Juraci Filho | juraci_filho_@hotmail.com
Durante estes últimos anos, tudo que vimos são “rankings” lastimáveis: epidemia de dengue, índices crescentes de jovens mortos por violência e manchetes vexatórias apontando o caos urbano.
Hoje 28 de julho de 2012, aniversário de nossa Itabuna, estou em Almadina, um pequeno município e um povo que me acolheu com muito amor. Mas digo que não consigo abandonar minha terra. Estou sempre aí.
O exilio é sem dúvida uma oportunidade de refúgio, que nos agiganta o sentimento de pertencimento do lugar que por circunstância alheia tivemos que sair, passamos a dar valor a tantas coisas simples, e maravilhosas lembranças nos enche os olhos de lágrimas, das coisas de colégio, dos babas no “areião” do bairro Santo Antônio, das histórias que ouvi e que vivi em meus poucos vinte e oito anos. Dos amigos que conquistei, dos amigos que me conquistaram, das histórias que meu pai me contava do ABC da Noite de Caboclo Alencar…Das passeatas de estudante,apreendendo a arte de liderar,dos comicíos…
Compreender a história enquanto um legado é fazer do presente uma marca para o futuro. Esta perspectiva… do amanhã, cada vez mais tem se tornado um privilégio entre nossos jovens, que não estão tendo tempo para sonhar.