Tempo de leitura: 2 minutosMarco Wense
Geraldo aposta na interferência do governador Wagner, unindo os partidos em torno da candidatura de Juçara.
A reeleição do prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo, eleito pelo DEM, ex-Partido da Frente Liberal (PFL), continua complicada, mas não tão difícil como parecia ser.
Pessoas bem próximas do chefe do Executivo, como também adversários políticos, alguns até prefeituráveis, já admitem que o governo demista, quando comparado ao que era antes, teve uma razoável melhora.
Os azevistas, principalmente os mais eufóricos, acham que a posição de primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto é só uma questão de tempo.
O outro lado, o da oposição, tendo na linha de frente o Partido dos Trabalhadores (PT), acredita que tudo não passa de um oba-oba da assessoria de comunicação do alcaide.
Enveredando para o lado eminentemente político, o racha na oposição, especificamente entre o PT e o PCdoB, é outro ponto que alimenta a confiança do azevismo na reeleição.
O deputado Geraldo Simões aposta na interferência do governador Jaques Wagner. Para o ex-prefeito, Wagner vai unir todos os partidos da base aliada em torno da candidatura da ex-primeira dama Juçara Feitosa.
Situacionistas e oposicionistas fazem o que é inerente ao processo político. Ou seja, espalham otimismo. Uma coisa é certa: o prefeito Azevedo não é mais, como diziam alguns petistas, “cachorro morto”.
O “já ganhou”, menosprezando e subestimando o adversário, é o pior caminho para chegar ao poder.
AZEVEDO, SANTANA E CASTRO
Mais cedo ou mais tarde, o prefeito de Itabuna vai ter que encarar, olho no olho, os deputados estaduais Augusto Castro (PSDB) e o coronel Santana (PTN).
Perguntar para os senhores parlamentares, que têm cargos importantes no governo, se eles vão ou não apoiar sua reeleição, sob pena de ter uma desagradável surpresa na sucessão municipal.
Augusto Castro, além das críticas que faz ao governo demista, diz que “a cidade anseia por renovação política”. O coronel Santana, por sua vez, pede respeito aos correligionários mais próximos do chefe do Executivo.
Se o prefeito estivesse em uma posição confortável nas pesquisas eleitorais, não necessariamente na frente de Juçara Feitosa, os deputados estariam se engalfinhando para indicar o candidato a vice na chapa majoritária.
Castro e Santana, que vêm fazendo um bom trabalho na Assembleia Legislativa, só querem usufruir das coisas boas que acontecem no governo.
Marco Wense é articulista da revista Contudo.