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Marco Wense

O comando estadual do DEM vai jogar duro com os prefeitos que ficam de namorico com os partidos da base aliada do governo Wagner.

O comando estadual do DEM, agora sob a batuta do ex-deputado federal José Carlos Aleluia, vai jogar duro com os prefeitos que ficam de namorico com os partidos da base aliada do governo Wagner.

José Carlos Aleluia, político de posições firmes, principalmente quando o assunto em pauta é a fidelidade partidária, acompanha cada passo de quem se elegeu pelo DEM, incluindo aí os vereadores.

Entre os chefes de Executivo demistas, José Nilton Azevedo, prefeito de Itabuna, é o que chama mais atenção da nova cúpula do Partido do Democratas.

Ninguém sabe, por exemplo, em quem o prefeito de Itabuna votou na última sucessão estadual, se na reeleição do governador Wagner (PT), em Geddel (PMDB) ou Paulo Souto (DEM).

Aleluia, que não é de pestanejar e, muito menos, de passar a mão na cabeça, não vai permitir que o Capitão Azevedo tenha um posicionamento dúbio em relação ao processo sucessório municipal.

O prefeito de Itabuna tem que tomar cuidado com o novo demismo aleluísta, sob pena de não disputar um segundo mandato (reeleição).

DAVIDSON, SENA OU WENCESLAU?

O PCdoB tem três bons nomes como prefeituráveis: o “velhinho” Sena, o vereador Wenceslau Júnior e Davidson Magalhães, diretor-presidente da Bahiagás.

O critério para a escolha do nome que irá disputar a cobiçada prefeitura de Itabuna não pode ser assentado no aspecto individual. Se um é mais popular do que o outro, se é mais carismático ou administrador.

O candidato deve ser o que tiver mais possibilidade de aglutinar outros partidos em torno da candidatura, viabilizando uma coligação com boas chances de vitória.

Os recentes fatos políticos apontam que a melhor opção do PCdoB é Davidson Magalhães, já que conta com a simpatia do PMDB de Renato Costa, do PSDB de José Adervan, do PDT de (?) e de boa parte do PSB.

WAGNER QUER GERALDO

A articulação política do governador Jaques Wagner quer o deputado federal Geraldo Simões como o candidato do PT na sucessão do prefeito Azevedo.

Com Geraldo – e não Juçara Feitosa – seria mais fácil convencer os partidos aliados a não lançarem candidatura própria, como pretende o PCdoB.

Se o candidato for Geraldo Simões, o governador Jaques Wagner vai se empenhar pessoalmente no convencimento de que o diálogo é imprescindível para a retomada do Centro Administrativo.

Alguns membros do diretório do PT de Itabuna já fazem coro a favor do ex-prefeito, que continua obstinado com a pré-candidatura da ex-primeira-dama.

FIDELIDADE

Os quatros maiores partidos de oposição ao governo estadual – DEM, PSDB, PMDB e o PR – só questionam a infidelidade partidária quando ela sai do círculo oposicionista.

Ou seja, para um partido da base aliada do governador Wagner. O vereador Solon Pinheiro, por exemplo, não comete infidelidade quando sai do PSDB para o DEM.

Se o prefeito Azevedo trocar o DEM pelo PDT ou qualquer outra legenda situacionista, é logo taxado de infiel. Mas se ir para o PSDB, PMDB ou PR fica tudo em casa.

Marco Wense é articulista da Revista Contudo.

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