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Ruy Machado nega que esteja beneficiando Azevedo.

O presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, Ruy Machado PTB), negou que o rito de votação das contas de ex-gestores municipais e do prefeito Capitão Azevedo (DEM) tenha a intenção de beneficiar o candidato à reeleição. A questão foi aqui levantada ontem (relembre).

A nota enviada pela assessoria afirma que “em nenhum momento” o presidente “interferiu para que a Casa apressasse a votação de contas do prefeito José Nilton Azevedo”. Ainda segundo a assessoria, a votação das contas pendentes seguem normas regimentais e estão sendo colocadas em pauta de acordo com cronograma. “Não existe intenção nenhuma de privilegiar esse ou aquele gestor”.

Ruy, ainda por meio da assessoria, aproveita para cutucar ex-presidentes da Casa. “Muitas dessas contas passaram pelas mãos de outros gestores da Câmara e não foram apreciadas e votadas, muitas delas até com dez anos estiveram relegadas a segundo plano, como por exemplo, as contas do ex-prefeito Geraldo Simões relativas ao exercício de 2002”.

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Homens revisam sistema de iluminação da praça e fazem poda e limpeza da praça.

Os moradores da Rua Armando Freire, no Alto Mirante, há mais de dois anos (relembre aqui) pediam, no mínimo, uma operação tapa-buracos, mas nunca eram ouvidos pelo prefeito Capitão Azevedo ou pelo secretário de Desenvolvimento Urbano, José Alencar (ou Fernando Vita, seu antecessor). Desistiram.

Na quinta e na sexta, homens e máquinas da prefeitura finalmente pintaram no trecho da Armando Freire que serve de ligação entre as avenidas Ilhéus e Juracy Magalhães.

“Milagre!”, exclamaria morador mais ingênuo ao assistir à cena. “Milagre eleitoral”, completaria o mais atento.

Nesta sexta à tarde, 17, os moradores da Armando Freire entenderam finalmente por que o prefeito e o secretário, enfim, responderam ao pedido de dois anos: Azevedo passou por lá em corpo a corpo eleitoral. Era mais uma de suas caminhadas em tentativa de reeleição. Parte da rua onde a turma do prefeito passou virou um tapete preto. Não foi apenas tapa-buraco, mas recapeamento.

Homens e máquinas nesta noite na Rua Santo André, no Conceição (Foto O Trombone).

A “presença” do governo também se repetiu nesta tarde e hoje à noite no Conceição. Homens da prefeitura revisavam iluminação da Praça dos Capuchinhos, que não recebia atenção da prefeitura desde dezembro do ano passado, quando os católicos festejaram os cinquenta anos do templo católico que leva o nome de Nossa Senhora da Conceição. Ruas esburacadas receberam leves camadas de asfalto – não importando se chovia ou não.

E, assim como no Alto Mirante, Azevedo promoverá caminhada também no Conceição. Será neste domingo pela manhã. A chegada dos funcionários causou espanto a taxistas e comerciantes que, diariamente, assistem às dificuldades das pessoas nas calçadas de pedras portuguesas “soltas”.

A utilização de pessoal e máquinas públicos pelo prefeito em campanha configura crime eleitoral. A conduta é vedada pela Lei 9.504 em seu artigo 73.  Além do Alto Mirante, Alto Maron e Conceição, a prática se repetiu no Banco Raso, onde o político fez corpo a corpo na semana passada. O caso deve ser investigado pelo Ministério Público Eleitoral.

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Certo de que a eleição em Salvador é uma das prioridades da legenda no país e de que a propaganda eleitoral no rádio e na televisão será fator preponderante para se ganhar a disputa, o Partido dos Trabalhadores (PT) coloca seu time na rua, ou melhor, nas telas da TV, em prol da candidatura do deputado federal Nelson Pelegrino, que se encontra na segunda colocação na primeira pesquisa Ibope de intenção de voto.

Além do ex-presidente Lula, as gravações contarão com a participação da presidente Dilma Rousseff e do governador Jaques Wagner, que deve entrar na disputa, primeiro, pedindo desculpas à população e aos professores por conta da greve, justificando o impasse que ocorreu por conta dos limites de gastos do Estado.

Aliado a isso, o governador anuncia um pacote de obras de mobilidade urbana para a cidade, cujo apelo popular é forte, fator que, inevitavelmente, deve contribuir na campanha de Pelegrino.

Mas não para por aí. Segundo o presidente estadual do PT, Jonas Paulo, darão suas contribuições ainda ao projeto petista todos os senadores baianos, secretários de governo, ministros e lideranças nacionais e estaduais.

Conforme ele, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, por exemplo, é um dos nomes confirmados. Todos com o objetivo de reforçar a tese de que a melhor escolha para Salvador é a de um gestor aliado aos governos estadual e federal.

Jonas citou ainda que a sigla investe em outros municípios, como Vitória da Conquista, Feira de Santana, Itabuna e Teixeira de Freitas, mas deixou claro que Salvador é tida como eixo central, onde a expectativa é de disputa polarizada. Confira mais na Tribuna da Bahia

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A DOCE VIDA QUE VEM EM ONDAS DE CARINHO

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

É doce viver aqui, embalado pelas ondas do carinho de tantas pessoas. É também doce agradecer a todos os que gastaram tempo para abrir e ler esta página do Pimenta e que, como se já não tivessem feito esforço suficiente, ainda postaram comentários que me emocionam – e, hélas!, aumentam  minha responsabilidade. Volto a Jorge Amado para, mesmo a voo de pássaro (adoro esta expressão, do francês à vol d’oiseau), dizer que não pretendi fazer análise literária: em terra de Margarida Fahel, Ruy Póvoas, Tica Simões (foto), Hélio Pólvora, Jorge Araújo e outros, a prudência me recomenda o silêncio nesse campo. Quis destacar em Jorge Amado, tão somente, a luta política. E, ainda assim, disse pouco.

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Escritor que não foi “coelho assustado”

Não conheço na literatura brasileira obra social e vida mais densas, identidade maior com nossa gente do que teve Jorge Amado. Às vezes tangenciando o “romance operário”, de feição panfletária, ele apresentou o povo baiano e regional ao Brasil e ao mundo. Lutou a boa luta, não se omitiu, não tremeu, não foi o “coelho assustado” em que muitos intelectuais se transformaram diante da força. Despertou ódios. Teve livros apreendidos e queimados, foi preso, perseguido, exilado, expulso da França e proibido (ele e seus livros) de entrar nos Estados Unidos. É um passado heroico que não pode ser anulado na base do “esqueçam o que eu escrevi”. Dentre os “perigos” da literatura está a permanência.

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Na corda bamba do ridículo

Dizer que Jorge Amado é melhor do que Victor Hugo (foto) e que Os trabalhadores do mar “não chega aos pés de Mar morto” foi uma tentativa (por certo não muito bem sucedida) de gracejo, pois esta coluna não tem a pretensão de comparar escritores. Sobretudo quando se manifesta pelo texto escrito, o humor vive na corda bamba do ridículo – daí a comunicação eletrônica ter criado símbolos (rsrsrsrsrs! e kkkk!) para “traduzir” as intenções de quem escreve. Eu, como fazia o grande Millôr, me recuso às piadas com bula, mesmo conhecendo o risco de, vez ou outra, depender da boa vontade de quem lê. Portanto, sendo o leitor rei e senhor do que escrevemos, se não fui entendido, mea culpa.

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PROVÉRBIOS MUITO POUCO SIGNIFICAM

Esta coluna é como uma conversa de bar, cheia de palpites, que, por serem palpites, ficam ao desabrigo de chuvas e trovoadas. “Quem diz o que quer, ouve o que não quer”, sentencia o provérbio, mas provérbios muito pouco significam – e isto já é um palpite. Há pessoas, e não poucas, para quem o provérbio (que também atende pelo nome de adágio, axioma, brocardo, aforismo, anexim, prolóquio, ditado, máxima, parêmia, rifão, sentença) é o suprassumo da sabedoria acumulada. Não eu. Penso, logo opino (às vezes desastradamente), não sei de muitas verdades acabadas. Portanto, que a gentil leitora e o atento leitor relaxem, e não me levem (a mim nem à vida) excessivamente a sério.

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Chineses amam provérbios e exportações

Não é que não empregue provérbios na minha pobre escrita. Acho-os, às vezes, saborosos, e muitos deles até guardam um rastro da malícia e sabedoria ancestral do nosso povo. Li que a língua que mais usa provérbios é a chinesa, o que não deve surpreender a gentil leitora e o gentil leitor, pois a China é inventora de muitas coisas do nosso cotidiano: a tipografia, a seda, a bicicleta, o detetor de mentiras, o papel, o xadrez, o calendário lunar, o sismógrafo, a caneta, os óculos – para citar alguns. Por último, (re) inventaram a venda de bugigangas por atacado, para o mundo inteiro. Acho que os provérbios lhes caem muito bem. Só que eu não sou chinês.

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IMAGINAÇÃO É REMÉDIO CONTRA A REALIDADE

A vida há de ser lida no original, pelos nossos olhos, não pelos olhos dos outros. Mesmo assim, o texto interpretado por pessoa mais experiente nos ajuda a entendê-lo. Pensei nisso relendo o poema de Manuel Bandeira Vou-me embora pra Pasárgada (que todo mundo conhece, nem que seja vagamente). É exemplo acabado de “escapismo romântico” – forma de evadir-se da realidade desagradável, o que os poetas fazem usando o devaneio, a imaginação. No caso, Bandeira “muda-se” para Pasárgada (um lugar perdido na Pérsia), onde as coisas acontecem de forma contrária ao seu dia a dia cheio de limitações. O poeta era tuberculoso – e esta informação é indispensável para que a gentil leitora entenda o poema.

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No romantismo, um quê de esquizofrenia

Vejam como Bandeira fala de Pasárgada, seu refúgio: “Lá sou amigo do rei/ lá tenho a mulher que eu quero/na cama que escolherei”. Outro mundo, irreal, idealizado, quase uma criação esquizofrênica. Depois de confessar o motivo dessa evasão (“Aqui eu não sou feliz”) o poeta delira ao descrever seu Horizonte perdido: “Lá a existência é uma aventura/ de tal modo inconsequente/ que Joana, a Louca de Espanha,/ rainha e falsa demente,/ vem a ser contraparente/ da nora que nunca tive”. Mais adiante ele fala em fazer ginástica, andar de bicicleta, montar burro brabo, subir em pau de sebo – enfim, as coisas que, pelo padrão da época, eram vedadas aos “doentes do peito”.

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Caymmi também criou uma Pasárgada

Quase 30 anos depois, em 1956, Caymmi empregaria este recurso do escapismo em Maracangalha: “Eu vou pra Maracangalha, eu vou/Eu vou de liforme branco, eu vou/ Eu vou de chapéu de palha, eu vou/ Eu vou convidar Anália, eu vou…” Em Maracangalha, que também existe no triste mundo real (fica em São Sebastião do Passé), o sentido de fugir da vida vivida para a imaginada é o mesmo de Pasárgada: lugar remoto, espaço de tranquilidade e paz, fora do mondo cane em que vivemos. Veja que o poeta aspira à companhia feminina, mas deixa claro que a fuga dele é inegociável: se ela não quiser ir, azar: “Eu vou só sem Anália, mas eu vou”. Faltou dizer que o liforme branco (forma popular de uniforme) significa que o poeta vai em paz.

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A poética e o seu inofensivo fingimento

Será que a gentil leitora e o não menos exigente leitor se preocupam com pasárgadas, maracangalhas, horizontes perdidos ou outros refúgios idealizados? Não há direito a prêmio (não sei qual é a resposta certa), mas atestará seu grau de romantismo. Quem enfrenta a vida numa boa 24 horas por dia e sete dias por semana, sem desesperar-se ou querer fugir para um mundo pessoal, por certo tem um coração valente, mas não romântico. Se o desamparo e a desesperança nos assaltam, não parece de todo ruim equipar de asas a imaginação e ganhar o espaço. Pensando bem, que serventia nos oferece este vasto mundo, se renunciarmos ao sonho e desdenharmos o inofensivo fingimento da poesia?

O.C.

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Um espirituoso e irônico cidadão, residente no Bairro Castália, não perde a piada nem o amigo. Diante de tantos buracos nas avenidas e ruas do esquecido bairro de classe média de Itabuna, deu uma sugestão ao prefeito Capitão Azevedo, em plena campanha tentando a reeleição.

Para o cidadão, a prefeitura deveria contratar uma baiana de acarajé para titular do cargo de secretaria de Desenvolvimento Urbano, já que faz vatapá…

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Deu na Folha:
Round Em rota de colisão com o PT, o governador Eduardo Campos (PE) disputa com o colega petista Jaques Wagner, da Bahia, qual será o aeroporto que centralizará conexões (“hub”) no Nordeste na próxima etapa do pacote de concessões.

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Vane foi recebido por Dom Ceslau Stanula, ontem, e apresentou propostas.

Vane do Renascer (PRB)
8h – Café da Manhã com grupo de pastores evangélicos – Grapiúna Tênis Clube
9h30min – Bandeiraço com militância e simpatizantes – Praça Adami
15h – Caminhada no Santo Antônio, saindo da praça

Capitão Azevedo (DEM )
8h25min – Gravação para o Horário Eleitoral
10h25min – Reunião no Bairro Novo Lomanto
13h25min – Caminhada no Bairro Jardim Primavera

Juçara Feitosa (PT)
9h- Corpo a Corpo Urbis IV
20h- Reunião com moradores no Bairro de Fátima

Zé Roberto (PSTU)
9h – Panfletagem na Avenida do Cinquentenário
14h – Reunião com equipe de comunicação do PSTU;
19h – Confraternização com moradores do Santa Clara

Zem Costa (PSOL)
15h – Visita à Vila do Jebe e ao Vilarejo Rói
19h – Reuniao com coordenadores

— O candidato Pedro Eliodório não informou agenda deste sábado.

ILHÉUS —-

Carmelita e o vice, Marão, partem para o corpo a corpo nos morros.

Professora Carmelita (PT)
7h – Visita à Central de Abastecimento do Malhado
15h – Corpo a corpo no Ilhéus II

Jorge Luiz (PSOL)
14h – Caminhada no Nelson Costa (saída do comitê da z. sul).

Jabes Ribeiro (PP)
9h – Visita ao Couto (concentração na entrada do distrito)
15h30min – Caminhada na Conquista (concentração em frente à Coelba)
19h – Reunião com lideranças