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Manuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br
Eu nunca fiz parte da imprensa marrom. Respeito a decisão de quem optou por isso, mas não me insiro nesse contexto. Vejo uma corrida absurda para quem dá a notícia mais trágica, o maior número de mortos num acidente, e tenho náuseas só de pensar. Prefiro escrever sobre o que me garante prazer e satisfação. A vida é feita de escolhas, e eu fiz a minha.
Ontem, o jornalista Eduardo Anunciação discorreu em sua coluna, no jornal Diário Bahia, sobre as mulheres candidatas à Prefeitura de Itabuna. Aproveitou o tema e cobrou minha posição partidária. Escreveu que indefinição era inaceitável, já que não existe democracia sem povo. Eu tenho “lado” sim, Eduardo. Sempre tive. Repito que a vida é feita de escolhas, e que eu escolhi trabalhar tecnicamente e ficar ao lado de homens e mulheres de bem, íntegros e honestos, até que os mesmos me provem o contrário.
Cito o secretário de Educação de Itabuna, Gustavo Lisboa, como exemplo. Excelente profissional que se mantém no cargo político única e exclusivamente por COMPETÊNCIA TÉCNICA. Atravessando mandatos, agora se prepara para uma nova fase: um curso de doutorado, a realização de um sonho pessoal e profissional, fora da Bahia.
Eu poderia citar aqui o que já foi noticiado em diversos veículos sobre o trabalho de Lisboa, mas prefiro me ater à informação de pouca mídia e muito impacto: o secretário teria conseguido, junto ao prefeito da cidade, co-financiar a compra de mais de 240 bicicletas reforçadas para que alunos da zona rural chegassem com mais rapidez e segurança aos pontos de ônibus, e em seguida aos seus respectivos Colégios. Gustavo é desses que trabalha sem mídia e sem vaidade. Honra a cadeira que senta, apenas. E é desse tipo de gente e de ação que eu gosto de falar.
Eu poderia escrever, também, aquelas frases clichês, lembrando que Itabuna irá perder um excelente profissional, mas ando tão desacreditada nessa politicagem descarada, que prefiro separar o joio do trigo. Registro somente ser uma pena que um homem de caráter se vá, e que alguns duvidosos fiquem.
Manuela Berbert é jornalista e colunista do jornal Diário Bahia.

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  1. no contexto da palavra impresa marom é o jornalismo comprado, com interesses de uma pessoa ou um grupo, sem escrupulos ou dignidade sempre pelo finan financeiro e sem etica.

  2. SO FALTOU VOCE DIZER QUE A COMPRAS DAS BICICLETAS E UM PROGRAMA DO GOVERNO FEDERAL QUE NADA TEM HAVER DE INICIATIVA DO SEC LISBOA.
    NÃO TIRANDO O MERITO DO MESMO PORÉM ACHO QUE ELE É UM OTIMO CUMPRIDOR DE TAREFAS QUE NADA FEZ DE INOVADOR DURANTE ESSES ANOS TODOS A FRENTE DA SECRETARIA QUE MAIS ARRECADA NO MUNICIPIO DE ITABUNA.
    DIGA-SE DE PASSAGEM ITABUNA NAO FEZ PARTE DO NOTICIARIO NACIONAL COMO EXCELENTE NA EDUCAÇÃO MAS SIM COM OS PIORES INDICES DE IDH DO BRASIL, ISSO PRECISAVA CONSTAR NESSE ARTIGO POR MAIS QUE VOCE ACREDITE QUE O SORRISO DO SECRETARIO E A SUA PRESTEZA VALE DE ALGUMA COISA.

  3. Manuela, isso sim eu chamo de posicionamento. Seu texto revela sua consciência política acima de qualquer relação social, afetiva ou interesseira.Não importa um nome e sim os valores que preserva. Lição para muitos!!!Parabéns!!

  4. Olha comentadora Manuela Berbert, vá lá que o nobre secretário faz bem o seu trabalho, trata-se de uma pasta tranqüila com recursos estáveis e ele parece sério (Não Rouba), mas, por favor… ESSA DAS BICICLETAS REFORÇADAS TENHA PACIÊNCIA, acho que nem você nem ele sabem o que é ser aluno de zona Rural.
    Deveria dar uma solução digna, com transporte adequado para quem vai para a Escola.
    Mas é o famoso jeitinho brasileiro. Logo de início, nos dias chuvosos os alunos faltarão, riscos de queda, de atropelamento etc. Concluo que é fácil fazer proselitismo com o a desgraça alheia, da mesma forma que o sensacionalista “marrom” tentar transformar o medíocre em excepcional.
    Bicicletas seriam bem vindas para os centros esportivos que não temos; para as áreas de lazer que não temos; nunca para o transporte escolar.
    Mas não os culpo, essa insanidade vem do governo federal, embora como educador, inclusive vinculado ao município há algumas décadas, não veja essa demanda, pois a zona rural de Itabuna é pouco expressiva.
    Ao invés das bicicletas deveria agregar mais vans ou micro-ônibus seguros.
    Mas quem sou eu, apenas um professor calejado com os equívocos da Educação, distante das licitações, das decisões, dos favorecimentos, da asfixia das idéias e da imposição de pensamentos – Só obedeço e me entristeço com os absurdos dessa educação local.
    Sim, em tom melancólico e triste, não pela partida do secretário, mas por que fez muito pouco. Sendo um quadro novo, esperava bem mais do que simplesmente administrar.
    Mas boa sorte e tomara que também ganhe uma bicicleta para se transportar lá no seu curso novo.

  5. Mandou muito bem. Embora nào conheça o Gustavo, as informaçòes são as melhores possiveis. Apoio sua pessoa incondicionalmente na totalidade do texto. O lado que escolheu é o correto. É o lado da ética, do profissionalismo, do carater!Não ligue para esses da imprensa marrom. Parabéns Manuela.

  6. Manuela sai da toca, todo mundo sabe quais são suas preferências politica só que você tem vergonha de divuga-las!
    ET. com relação as bicicletas reforçadas que vc. se refere, não é obra de sue patrão Lisboa/Azevedo, e sim um programa do Governo Federal.Sai da moita Manu!!!!!

  7. Zelão diz: – A Informação é uma excelente opção!
    É muito bom ver que ainda existem profissionais que exercem a profissão que escolheram seguir, respeitando a ética e, acima de tudo não se deixando prostituir, pelas “facilidades” e até pelo poder.
    Infelizmente aqui na nossa região se tornou comum taxar esse ou aquele profissional, como parte subserviente de alguém, notadamente daqueles que ocupam o poder e de cobrar “posições” dos que não se “aliam” comodamente a essa situação e que se deixam marcar a “ferro e fogo” como se gado fosse.
    Aos profissionais da comunicação, de modo geral, essa cobrança se torna mais clara e explícita: – “De que lado você está?” Com se para o profissional da comunicação, não fosse o bastante informar, analisar os fatos com isenção e criticar ou elogiar quando for necessário. Essa isenção profissional parece ser considerada uma heresia.
    Lado ou posições ideológicas e políticas, fazem parte da formação humana e social do ser humano e dela não foge o profissional da comunicação. O que não deve acontecer é colocá-la a serviço desses ou daquele grupo partidário de forma exarcebadas, a ponto de destorcer a verdadeira informação.

  8. Senhora jornalista, nossa imprensa tem algumas espécimes que deveriam ao menos mostrar um pouco de coerência, um pouco de voz própria, de livre-arbítrio. Entristece-me ver as pessoas jogarem a dignidade no lixo por algumas patacas. E vista a carapuça quem quiser…
    Por dinheiro, certos jornalistas de Itabuna, mudam literalmente os seus discursos e escritos.É inacreditável como “alguns jornalistas” da nossa querida Itabuna vendem sua dignidade e se expõem ao ridículo ao ponto de agredir e desrespeitar os seus próprios leitores.
    98% dos pseudo-jornalistas de Itabuna – são pagos e controlados – pelo Centro Administrativo.Uma vergonha!
    Ah, gostaria ler este meu comentário.

  9. Por dinheiro, certos jornalistas de Itabuna, mudam literalmente os seus discursos e escritos.
    É inacreditável como “alguns jornalistas” da nossa cidade vendem sua dignidade e se expõem ao ridículo ao ponto de agredir e desrespeitar os seus próprios leitores.
    A mudança de postura desses pseudojornalistas – pagos e controlados – pelo Centro Administrativo, enoja o mais desqualificado dos mortais.

  10. A educação de Itabuna não está nada boa, vejam os resultados, alunos chegam ao fundamental II analfabetos. Analfabetos mesmo, sem saber decodificar nada. Para quem está por fora do quadro educacional é muito fácil falar, escrever, publicar, enfim.
    Quer saber a real situação das nossas escolas vão passar cinco dias dentro de uma, assim saberá tecer certos comentários.
    Não temos o básico para se desenvolver, com proficiência, um bom trabalho. O salário do professor é um dos mais baixos da região, partindo do pressuposto de que a verba da pasta é uma das mais altas. E quanto ao secrfetário, Professor Gustavo, boa sorte nos seus estudos para que possa conquistar o que merece. Mas que também possa reconhecer que o senhor sozinho não pode fazer muito, pois, infelizmente a política partidária, os interesses de outros não ajudaram. Por isso a educação continua não sendo prioridade em nosso município, estado e país.

  11. Excelente texto Manuela!
    Conheço o Gustavo há alguns anos e o admiro, entre outras coisas, pelo fato do “poder” não ter mudado comportamento. Continua a mesma pessoa íntegra, simples, acessível, desde os tempos em que lecionava na FTC. Há uma frase de sua autoria que não me sai da memória “Sou educador e estou secretário”. Quanto ao fato de, enquanto secretário, não ter feito mais que somente administrar, creio que só o fato desta secretaria ter se mantido, ao longo desses anos, imune aos boatos e denúncias de desvios ou outras fraudes, já o credencia como um homem público honrado na mais alta acepção da palavra.

  12. A TE PARECE PIADA ALGUEM FALA DE UM SECRETARIO QUE NUNCA FEZ NADA PELAS ESTRUTURAS DAS ESCOLAS E SIM EM PROMOVER ALMENTO PARA OS PROFESSORES. E MAIS QUE OBRIGAÇAO PORQUE OS PROFESSORES GANHA MUITO MAL. E SO O MERECIMENTO QUE ESSE SECRETARIOZINHO TEM O CAPITAO AZEDO QUANDO ASSUMIU AS ESTRUTURAS ESTAVAM DETONADAS ATE ESGOTO ESTORADO TINHA NAS SALAS FORA PIGUEIRAS E QUADROS ESTRAGADOS OS PROFESSORES NAO RECLAMAVAM PORQUE ELE PROMOVIAM ALMENTOS DE SALARIOS PARA A CLASSE.E PARA COMPLETA NENHUM SECRETARIO QUE ESTA AI VALE NADA SO QUEREM OS SEUS SALARIOS.

  13. O texto do Educador, sintetiza tudo o que eu poderia falar da educação no Brasil e mais especificamente em Itabuna.
    Gustava pode ser um apessoa ótima e competente, porém acho que não fez muito coisa para educação em Itabuna não…

  14. Ai quem me dera ficar livre de secretários inoperantes desse tipo, de soluções estapafúrdia que fingem solucionar a crônica negligência dos poderes públicos para a nossa combalida educação, e também de panegíricos ridículos com esse, Manuela.

  15. Parabens pelo texto Manuela, dou meu testemunho e assino embaixo! Não repare nesses comentários inconsequentes, eles não sabem o que dizem! Como o mundo sería bem melhor se todos fossem iguais ao professor Gustavo Lisboa!

  16. Atesto a competência e imparcialidade de Manuela Berbert perante a mídia que vaí de marrom a colorida – prefere divulgar sangue – e esquece do velho “preto no branco”.
    Temos carência na educação, na política, e como não no jornalismo de mesntes brilhantes, que irradia novas idéias, sem fincar na mesmice e na estupidez de sempre, e é por isso que textos produzidos por Manuela Berbert ganham a minha atenção.

  17. Amigos e Amigas, parece que está havendo um equívoco aqui, o texto que mereceria ser comentado é o do “Educador de Itabuna” – comentário acima – Parabéns senhor Educador. Foi além das questões de bicicletas e saída do secretário, foi no “x” da questão “a pobreza da educação”, a tristeza do mau uso dos recursos. Agradeço por suas sábias e experientes palavras, colocadas sem ofensas, tão dignamente. Eu também acho que o Secretário deveria ganhar uma bicicleta lá onde vai estudar só para passar a entender um pouco os problemas da educação.
    – A qualidade do conteúdo;
    – O professor desestimulado;
    – A falta ou a merenda inadequada;
    – As péssimas instalações na maioria das escolas;
    – Falta de materiais básicos;
    – Falta de segurança;
    – Sujeira, banheiros precários, má iluminação;
    – Falta de recursos didáticos;
    – Conteúdos obsoletos e metodologias inadequadas;
    – Falta de apoio pedagógico;
    – A Falta de áreas adequadas ao lazer e a prática esportiva;
    Essa lista é muito extensa, só o Educador com a sua experiência para completá-la.
    Hoje, é todo faz de conta mesmo: Faz de conta que Gustavo é bom; faz de conta que as escolas são boas; faz de conta que os alunos estão aprendendo; faz de conta que todo é perfeito e assim, a sociedade da Manuela e do Gustavo, segue caminhando em meio ao misto de hipocrisia e destruição do futuro alheio.
    Quem sempre teve carro para se transportar até a escola, nunca vai saber o que é a criança depender de uma carroça, de andar léguas, de ônibus velhos, empoeirados, sujos e fedorentos, de carrocerias abertas nos velhos caminhões ou caminhonetes que já haviam transportado leite no mesmo dia, em fim bicicleta nelas. – Mas, os educadores também devem ganhar bicicletas reforçadas.

  18. Amigos e Amigas, parece que está havendo um equívoco aqui, o texto que mereceria ser comentado é o do “Educador de Itabuna” – comentário acima – Parabéns senhor Educador. Foi além das questões de bicicletas e saída do secretário, foi no “x” da questão “a pobreza da educação”, a tristeza do mau uso dos recursos. Agradeço por suas sábias e experientes palavras, colocadas sem ofensas, tão dignamente. Eu também acho que o Secretário deveria ganhar uma bicicleta lá onde vai estudar só para passar a entender um pouco os problemas da educação.
    – A qualidade do conteúdo;
    – O professor desestimulado;
    – A falta ou a merenda inadequada;
    – As péssimas instalações na maioria das escolas;
    – Falta de materiais básicos;
    – Falta de segurança;
    – Sujeira, banheiros precários, má iluminação;
    – Falta de recursos didáticos;
    – Conteúdos obsoletos e metodologias inadequadas;
    – Falta de apoio pedagógico;
    – A Falta de áreas adequadas ao lazer e a prática esportiva;
    Essa lista é muito extensa, só o Educador com a sua experiência para completá-la.
    Hoje, é todo faz de conta mesmo: Faz de conta que Gustavo é bom; faz de conta que as escolas são boas; faz de conta que os alunos estão aprendendo; faz de conta que todo é perfeito e assim, a sociedade da Manuela e do Gustavo, segue caminhando em meio ao misto de hipocrisia e destruição do futuro alheio.
    Quem sempre teve carro para se transportar até a escola, nunca vai saber o que é a criança depender de uma carroça, de andar léguas, de ônibus velhos, empoeirados, sujos e fedorentos, de carrocerias abertas nos velhos caminhões ou caminhonetes que já haviam transportado leite no mesmo dia, em fim bicicleta nelas. – Mas, os educadores também devem ganhar bicicletas reforçadas.

  19. ACHO QUE A TAL JORNALISTA DEVERIA FAZER UMA INVESTIGAÇÃOZINHA DE CAMPO.JORNALISTA, VISITE ALGUMAS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL E DEPOIS VOCE ESCREVE SEU ARTIGO.SEM ISSO VOCE CORRE O RISCO DE FALAR DE ALGO QUE NÃO CONHECE NA PRÁTICA.

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