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A 30ª colocação obtida pelo curso de Direito da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) na última edição do exame nacional da OAB foi comentada pela reitora Adélia Pinheiro.

Ao PIMENTA, Adélia afirmou que os resultados positivos “devem ser creditados à qualidade do corpo docente” e “ferramentas práticas nas unidades da rede judiciária”.

A reitora da Uesc acrescentou o acervo bibliográfico que o curso dispõe, além da estrutura física como fatores que explicam a média de aprovação da universidade no exame nacional .

O curso figurou em 30º lugar ao conseguir aprovar40 dos 83 alunos e egressos que participaram do 7º Exame Unificado. A aprovação atingiu 48,19%.

11 respostas

  1. Interessante ler o comentário da atual e recente reitora da UESC e observar que os louros da boa colocação do curso de Direito na aprovação da OAB são dados à qualidade do corpo doscente, e, principalmente, ao acervo bibliográfico que o curso dispõe, além da estrutura física.
    Ora, quanto à qualidade do corpo doscente concordo plenamente, muitos heróis encontrei nas salas de aula da UESC. Por outro lado, quanto aos demais fatores, acredito que a reitora deve frequentar mais os corredores do curso e verificar o dito acervo, pois, os mesmos não vivem essa realidade.
    Acredito que a nobre reitora em verdade esqueceu do mais importante para essa boa constatação: O CORPO DISCENTE, que souberam ultrapassar a falta de apoio da Universidade ao curso para ainda assim conseguir enaltecer a querida UESC.

  2. faço coro com a colega Jamille, quantas dificuldades já tivemos para atualização da bibliografia, a única que conseguimos na nossa época que pode ter sido dita descente foi na gestão de Lício Fontes na coordenação, com ele conseguimos computadores também, e enquanto ele estava lá até tinta tínhamos na impressora (depois que ele saiu a sala de computadores começou a misteriosamente ficar fechada rs)

    é porque durante a luta ninguém aparece para perguntar o que precisamos, mas depois da conquistas aparecem vários “pais da criança” rs

    gostaria de ver aqui entrevistados, como verdadeiros merecedores de tal honra, e realmente conhecedores do nosso curso de direito alguns professores como Cairo Júnior, por exemplo e os colegas que conseguiram essa conquista maravilhosa, PARABÉNS…SE SEM APOIO CONSEGUEM ISSO, IMAGINE O QUE UM POUCO DE AJUDA NÃO FARIA

  3. Realmente a alta aprovação no VII exame da OAB deve ser creditado à qualidade do corpo docente…dos cursinhos do LFG, Damásio e Renato Saraiva. Sim, ou a magnífica reitora acha que os alunos passaram graças aos professores da UESC? Me poupe. É certo que a UESC dá um suporte de conhecimento mínimo acima da média de muitas universidades. Mínimo esse insuficiente para se passar na OAB. Aliás, muitos professores mais atrapalham os alunos estudarem pra OAB que ajudam: fazendo chamada em véspera de prova, passando trabalhos monográficos valendo um crédito para entregar alguns dias depois da prova etc. Muita falta de vergonha creditar essa vitória única e exclusivamente aos professores da UESC, que como eu disse, mais atrapalham que ajudam. Adélia, magnífica, menos.

  4. Qualidade do corpo docente? Com todo respeito aos professores de lá, o DCIJUR é um dos departamentos com menor quantidade de mestres e doutores.

    Por mais que digam que “título não é nada”, produção científica diz muito sobre uma instituição. Jamais chegaremos ao nível da USP ou da Uerj sem bons programas de iniciação científica, mestrado e doutorado.

    O conhecimento exigido no Exame de Ordem é similar ao de concursos públicos; acredito que a finalidade de uma universidade não seja a de formar candidatos a concurso, até mesmo porque a média de duração de cursinhos preparatórios é de um ano, em vez de cinco.

  5. Além de ser uma avaliação que não é precisa, sendo que boa parte do conteúdo cobrado no exame e a forma da abordagem tem pouco haver com o que foi ensinado na UESC. Responsabilidade Civil? Direitos Humanos? Nem mesmo são disciplinas ofertadas pelo curso, embora seja exigido no edital do exame e cobradas em ambas as fases. Sem mencionar as que são ofertadas enquanto eletivas.

    Frisa-se ainda que o exame apresenta uma exigência, na minha opinião, extremamente tecnicista/tosca, com certos gabaritos esquizofrênicos e que não leva em conta o que é produzido, academicamente, pelo curso, a intervenção em comunidades por meio de extensão, inserção dos estudantes de direito na luta pela defesa e ampliação dos direitos humanos e por justiça social.

    E como mencionado acima, o exame da OAB não leva em conta o esforço intelectual e financeiro do estudante que, na maioria dos casos, recorrem a cursinhos (caríssimos) preparatório para suprir uma boa parte do conteúdo exigido que não foi dado em cima de aula.

    Cara reitora, não somos troféus, nem números ou porcentagens. Precisamos superar alguns valores competitivos e individualista que inevitavelmente estão associados a rankings como esse! (In)felizmente ‘bons’ resultados como esse escondem a verdadeira realidade da educação pública em crescente sucateamento.

  6. Hahahahahahahahaha…parece ate piada. Essa “reitora” é uma vergonha. Nada sabe, nada conhece. Me lembro muito bem de suas palavras em campanha “será uma politica de continuidade”. Isso mesmo… continuidade de NADA! uma gestão infeliz, incompetente. Quantas vezes precisamos de onibus para ir a um congresso e nos é negado? Quantos brilhantes alunos ganharam premio por trabalho em outras universidades e viajaram com seus proprios recursos? Estou concluindo o curso na UESC e ja estou guardando o dinheirinho para fazer cursinho pra OAB, sabe pq? pq se eu fizer, so com os conhecimentos de professores miguezeiros, que quase não comparecem as aulas e quando vao so prejudicam os alunos com avaliações que cobram muito alem do que foi ministrado-ensinado, não tenho capacidade de passar nem no ENAD. VERGONHOOOOOOOOOOOOOOOOOOSO nós, estudantes, face a essa realidade triste e deprimente em que se encontra o curso, admitir que esta criatura colha os louros dos nossos esforços. Por favor, pimentablog, dê aos alunos a oportunidade de resposta, que nos é devida.

  7. Corpo docente e acervo bibliográfico? Como ex-aluna do curso de Direito da UESC, fiquei pasma com a atribuição do sucesso na aprovação da OAB ao corpo docente e ao acervo bibliográfico. Mentira! Tivemos e temos sim, excelentes professores, verdadeiros mestres, mas um número considerável é lamentável, não pela simples ausência de títulos (pois há os cheios de título que sabem tudo, contudo não ensinam nada), mas pela falta de compromisso e zelo com a atividade de construir conhecimento.

    Quanto ao acervo bibliográfico, notei sim uma melhora entre 20006 e 2010, mas muito longe de ser o mínimo possível para ser alçado a co-responsável na aprovação da OAB.

    Essa vitória é dos discentes e mestres COMPROMETIDOS com o nosso Curso de Direito da UESC.

  8. Realmente, a reitora foi infeliz no comentário. Pouca importa o motivo que a levou a proferir tal juízo de valoração, mas, o fato é que o mérito é, sem dúvidas, dos alunos. Salvo raríssimas exceções, vários docentes não possuem comprometimento, são ausentes no dever de ensinar. Inúmeras vezes tive que, nas férias, estudar boa parte do conteúdo que deveria ser ministrado em aula, durante o semestre. Sinceramente, fiquei indignado; antes do vestibular imaginei uma realidade que é, na verdade, inexistente. Não obstante, reconheço que, após o período de frustração, aprendi a me adaptar ao sistema e, em última instância, cresci. Entendi que, quase sempre, a adversidade é amiga da superação, a dificuldade da vitória. Reconheço que, hoje, colhi ao menos um fruto positivo, a saber, a retidão diante dos problemas. Desejo aos que, assim como eu, ficaram indignados, sabedoria. Sejam sábios e observem que tudo na vida é formado por substâncias negativas e positivas; a vista depende apenas e tão somente de quem observa. Abraço!

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