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Roberto Rodrigues

Não é mais aceitável que a beleza da Páscoa seja comprometida por esse tipo de ação que a modernidade deve rejeitar.

[Hoje] celebraremos mais uma Páscoa, e famílias do mundo inteiro [estão] irmanadas nessa grande efeméride do cristianismo. Curiosamente, essa data é universalmente comemorada com ovos de chocolate.

Na antiguidade, costumava-se pintar a casca de ovos de galinha (deles excluídos o conteúdo) com cores bem alegres porque o ovo é um símbolo do nascimento, e a Páscoa celebra a ressurreição de Cristo; muito mais tarde, com o advento da indústria do chocolate, os “pâtissiers” franceses passaram a rechear ovos vazios com esse produto; depois, os ovos de galinha sumiram: atribui-se essa mudança ao fato de a igreja proibir o consumo de carne durante a quaresma, de modo que ovos de chocolate seriam mais apropriados que os de galinha.

Neste ano, não será diferente. O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) realizou pesquisa sobre o preço dos ovos de Páscoa e revelou que alguns deles estão em média 20% mais caros do que no ano passado (pesquisa realizada entre 18 e 22 de março, em São Paulo, nas Lojas Americanas, no Pão de Açúcar Delivery e no Supermercado Sonda).

Já a Abicab (Associação Brasileira da Indústria do Chocolate) informa que os ovos ficaram apenas 7,5% mais caros que em 2010 e que isso se deve ao aumento do preço do açúcar, que encareceu 20% nos últimos 12 meses.

A Abicab acredita que neste ano serão consumidos cerca de 30 milhões de toneladas de chocolate, quase 20% mais que no ano passado. A festa pascoal produz um impacto impressionante sobre o comércio de ovos, e é natural que seus preços subam. Em média, um ovo de 500 gramas fica em torno de R$ 30, quase o dobro do valor de uma barra de chocolate do mesmo peso.

Esse consumo também se explica pelo aumento da renda do brasileiro: nosso país já é o 5º maior produtor mundial de ovos de Páscoa e o 4º maior consumidor, segundo o Sebrae. E não só na Páscoa: no ano passado, cada brasileiro consumiu 1,3 quilo de chocolate, enquanto no campeão mundial, a Inglaterra, chega-se a 12 quilos por pessoa!

E o produtor de cacau, como fica nesse cenário? O Brasil é o 6º maior produtor mundial, com cerca de 180 mil toneladas por ano em média, mas importa outras 50 mil toneladas para atender ao mercado interno: o cacau vem de Gana, da Indonésia e da Costa do Marfim, que é o maior exportador mundial.

Para o cacauicultor, o preço subiu apenas 6% do ano passado para cá. É curioso isso: parece que o chocolate nasce na chocolateria, e o ovo de Páscoa, nos supermercados. As pessoas se esquecem completamente de que sem o cacau não haveria essa delícia que alegra a Páscoa de todas as crianças do mundo e o dia a dia dos chocólatras inveterados.

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Bandidos foram contratados para destruir viatura da PM em São José da Vitória.

Encontra-se no Departamento de Polícia Técnica de Itabuna o corpo de Júlio Soares Ribeiro, 19 anos. Segundo a polícia, ele traficava drogas na cidade de São José da Vitória, vizinha a Buerarema.

Na madrugada deste domingo, 24, incendiaram uma viatura da polícia em São José e Júlio foi apontado como autor do crime. O traficante foi perseguido e encontrado em um matagal, onde teria trocado tiros com policiais.

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O interior do estado tem novamente a chance de, repetindo 2006, fazer o campeão do Baianão de Futebol. Há cinco anos, o Colo-Colo, de Ilhéus, baixava a bola do Vitória, batendo o rubro-negro em pleno Barradão. Ficou com o título.

Desta vez, Serrano (Vitória da Conquista) e Bahia de Feira de Santana estão no páreo pela vaga na final. Do lado oposto, brigam os soteropolitanos Bahia e Vitória.

A definição sobre quais serão os finalistas do Estadual 2011 começa neste domingo, às 16h, quando Bahia e Vitória se enfrentam no estádio de Pituaçu, em Salvador, e Serrano e Bahia de Feira jogam no Lomantão, em Vitória da Conquista.

Vitória e Bahia de Feira vão para os respectivos confrontos com a vantagem de dois empates para chegar à final. Donos das melhores campanhas na fase de classificação, eles decidem vaga em casa. O rubro-negro no Barradão, no dia 1º. E o time feirense, no Joia da Princesa.

Na fase de classificação, o Vitória somou 26 pontos em oito vitórias, dois empates e duas derrotas, conforme estatística da Federação Baiana de Futebol (FBF). O Bahia de Feira foi o segundo melhor time da primeira fase. Somou 23 pontos ao vencer seis partidas, empatar cinco e perder uma.

Semifinalista do Baianão, o Serrano guarda uma curiosidade. Ainda na primeira fase, o time somou apenas 15 pontos. Para se ter uma ideia, o Colo Colo somou 18. Os dois times, porém, eram de grupos diferentes. O campeão de 2006 era do Grupo 1 e o Serrano, do 2.

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A ROTINA É AMEAÇA AO AMOR E À LINGUAGEM

Ousarme Citoaian
Um dos perigos que rondam o texto jornalístico é a mecanização da linguagem – expressão cunhada aqui e agora, creio.  Expliquemos, como Freud o faria: de tão repetido, o ato de redigir passa a ser feito sob fórmula, com quase as mesmas palavras. A linguagem, da mesma forma que o amor, detesta a rotina. Quem lê notícias com olhos críticos já observou com que freqüência determinados veículos repisam termos iguais (não confundir com estilo, que é coisa bem diversa de indigência vocabular). Um exemplo que grita é o verbo garantir. Atire a primeira pedra quem leu um noticiário hoje e não topou com esse verbo mal empregado.

O CRUEL ABANDONO DO SIMPLES E DO LÓGICO

Há poucos dias, em mais uma podridão exposta de dirigentes públicos, um ex-governador acusou um deputado baiano com nobre pedigree de ter sido “ajudado” durante a campanha eleitoral, recebendo dinheiro indevido. Um dos maiores jornais da Bahia não deixou por menos e tascou em manchete a reposta do acusado: “ACM Neto garante que Arruda mente sobre doações”. Caso típico de emprego abusivo do verbo. Não se pode “garantir” que uma pessoa mente, embora se possa “dizer”, “afirmar”, ou algo semelhante. “ACM disse que…” é o caminho simples e lógico que a mídia parece ter abandonado. É a tal mecanização da linguagem.

GESTORES GARANTEM, GARANTEM, GARANTEM…

Pra não dizer que não falei de flores regionais, recolhi algumas por aqui – e confesso que foi tarefa das mais fáceis. Um semanário, falando do prefeito de Itabuna: “Ele garante que fará um governo de união”; esta, do noticiário oficial: “Capitão Azevedo garante reforma de praças”; outra, de um blog: “Azevedo é candidato à reeleição – Burgos é quem garante”. Na mesma linha andou o alcaide de Ilhéus: “Newton Lima garante apoio à reeleição de Ângela Souza”; ainda de Ilhéus: “Parceria garante transporte escolar para alunos do ensino médio da zona rural”. Em nenhum caso existe garantia efetiva do que se afirma.

CONSTRUÇÕES QUE CONSAGRAM… A SANDICE

Se gostam dos exemplos, vamos ao governador – compreensivelmente o maior “garantidor” de todos – com amplo direito de aparecer mal no texto. Aqui, uns poucos exemplos desse abuso: “Wagner garante qualidade da educação”, “Wagner garante Mundial de Judô em 2012, aqui na Bahia”, “Wagner garante apoio ao Polo de Informática de Ilhéus”. E mais uma, para não perder a mão (desta vez não o governador ou o prefeito, mas uma entidade pouco mais impalpável): “Estado garante a construção da nova ponte Ilhéus-Pontal”. Não há de faltar quem defenda esta linguagem como “consagrada”. Só se for a consagração da sandice.

A COLONIZAÇÃO E O “PLURAL APOSTROFADO”

Temos encontrado na mídia regional, mais vezes do que pode agüentar a nossa santa paciência, uma estranha forma de plural para CD (aquele disquinho de música), abuso que vale também para seu primo rico, o DVD, mesmo que ambos venham com o olho tapado que identifica os salteadores dos sete mares: CD´s e DVD´s – um plural apostrofado (vou registrar copirraite para esta expressão), fórmula que imagino vir do inglês – “colonização” que se exerce sobre dez entre dez brasileiros mal informados. É uma saída meio rodrigueana, se me permitem o lugar-comum: bonitinha, mas ordinária. Apóstrofo, sinal gráfico comum em inglês e francês, só empregamos em português em poucos casos.

CASTRO ALVES VIROU EXEMPLO DA EXCEÇÃO

Em tempos idos, era um festival de cinqüent´anos (então, com trema) su´alma, grand´homem, d´Oliveira,Sábado d´Aleluia e outros, sendo Castro Alves o campeão da modalidade. Tanto assim que sua poesia foi base para a exceção desse sinal gráfico, quando se quer beneficiar a métrica. Abro minha edição fac-similar da príncipe de Os escravos (Edições GRD/1983) e revejo “´Stamos em pleno mar!” – verso de O navio negreiro, que todos conhecem – e topo, ainda no primeiro canto, com “Bem feliz quem ali pode nest´hora/sentir d´este painel a majestade”. Como CD e DVD nada têm a ver com Castro Alves, deixe-se em paz o apóstrofo, grafando os plurais assim: CDs e DVDs. Sem descabidas concessões ao genitivo dos gringos.

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NO JORNAL, A RIQUEZA DAS FRASES FEITAS

Jornal de Itabuna, falando em mudanças de comportamento do prefeito do município, afirma em editorial: “Ele sente que chegou o momento de dar a volta por cima”. Congênere de Salvador, noticiando o retorno de Adriano ao Brasil, criou este título de ótimo gosto: “A volta do boêmio”. Essas frases feitas colorem, enriquecem e embelezam a linguagem. Consagradas, mas ainda fora da relação de lugares-comuns, facilitam o entendimento da mensagem, ao fortificar uma das qualidades fundamentais do estilo, a simplicidade. As duas, como tantas outras, nasceram da MPB: a primeira é de Paulo Vanzolini (1924); a outra, de Adelino Moreira (1918-2002).

A MPB CONSOLIDA A LÍNGUA “BRASILEIRA”

Noel Rosa imortalizou “com que roupa”, para resumir uma situação de impossibilidade; “palpite infeliz”, que nos acode à mente, diante de algumas bobagens ouvidas, e “o x do problema”, largamente empregada diante de uma questão a resolver, um nó a desatar. Chico Buarque nos deu “roda viva”, simbolizando a rotina o dia a dia; Zé Dantas criou a imagem de que a esmola ao homem são o envergonha ou vicia; e não são poucas as vezes em que alguém se refere ao País, em tom irônico, como “Meu Brasil brasileiro” – isto é Ari Barroso. Estas poucas expressões saídas da memória mostram a MPB como importante componente da nossa cultura.

DA “CENA DE SANGUE” À “VOLTA POR CIMA”

Paulo Vanzolini (foto) é de um nível cultural poucas vezes encontrado na MPB: além de médico (Universidade de São Paulo), é Doutor em Zoologia (Universidade de Harvard), sendo conhecido internacionalmente como especialista em répteis e em fauna da Amazônia, região que visitou várias vezes. Grande nome do samba de São Paulo (ao lado de Adoniran Barbosa), ele compôs cerca de 60 músicas, sendo que duas delas viraram clássicos: Ronda e Volta por cima. Esta última popularizou a expressão usada pelos brasileiros quando querem falar sobre a superação de uma crise: “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”.

OBRA-PRIMA DE REGIONALISMO BRASILEIRO

Redescobri recentemente, com Renato Braz (e Bré na percussão), um tema de Vanzolini de que gosto muito, e que tem uma história curiosa: em 1967, o artista plástico Arnaldo Pedroso Horta, observando a “baianidade” do argentino Carybé (foto), que divulgava a capoeira em São Paulo, desafiou Vanzolini, dizendo que ele estava perdendo para o “gringo”, pois nunca fizera uma música de capoeira. “Amanhã te trago uma”, respondeu o compositor. Naquela mesma noite, Vanzolini fez “Capoeira do Arnaldo”, a bem-humorada saga de um retirante em busca da cidade grande, obra-prima de regionalismo brasileiro, com um tom nordestino jamais visto num músico paulista.

(O.C.)

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O feriadão da Semana Santa começou a ser aproveitado também por sete hóspedes da delegacia de polícia de Itacaré. Eles aproveitaram o horário de almoço do policial de plantão e “deram linha”. Eles quebraram a viga de sustentação do telhado da área de sol e, com o auxílio de uma tereza, pularam o muro da delegacia.

A cadeia pública está sem carcereiro há três meses e, nos finais de semana, apenas um policial dá plantão fazendo a vigilância do local. De acordo com a polícia, o perfil dos fugitivos é composto por assaltantes, traficante e estelionatário.

 

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O setor de supermercados tem entre 100 mil e 150 mil vagas abertas, sem conseguir preencher por causa do apagão da mão de obra. Isso significa 20% do segmento. Segundo o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), João Galassi, esse tem sido um dos grandes gargalos do segmento.

Além dessas vagas, o volume de investimentos previsto para o ano deve intensificar o problema. “Mas não é só contratação. Há dificuldades para retenção e treinamento de pessoal.”

Ele destaca que a carência de mão de obra está espalhada por todo o País. “O déficit do mercado é geral e em todas as atividades. Antes o problema era mais no Nordeste por causa da forte expansão.”

Galassi afirma que os cartazes com “procura-se” não estão surtindo mais efeito. “Quase todos os nossos contratados estão sendo treinados por nós. Nosso maior desafio é criar uma alavanca que prepare os jovens para o setor”. Informações do Estadão.

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A revista Istoé deste final de semana traz uma matéria sobre a condição de quatro ministros do Governo Dilma que estão, como se diz por aqui, sem moral. Eles não foram recebidos pela presidenta Dilma Rousseff, embora já estejamos no quarto mês da gestão dilmista. A lista é integrada por um ministro originado politicamente na Bahia, o deputado federal Mário Negromonte (PP).

Negromonte teria cometido barbeiragens administrativas desde quando assumiu o Ministério das Cidades e tem suado bastante para ver se emplaca os nomes dos amigos Carlos Batinga (PSC-PB) e Inaldo Leitão (PP-PB) em cargos de visibilidade justamente no ministério sob o seu comando.

A reportagem da Istoé diz ter ouvido fontes palacianas que deixaram exposta a falta de prestígio do ministro pepista. “Não bastasse não ter sido recebido ainda por Dilma – apenas a encontrou no avião presidencial durante duas viagens –, Negromonte até agora não conseguiu autorização para nomear dois velhos aliados: o deputado estadual Carlos Batinga (PSC-PB) e o ex-deputado Inaldo Leitão (PP-PB)”.

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Zelão

O que parecia ser apenas uma crise gerada pela ganância, acabou – mesmo sem que os seus principais protagonistas desejassem – revelando a trama de um crime maior.

Ao defenderem a “incorporação” do Bairro Salobrinho, sob a alegação de que a população daquele bairro de Ilhéus depende mais dos serviços públicos de Itabuna, os defensores da “causa perdida” revelaram um crime eleitoral: – Grande parte dos eleitores do Salobrinho vota em Itabuna.

Ao fazer o recadastramento, apenas da 27ª (Vigésima Sétima) Zona Eleitoral de Itabuna, a Justiça Eleitoral de Itabuna, deixou de fora os eleitores da 28ª (Vigésima Oitava), onde devem estar cadastrados os “eleitores fantasmas” vindos de outro município.

As suspeitas sobre a “migração” de eleitores não residentes em Itabuna já existiam desde o pleito de 2004, quando uma dirigente partidária foi acusada de ter sido pega, no dia da eleição, com cerca de dois mil títulos de eleitor (o que não foi confirmado pela Justiça Eleitoral). Falou-se naquela época que a “fábrica de títulos” tinha origem na sede do SAC/Itabuna.

Por infeliz coincidência, membros do mesmo grupo que havia se beneficiado desde 2004 com a “criminosa migração de eleitores” fazem parte do grupo que quer “oficializar” o crime.

Zelão é astuto observador da cena política sulbaiana.

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Pelo menos 1,3 milhão de pessoas a partir de 60 anos deve ser vacinadas, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, a partir da próxima segunda-feira (25), primeiro dia da campanha nacional de vacinação dos idosos. As pessoas que se encontram em casas de repouso, abrigos, asilos e em outras instituições também participam da campanha.

A vacina deve ser aplicada também em cerca de 190 mil trabalhadores de saúde de unidades que fazem atendimento para a influenza, 266 mil crianças entre seis meses e menos de dois anos, 20 mil indígenas e 273 mil gestantes, totalizando em torno de 1,8 milhão de pessoas. Do G1 Bahia

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Zelão

O que parecia ser apenas uma crise gerada pela ganância, acabou – mesmo sem que os seus principais protagonistas desejassem – revelando a trama de um crime maior.

Ao defenderem a “incorporação” do Bairro Salobrinho, sob a alegação de que a população daquele bairro de Ilhéus depende mais dos serviços públicos de Itabuna, os defensores da “causa perdida” revelaram um crime eleitoral: – Grande parte dos eleitores do Salobrinho vota em Itabuna.

Ao fazer o recadastramento, apenas da 27ª (Vigésima Sétima) Zona Eleitoral de Itabuna, a Justiça Eleitoral de Itabuna, deixou de fora os eleitores da 28ª (Vigésima Oitava), onde devem estar cadastrados os “eleitores fantasmas” vindos de outro município.

As suspeitas sobre a “migração” de eleitores não residentes em Itabuna já existiam desde o pleito de 2004, quando uma dirigente partidária foi acusada de ter sido pega, no dia da eleição, com cerca de dois mil títulos de eleitor (o que não foi confirmado pela Justiça Eleitoral). Falou-se naquela época que a “fábrica de títulos” tinha origem na sede do SAC/Itabuna.

Por infeliz coincidência, membros do mesmo grupo que havia se beneficiado desde 2004 com a “criminosa migração de eleitores” fazem parte do grupo que quer “oficializar” o crime.

Zelão é astuto observador da cena política sulbaiana.

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Hoje é dia de malhar. Não o corpo, mas o Judas do Ano. E aqui no PIMENTA, como já virou tradição, o leitor tem espaço garantido para detonar (com o devido respeito) o traidor da vez.

Na seleção do ano passado, o Judas Iscariotes foi o excelentíssimo prefeito Capitão Azevedo. E agora, quem será? Haverá “reeleição”?

O leitor aqui tem liberdade para indicar quem “vai pro poste”. Basta correr à seção de comentários, dizer o nome e explicar por qual motivo o “inocente” deve ser o Judas do momento. Ao final do dia, a gente dá o resultado da eleição.

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A Prefeitura de Itabuna é acusada de promover seleções simplificadas para contratação de servidores, sem fazer ampla divulgação das mesmas. Até o período de inscrição nos processos seletivos ocorrem em datas meio “estranhas”, como depois do Carnaval e da Semana Santa.

Esse último caso é de uma seleção para a Secretaria da Educação, cujas inscrições foram marcadas para os dias 25 e 26 (segunda e terça-feira próximas). O objetivo é contratar merendeiras, professor de música e auxiliar de serviços gerais.

Também foi divulgada recentemente uma seleção simplificiada para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, que visou contratar 190 trabalhadores da construção civil. A informação sobre o concurso foi feita pouco antes do período de inscrições (dias 15 e 16 de abril).

Quem levanta a suspeita é o blog Tempo Presente.

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Governador disse que doará o dinheiro à Fundação Ayrton Senna.

Ainda não está decidida a data, mas o governador Jaques Wagner perderá uma de suas principais marcas faciais, a barba. A Gillette fez a proposta e o Galego topou passar a lâmina e ficar de cara lisa por R$ 500 mil.

O dinheiro – avisou – irá para obras assistenciais. Segundo o amigo Walter Pinheiro, o dinheiro será doado ao Instituto Ayrton Senna. Como exigência do governador, o dinheiro será aplicado em ações sociais do instituto na Bahia.

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Marival Guedes | marivalguedes@yahoo.com.br

Sem coragem pra falar, Lupicínio decidiu revelar o caso através da música. Heitor compreendeu o recado, considerou a composição obra-prima e manteve a amizade.

Perdoem-me a redundância do título, já que musa é o mito que inspira.Mas assim fica melhor. Os artistas sempre têm suas musas. Caetano, várias.Ao contrário de Chico e Djavan, ele garante que “todas as suas músicas são  autobiográficas”. E filosofa: até as que não são, são. Poderia acrescentar: ou não.

Caetano compôs Avarandado para Dedé, sua então esposa. Estava em São Paulo e sentiu saudade. Pra ela, compôs também Este amor, Queixa, a belíssima Itapuã e Ela e Eu: “(…) Lágrimas encharcam minha cara/Vivo a força rara desta dor/Clara como o sol que tudo anima/Como a própria perfeição da rima para amor (…)”.

Numa entrevista, Caetano explicou: “[Ela e eu] Foi composta quando apareceram os primeiros problemas que levaram ao fim do meu casamento com Dedé”.” Caetano confessa que chorou muito no dia em que fez essa música”.

Branquinha para Paula Lavigne, Da maior importância foi sobre uma cena entre ele e Gal na praia. Rapte-me camaleoa, para a amiga Regina Casé e o sucesso Você é Linda foi dedicada à Cristina, uma menina que ele “gostou muito” e que morava defronte à sua casa em Ondina.

Tim Maia costumava dizer que “esta molecada jovem precisa é de receber um corno para compor boas músicas”. A frase nos remete a vários compositores. Lupicínio Rodrigues (1914-1974) é um dos mais famosos neste aspecto. A ele á atribuida a expressão “dor de cotovelo”, que siginifica o ato de colocar os cotovelos no balcão ou na mesa de um bar, “encher a cara” e chorar a perda da pessoa amada ou a “chifrada recebida”.

Lupe era constantemente abandonado pelas mulheres e buscava inspiração nos seus fracassos amorosos. Talvez Tim Maia tenha baseado sua “tese” neste gaúcho, já que ele compôs lindíssimas músicas gravadas por várias estrelas, inclusive a maioral Elis Regina.

Podemos citar Vingança, Cadeira vazia, Esses moços, Nervos de aço (de partir o coração) e Foi assim: “(…) Se todos no mundo encontram seu par/Por que só eu vivo trocando/Se deixo de alguém/Por falta de carinho/Por brigas e outras coisas mais/Quem aparece no meu caminho/Tem os defeitos iguais(…).

Mas Lupicínio nem sempre foi vítima. A famosa Se Acaso Você Chegasse foi feita quando ele “roubou” a namorada do amigo Heitor de Barros. Pra não perder o companheiro, resolveu contar a verdade. Sem coragem pra falar, decidiu revelar o caso através da música. Heitor compreendeu o recado, considerou a composição obra-prima e manteve a amizade.

“Se acaso você chegasse/No meu chateau e encontrasse/Aquela mulher que você gostou/Será que tinha coragem/De trocar nossa amizade/Por ela que já lhe abandonou? (…)”

Nota: As informações sobre Caetano são extraídas, principalmente, do livro Sobre as Letras, do poeta e professor universitário Eucanaã Ferraz.

Marival Guedes é jornalista e escreve às sextas no PIMENTA.