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Ricardo Ribeiro | ricardoribeiro@pimentanamuqueca.com.br
 

Receio dizer que sou contra o projeto de lei estadual 19.203, da deputada Luiza Maia (PT).

 
Já escrevi alguns artigos contra a baixaria generalizada, que intoxica ouvidos voluntários e involuntários na Bahia. Chamam de música, mas não passa de lixo irreciclável, produto sem classificação, feito para quem diz querer curtir apenas o ritmo, sem se importar com a letra, como explica uma adepta enquanto desce até o chão.
Tenho ojeriza a esse detrito cultural que domina há alguns anos o carnaval da Bahia e é tocado em bares, micaretas, festa de largo, quermesse e até em aniversário de criança. É de pasmar ver menininhas inocentes a destrinchar coreografias obscenas, ao som de “Foge, foge, Mulher Maravilha”, “Só as cachorras” ou outra porcaria aviltante do mesmo naipe.
A deputada estadual Luiza Maia (PT), autora de projeto de lei que propõe a vedação de recursos públicos para o patrocínio de eventos onde se promove o culto à baixaria,  já falou que não quer censura. Ela não perdeu a chance de avisar que também é pagodeira, mas pouco adianta. Certamente, a turma acha atrasado e reacionário esse povo metido a besta para quem música de duplo sentido era, no máximo, um “Pagode Russo” (aquela que dizia que “na dança do cossaco, não fica cossaco fora”). Daquela brincadeira maliciosa do velho Lua, a coisa degringolou e não dá para chamar de arte ou qualquer coisa semelhante as melodias pobres que se conjugam com um fraseado chulo, apelativo e sem inspiração.
Ainda assim, receio dizer que sou contra o projeto de lei estadual 19.203, da deputada Luiza Maia (PT). As intenções da parlamentar podem ser as melhores, mas a iniciativa não dará certo e já começou criando um paredão em defesa da fuleiragem.
Um causídico, com embasamento constitucional, afirma que a proposta da petista se traduz em censura prévia, o que é vedado pela lei maior. Produtores da submúsica também já se levantaram, num alto lá contra a deputada, que corre o risco de virar tema de alguma produção misógina das “criativas” bandas que ela pretende boicotar.
Como se vê, o projeto trouxe o lixo para o centro das atenções e os holofotes podem acabar até fazendo bem para a indústria do detrito cultural. Pior ainda é que a intenção da deputada acabe criando em torno de tais “músicas” uma aura de coisa proibida, estimulando a curiosidade e levando muitos incautos a experimentar a droga.
Ops, o assunto era outro. Ou não?
Ricardo Ribeiro é um dos blogueiros do PIMENTA.

0 resposta

  1. “Como se vê, o projeto trouxe o lixo para o centro das atenções e os holofotes podem acabar até fazendo bem para a indústria do detrito cultural. Pior ainda é que a intenção da deputada acabe criando em torno de tais “músicas” uma aura de coisa proibida, estimulando a curiosidade e levando muitos incautos a experimentar a droga.”
    Eu gostei da lei, mas infelizmente você tem razão.

  2. Estão colocando palavras na boca da Luiza.
    Com a desculpa de direito, liberdade (que já passa de
    libertinagem) estão confundindo o projeto de não permitir
    que Municipio e Estado contratem bandas de baixo nível com
    censura.
    Este país está cheio de direitos e zero de deveres ! !

  3. Zelão diz: – Alguém tem que “remover” o lixo!
    Amigo Ricardo;
    Concordamos quanto ao “gênero,”, mas discordamos quanto ao “número e grau” das ações que devem ser utilizadas para remover o lixo.
    O que entendi quanto ao projeto da deputada Luiza Maia é o sentido lato da defesa da imagem da mulher, notadamente a mulher baiana, que vem sendo transformada em matéria prima do “lixo comercial” camuflado sob a forma de ritmo musical.
    Alguém – que só pode ser alguém com coragem – tem que assumir a responsabilidade de denunciar e combater essa forma sacana de ganhar dinheiro.
    Não faço coro com os que “demagogicamente” querem taxar a iniciativa da deputada, como sendo uma “censura prévia” de uma idéia criativa e mesmo que seja uma opinião de conceito sobre o verdadeiro caráter da mulher – no caso específico, de ser um objeto sexual de quinta categoria.
    Louvo a iniciativa da deputada Luiza Maia, principalmente no que se refere a “utilização” das verbas públicas no financiamento (ai sim demagógico) da sub-cultura; da banalização da dignidade humana e, da criação e acúmulo do lixo cultural e moral.
    Sempre irão existir homens e até mulheres, inocentes ou não, que dirão nada “escutarem” nas pseuda músicas, além de inocentes brincadeiras, que retratam simplesmente o “caráter moleque do povo baiano” e que a maldade só existe na cabeça dos falsos moralistas, que para não serem assim taxados devem ser “permissivos” com tudo, sob a forma do “politicamente correto” e da “livre expressão do pensamento.”

  4. SOU EU NEGINHO QUE VENHO DESCENDO DO MORRO
    COM MEUS ATABQUES TOCANDO PRA GRINGO VER.
    EMPURRANDO ESSA MASSA QUE VIVE POR PIRRAÇA PRA VC
    ÉH! EU SOU PIRRAÇA
    ATACA
    (QUE EU VOU TOCANDO PRA GRINGO VER)
    EU SOU PIRRAÇA
    (ATAAACA)
    QUE EU VOU TOCANDO PRA GRINGO VER
    OLHA AKI SEU NEGUINHO MÃE VEM VER MEU FUZUÊ
    É FESTA DA ALEGRIA E VIVA A BAHIA QUE MANDA UM BEIJO PRA VC
    VAI DEPUTADA
    VAI DEPUTADA
    ATACA QUE EU VOU TOCANDO PRA GRINGO VER
    VAI DEPUTADA
    (ATAAACA)
    VAI DEPUTADA
    VAI DEPUTADA
    (ATAAACA)
    QUE EU VOU TOCANDO PRA VC
    VAI DEPUTADA
    VAI DEPUTADA
    QUE VOU TE ENSINAR O QUE FAZER
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  5. Se, como você diz, “A deputada estadual Luiza Maia (PT), autora de projeto de lei que propõe a vedação de recursos públicos para o patrocínio de eventos onde se promove o culto à baixaria”. Concordo plenamente com a deputada. Dinheiro público não deve ser gasto para promover baixaria. Apesar que…

  6. O caso não é de censura, não é proibir.
    É evitar que tais bandas sejam contratadas com o dinheiro público, dinheiro que pode ser investido em melhorias para as cidades.
    Pode ser contratada por grupos que realizem eventos musicas, mas sem o dinheiro publico.
    – Brasileiro, adora uma política e pior que isso, adora distorcer o que é dito por ai.

  7. Infelizmente o povo em sua maioria apoia o uso de dinheiro público para bancar festas populistas que terminam nestas sandices supostamente musicais. A deputada merece todo nosso apoio e os blogs corajosos que defendem a moralidade deviam incentivar o abaixo assinado em prol do projeto de lei da deputada Luiza.

  8. A melhor “censura” é o poder de escolha, que só a democracia proporciona, …!!!
    Não adianta querer silenciar certas coisas, …, basta o povo se conscientizar e dar prioridade ao que é realmente bom, …!!!
    A nobre parlamentar foi bastante infeliz na sua proposição, no seu pleito, …!!!
    Lembra, de uma forma ou de outra, os tempos da ditadura, …!!!
    As músicas de duplo sentido foram banidas, naturalmente, das festas juninas, sendo substituídas por músicas mais inteligentes e românticas, que caíram no gosto popular, sem necessitar de projetos, decretos, ou coisa que o valha, …!!!
    Recomendo à Srª. Deuptada para assumir publicamente que sua ieéia é uma “bola fora”, mas como todos podem se melhorar e dar a volta por cima, que tal ela pleitear algo mais útil à sociedade, na área de educação, assistência social, saúde, e por aí vai, …?!?!?!
    Afinal somos nós quem pagamos o salário dela, …!!!
    Srª Deputada: Pelo amor de Deus, usa o cérebro, faça valer a sua condição de mulher (da sensibilidade feminina, tão admirada por todos nós), de parlamentar, em pról das causas sociais, das carências da sociedade, que não são poucas, …, deixa isso para aqueles que ficam apenas indicando títulos de cidadania e mudanças de nome de ruas, pois não sabem fazer outra coisa, …!!!

  9. Com tanta coisa para essa mulher fiscalizar tipo as obras do Pac na Bahia que tem dinheiro desviado e ninguem nem ver, os altos índices de criminalidadade, analfabetismo etc,etc, as estradas da Bahia todas esburacadas … É falta realmente do que fazer, não gosto das músicas de duplo sentido seja em qual ritmo for.
    Mas se não é para gastar o dinheiro público com baixaria e tirar o lixo da mídia; faça uma faxina na política brasileira, começando em Brasília e terminando na Câmara Municipal do menor município da Bahia ahhhhh aproveita e pula no saco quem sabe a senhora não é totalmente descartável e até pode ser reciclada.
    Mas o PT tem disso um Sensura disfarçada, deve ser devido ao grande números de “obras” feitas e escondidas.

  10. Não destinar recurso público para promover a baixaria do pagode atual e do funk atual não significa proibir a veiculação desse lixo. Eles poderiam tocar à vontade, mas teriam – como qualquer outro artista – que se virar para viabilizar suas baixarias, sem depender de recursos governamentais. Então não seria censura. A lei infelizmente poderia se configurar preconceituosa, pois faria um juízo de valor sobre a música (mesmo a gente sabendo que esse pagode baixaria é um lixo). Seria obrigação do Estado dar dinheiro pra um pessoa sem cérebro que se acha poeta? Não passam de poeteiros. Coitado mesmo de quem paga pra ouvir “mete, mete, mete, abaixa, abaixa, abaixa, foge, foge, ui ui, ai ai, ôi ôi, toma cachorra, toma cachorra, bota a voceta no pau, bota a voceta no pau”…

  11. Esse ou essa “Ela quer é ibope” é tão dúbio quanto as músicas. Está se falando da banalização da mulher. É tão grosso e machista que escreve uma frase horrível dessa: ” aproveita e pula no saco quem sabe a senhora não é totalmente descartável e até pode ser reciclada.” Pessoas não se descartam e não se reciclam. E tem mais comentarista, CENSURA se escreve com C e não com S.

  12. Companheiro, essa é a triste situação em que todo mundo está certo. Se a baixaria vende tanto é porque tem público e consumidor. Que é medíocre, é, mas, num país onde não sabemos interpretar direito o que lemos, não dá para cobrar muito, inclusive dos compositores, pois creio que fique bem mais fácil criar um batuque ritmado com uma composição chula, que de outra forma. Quanto a deputada… realmente acho que até faz sentido, mas será que a deputada não tem nenhum projeto na área de educação e cultura? Creio que faria uma frente maior a esse tipo de coisa. Mas talvez não apareça na mídia. Esse assunto promove as bandas, mas, também promove a deputada… E eu particularmente não confio em políticos.

  13. A deputada está cheio de trabalho lá, vcs não estão vendo…pelo amor de DEUS, o dinheiro não pode sair para patrocinar lixo , mas sim pra encher o bolso desse deputados.
    Chega de hipocrisia!

  14. Boa tarde pessoal, é louvavel a atitude da Deputada,isto é completamente logico, mas imaginemos que num Pais onde se fala em cortes no orcamento e as duas areas escolhidas para realizar estes são: SAÚDE e EDUCAÇÃO…O que imaginar destes politicos? o que esperar?
    E ainda temos do outro lado uma serie de empressarios inriquecendo as nossas custas pois “Infectam a população com este LIXO que chamam de musica” e recebem valores absurdos provindos dos governos Municipais e Estaduais,”Uma vergonha”,
    Mas apesar de ser completamente a favor do PROJETO entendo que a Deputada vai precisar de muito mais do que apenas sorte para dar seguimento a este Belissimo Projeto, pois aqueles que lucram com este tipo de negocio que para mim é tão letal com o CRACK e o OXI, moverao montanhas juntos com os seus COMPANHEIROS dentro das camaras e do senado, a favor da nao aprovacao do projeto.
    A sim não podemos esquecer que nestas horas os safados dos “Senhores da lei” que ajudam direta ou indiretamente na propagacao desta doença, acham brechas na constituicao deste PAIS, que é bela e cheia de falhas, “Cheia de mais, mas e si” … Tipo o cara matou mas si for reu primario pode responder em liberdade” roubou, matou, estuprou MAS si nao for pego em flagrante, poderá se apresentar ou ser representado por advogado apos as 48 horas, ou pagar fianca e responderá em liberdade”…
    E AI OS POLITICOS encontram a brecha nesta constituicao linda e maravilhosa feita para politicos corruptos, onde diz QUE QUALQUER TENTATIVA DE SENSURA NAO DEVERÁ SER ser permitida em nosso Lindo BRASIL! Maravilha, maravilha isto porque existem pessoas como:
    QUE FAZEM DECALRACOES ASSIM
    Deputado Bruno Reis
    Em discurso na tarde desta terça-feira na Assembleia Legislativa, o deputado Bruno Reis (PRP), líder do bloco parlamentar PRP/DEM, disse que o projeto de sua colega, Luíza Maia (PT), que proíbe o Estado de utilizar recursos públicos na contratação de bandas que têm músicas consideradas ofensivas às mulheres representa a volta da censura…
    hora o que se esta discutindo é o futuro de pessoas de seres humanos, e vou usar aqui de CRIANCAS, porque para que soubesse que criancas tambem é gente foi preciso se criar uma lei onde isto estivesse escrito, outra vergonha para este País,
    Mas para finalizar meus queridos vamos pensar numa coisa QUEM ELEGE estes politicos é a minoria que frequanta uma faculdade, universidade, um bom colegio ou cursos no exterior ou AQUELES QUE VIVEM NA PERIFERIA QUE TOMAM PINGA PARA ALIVIAR AS DORES DO DIA A DIA, QUE SAO sacaneados por projetos assistencialistas e alienadores, que COMPRAM SEUS VOTOS ATE mesmo com um QUILO de alimento ou uma lata de cerveja?
    Claro que nao sao os mais escalrecidos! entao minha gente eles vao lutar para que esta praga chamada de musica seja aclamada a cada dia pois o POVAO COMO DIZEM os sacaninhas da politica, vao precisar muito dessa massa para os elegerem…
    mas em contra partida nao terao:
    EDUCACAO, SAUDE, EMPREGO, SANEAMENTO BASICO, ILUMINACAO, CURSOS TECNICOS, UNIVERSIDADES E BONS COLEGIOS epenas dancarao mais uma vez a musica de seus ilustres candidatos em 2012… e ai minha gente; ver este gente só daqui a mais quatro anos…

  15. Deixa o povo livre, ouvir oq quiser, votar em quem quiser….
    Deixa o povo com o mínimo de alegrias, falar oq quiser: nóis vai ,nóis vem, arriba, baçoura, trabiçeiro, poblema, probrema,….. Ta tocando na rádio? desliga, muda de estação….têm show??vai ao cinema, teatro(só n o de Itabuna, p n ser roubado, n tem segurança..).
    Deixa o povo beber!!!
    Deixa o povo dançar!!
    Se essa moda pega no carnaval da Bahia??? Seria frevo e n axé, isso se o frevo n tiver duplo sentido.
    Deputada,Pq n diminue seu salário?? o numero de vereadores? fazer casas populares? melhorar o salario mínimo? diminuir a violência? corrupção? Quer acabar com alguma coisa? acaba com a fome e a miséria da Bahia, revitaliza o Pelourinho, tira as crianças das drogas..têm tantas coisas p acabar..pq com as músicas de duplo sentido?
    pensa um pouco q têm muita coisa p acabar…

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