiros públicos, inventaram de tudo.

O retrato do Brasil hoje revela um personagem que, por incrível que pareça, foi quase que esquecido até o início do século XXI: o povo brasileiro, fato registrado por uma autoridade governamental que fez parte do governo do primeiro presidente eleito pós-ditadura, com a frase: “o povo é um detalhe”.

A verdade é que os proprietários dos grandes veículos de comunicação, buscando permanecer em favorecer-se das benesses dos dinheiros públicos, inventaram de tudo. Quem não se lembra do “caçador de marajás”; do intelectual que fez campanha mostrando os cinco dedos da mão querendo dizer que seu governo teria cinco grandes metas; da anti-campanha que encetaram raivosamente contra o metalúrgico presidenciável, e recentemente contra a que viria a ser primeira mulher eleita presidenta.

Pois bem, essa mesma elite caçou e cassou o “caçador”, porque tinha ele um auxiliar alagoano que não “dividia o bolo” que eles prepararam; os “cinco dedos” perderam para quatro dedos, e em todos os demais números que fizeram este país acordar para sua grandiosidade, com a eleição do metalúrgico para presidente, e, como que selando tudo isso, lhe sucede uma ex-guerrilheira!

O Brasil, enfim, respira a mais pura liberdade conjugada com crescimento, e fundamentalmente, com desenvolvimento. A elite está acabrunhada, não por vergonha do que fez (ou do que deixou de fazer), mas sim porque perdeu seu “poder” de enganar àquele personagem de que falei no início desta escrita: o povo brasileiro.

Nosso Brasil, que o sambista acertadamente já descreveu como “um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza!”, é um lugar cada vez mais atraente para visitar, para viver, para trabalhar e para investir. Apesar dos erros do passado, que nos legou os apagões, nossas tragédias nos morros ainda recorrentes, e por tudo o que ainda temos que construir, somos um povo que cada vez mais mostra garra, seriedade, inteligência e capacidade para enfrentar crises.

O metalúrgico-presidente e sua sucessora-ex-guerrilheira são um exemplo veemente dessa capacidade do brasileiro sério e trabalhador, e evidenciam uma determinação extraordinária, quase que comovente, para desenvolver uma sociedade cada vez mais justa e soberana.

Os problemas identificados são discutidos em suas urgências e prioridades, buscando soluções adequadas, criando estratégias para consertar os erros passados, cuidando do agora e pensando no futuro.

Pois bem, agora temos o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, teremos Olimpíadas, teremos a Copa do Mundo. Interessante, agora o Brasil pode (quase) tudo. Antes não era assim. O povo não tinha vez, o país não tinha condições de sediar Olimpíadas, muito menos uma Copa do Mundo. Imprensa livre? Liberdade de expressão? Ah! Isso, nem imaginar! Não podia!

Ante a incompetência e a extrema má-fé dos então governantes, o imorredouro Raul Seixas bem o disse: “A solução pro nosso povo eu vou dar, negócio bom assim ninguém nunca viu, tá tudo pronto aqui, é só vim pegar, a solução é alugar o Brasil!…”.

Isso tudo são coisas observadas mais nitidamente por aqueles que nasceram até meados do século passado, e que viveram sua juventude atrapalhada por proibições estatais imbecis, que impediam a leitura de certos livros, censuravam as músicas que produziam; que criticavam as roupas que vestiam e até o corte de cabelo! Tudo era proibido, até pensar!

Depois da ditadura militar, vimos desfilar pela chefia do governo federal personagens no mínimo curiosos, mais preocupados com o bem-estar próprio, sua silhueta. Por exemplo, Collor costumava fazer cooper em torno do lago Paranoá, vestindo camisetas com frases de efeito, (Lembram-se? Era o delírio da elite!); FHC, com o seu intelectualismo enrustido e não posto a serviço da nação (“esqueçam o que eu escrevi”, lembram-se?), pois não sabia traduzir intelectualidade em ações efetivas de desenvolvimento. De Sarney, me poupo falar, pois sua mediocridade foi e é demasiado evidente.

Agora não, desde o primeiro governo Lula o Brasil é, de fato, do povo brasileiro, que tem emprego, que consome mais, faz compra em shoppings, se alimenta, vai à escola, frequenta universidade, compra automóvel, e otras cositas más. Para quem é mais jovem, parecem coisas normais, simples, banais. Mas antes não era assim.

E por que somente a partir do primeiro governo Lula? Ora, de Sarney até FHC havia democracia política, mas não a “democracia” econômica, financeira. A economia brasileira ia bem, mas o povo brasileiro, não. O povo não tinha direito às riquezas produzidas no país.

Alguns poderão até dizer que esses escritos são como que uma ode ao petismo. Até poderia ser. Mas vai mais além. Para esses, aconselho reparar primeiro na história recente do Brasil, antes de afirmar parvoíces…

Osias Lopes é advogado.

0 resposta

  1. Valeu, mestre! Se vivo fosse, creio que o Brizola concordaria em gênero, número e grau com seu pensamento arrebatador sobre o Brasil moderno, justo e digno que estamos construíndo.

    Aliás, um advogado mexicano fez comentários favoráveis ao País e sua gente com um misto de inveja e reconhecimento. Lembre-se do que sempre conversamos.

    Não espere que os senhores da mídia comercial e seus colaboradores (!?)reconheçam o atual estágio da sociedade brasileira e avanços na administração pública pós-Lula. Essa gente sempre se opõe e oporá…

    Arrisco a dizer: aposta sempre no erro para vender facilidades, através de idéais atrasadas de colunistas aculturados em inglês. O povo está se lixando para essa gente…e a prova está na inserção do País em nível internacional.

    Viva o Brasil!!!!

  2. Caro Doto Osias,suas palavras são muito bonitas,porém,vamos fazer uma analise menos policaloide,senão vejamos:o metalurgico-presidente(usando sua expressão)só conseguiu chegar ao final do mandato,devido diveras provas incosteste de roubos,lavagem de $$$,corrupção ativa e diária,quando se juntou com o caçador de marajás(COLLOR), do mediocre(sua expressão)do Sarney, do PP do Maluf,esse sim é o petismo(sua expressão também),onde pobres mortais eram servidores de campo da CEPLAC e na politica viraram afortunados.

  3. os marketeiros continuam inventando! Nunca visto neste pais é uma dessas mentiras.Bem estar proprio? Cartao da presidencia que Lula vetou que chega-se ao conhecimento do povo brasileiro seus gastos.Lulinha e sua empresa.O mensalao que ja esta marcado pro esquecimento e seus reus livres e soltos.Kkkkkkkkkkkkkkkkk este texto é hilario!

  4. Seu texto é tão hilário que não mereçe nem comentários.Esqueceu o Dr. que foi no Regime Militar, que enfreou as grandes crises do petróleo,que contruiu estradas,pontes,hidrelétricas,fabricas de carros,construçÕes de estaleiroS,que a agricultura teve avanços,alfabetizou o Brasil com o Mobral,a dívida externa era 4.2 milhões de dolares, hoje a divida externa migrou para dívida interna que ultrapassa a R$ 1.850. (hum trilhão e oitocentos mil reais), dinheiro este que sustenta o bolsa família!
    Estude um pouco o Regime Militar, que vai ter noção completa dos 22 anos do regime militar, onde o povo era feliz e não sabía!
    Kalif Rabelo

  5. Meu antigo amigo e companheiro Luiz Conceição,

    Estou lendo uma biografia riquíssima do líder brasileiro Leonoel de Moura BRIZOLA.

    Já pedi à turma do “Pimenta” um espaço para publicar um artigo sobre esse ilustre político brasileiro, de quem, depois de Lula, sempre fui fã. Apreswentarei o artigo depois dessa leitura.

    Mas, lembre-se irmão e velho amigo (Luiz Conceição já está com os cabelos bem branquinhos!!!), quem, à nossa época, lá pelos idos dos anos 70, lia sobre política, enxergava política, vivia política e tinha juízo, era brizolista. Exemplo: nossa Presidenta!!!

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