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Vane acena para eleitores na última caminhada na quinta, 4 (Foto Pimenta).

Agora é oficial. O novo prefeito eleito de Itabuna é o vereador Vane do Renascer (PRB), da coligação Na frente para Itabuna mudar. O juiz Antônio Carlos Moraes, da 27ª Zona Eleitoral, confirmou o resultado das urnas.

Vane obteve 45.623 votos em disputa acirrada com o prefeito Capitão Azevedo (DEM), com 44.516 votos. A diferença entre ambos foi de 1.107 votos. Juçara Feitosa (PT) obteve 16.837 votos.

Na sequência, Zé Roberto (PSTU) com 1.089 votos, Zem Costa (PSOL) com 838 e Pedro Eliodório (PCB), com 704 votos. Foram registrados 1.089 votos em branco e 5.670 votos nulos.

Atualizado às 21h43min

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A apuração oficial ainda não terminou e o candidato a prefeito de Itabuna, Vane do Renascer (PRB) está à frente com 97,88% das urnas apuradas. Ele aparece com 44.628 votos contra 43.647 de Capitão Azevedo (DEM).

Juçara Feitosa (PT) soma 16.444 votos, Zé Roberto (PSTU) tem 1.076 votos,  Zem Costa (PSOL) chega a 793 votos e Pedro Eliodório (PCB), 701 votos. Ainda restam 2.895 votos a serem apurados. A diferença entre Vane e Azevedo é de 981 votos.

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A expectativa da Justiça Eleitoral era concluir a apuração dos votos para prefeito em Itabuna às 19h, mas o atraso é superior a 1h20min.

Até as 20h27min e com 81,13% da apuração, Vane do Renascer (PRB) está à frente com 36.422 votos. O prefeito Capitão Azevedo (DEM) soma 35.981 votos.

Juçara Feitosa tem 13.457. Na sequência, aparecem Zé Roberto (PSTU), com 866 votos, Pedro Eliodório (PCB), com 645, e Zem Costa (PSOL), 559.

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Faltando a computação de 6,56% das urnas, Jabes Ribeiro (PP) é o novo prefeito de Ilhéus. Dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelam o pepista com 37.216 votos.

A Professora Carmelita (PT) registra 27.635 votos até agora. Jorge Luiz (PSOL) aparece com 19.387 votos. 

Jabes Ribeiro vai para o quarto mandato como prefeito da Terra de Gabriela. 

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Alguns dos municípios sul-baianos já definiram os seus prefeitos a partir de janeiro de 2013. Confira alguns dos eleitos ou reeleitos.

Almadina – Gleide de Val (PSD)
Buerarema – Guima (PDT)
Floresta Azul – Dra. Sandra (DEM)
Ibicaraí – Lenildo Santana (PT)
Itajuípe – Gilka Badaró
Itagibá – Marquinhos (PCdoB)
Uruçuca – Fernanda Silva (PT)
Coaraci – Josefina Castro (PT)
Ipiaú – Deraldino Araújo (PMDB)
Itacaré – Jarbas Barbosa (PSB)

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Fiscais fecham acesso às seções do Fórum Ruy Barbosa, no centro, às 17h (Foto Pimenta).

O juiz da 27ª Zona Eleitoral, Antônio Carlos Moraes, avaliou como tranquila a eleição em Itabuna, embora tenha registrado tentativas de bocas de urna e compra de voto e falta de mesários. “Transcorreu tudo bem”, resumiu o magistrado em entrevista à Rádio Difusora.

A previsão do juiz eleitoral é de que o resultado para prefeito seja conhecido entre as 18h50min e 19h deste domingo e que até as 20h saia o resultado para a Câmara de Vereadores.

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O eleitor que gosta de deixar tudo para a última hora deve ficar ligado. As seções eleitorais funcionam até as 17h em todo o país. Nesta manhã, o fluxo de votantes em Itabuna ainda é baixo, assim como a movimentação de pessoas nas áreas próximas às seções eleitorais.

O eleitor está proibido de usar celular com câmera ou máquinas fotográficas na hora da votação. A proibição é para que seja mantido o sigilo e impeça a manipulação do voto.

O cidadão pode colaborar com a lisura do pleito. Denúncias podem ser feitas nos cartórios eleitorais de sua cidade ou mesmo à polícia. Em Itabuna, os cartórios da 27ª e 28ª zonas eleitorais funcionam próximo à sede da Receita Federal, no final da Beira-Rio, centro.

MUDANÇA DE LOCAL DE VOTAÇÃO

Em Itabuna, as seções que funcionavam na Casa do Educador ( 25, 40, 287, 288, 301 e 151) mudaram para o Grupo Escolar Lúcia Oliveira, na Rua São Vicente de Paulo.

Já as seções que funcionavam na Ceplac, na Avenida Juca Leão, foram transferidas para o Centro de Cultura Adonias Filho. São os casos das seções  33,34,35,36, 286, 305 e 338.

Se você ainda não sabe onde vai votar, clique aqui. Caso encontre dificuldades, recorra ao cartório eleitoral da sua cidade ou zona.

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Prefeitura e orçamento de R$ 500 milhões são disputados por 6 candidatos.

Seja quem for o vencedor da disputa municipal, o itabunense terá uma eleição histórica neste domingo, 7. E não apenas pela definição do próximo prefeito.

Capitão Azevedo (DEM) poderá quebrar tabu e ser o primeiro prefeito reconduzido no colegiado de 140 mil eleitores. Se o eleito for Vane do Renascer (PRB), será o primeiro candidato a sair da Câmara de Vereadores para ocupar a principal cadeira do Centro Administrativo Firmino Alves.

Embora possibilidade mais remota a julgar pela média das pesquisas divulgadas até aqui, a eleição de Juçara Feitosa (PT) também entraria para a história por se tratar da primeira mulher prefeita por meio das urnas no município de maior força econômica do sul da Bahia.

Além de Azevedo, Juçara e Vane, também concorrem a prefeito Zem Costa (PSOL), José Roberto (PSTU) e Pedro Eliodório (PCB). Os “candidatos dos pobres” conseguiram se destacar – cada um à sua maneira – por apontar os erros das três candidaturas “ricas”. Nas pesquisas, quem alcançou melhor pontuação foi Eliodório, com 3,27% na Seculus divulgada a 16 dias do pleito.

LEGISLATIVO

Esta também será a primeira vez que os itabunenses vão às urnas para escolher 21 vereadores. Atualmente, são 13. A mudança se deu após aprovação de emenda constitucional que ampliou o número de cadeiras legislativas municipais em todo o País. São 373 candidatos considerados aptos à disputa por vaga no legislativo.

A previsão da Justiça Eleitoral é que tanto o prefeito eleito (ou reeleito) e os 21 vereadores sejam conhecidos por volta das 19h30min deste domingo. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estima que até as 22h sejam conhecidos os resultados do pleito neste primeiro turno.

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SE POSSÍVEL, TRADUZA OS NOMES PRÓPRIOS

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

Acabo de revisar as memórias de competente professor (aposentado), em que troquei o nome Michelangelo por Miguel Ângelo. É provável que o autor não concorde (revisores têm poder de sugerir, não de mudar o texto) e mantenha a forma italiana, um erro evidente, pois nomes próprios, quando isto é possível, devem ser traduzidos. Se perguntarmos a qualquer pessoa, mesmo pouquíssimo letrada, o nome de um rei da França ela dirá um Luís qualquer (eles foram tantos!), talvez aquele que inventou o salto de sapato Luís XV; se inquirirmos sobre a rainha que teve o lindo pescoço cortado, ouviremos: Maria Antonieta. “Qualquer pessoa” está certo.

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A dama das camélias e os mosqueteiros

Seria muito pernosticismo alguém no Brasil chamar a dupla de reis decapitados de Louis XVI (algo como luí dissiziême) e Marie-Antoinette (marri antoanéte, para os menos avisados) – um “francesismo” evidentemente dispensável. Ainda nesta linha, Alexandre Dumas (fils) passou a Alexandre Dumas Filho, enquanto son père é apenas Alexandre Dumas. O pai escreveu Os três mosqueteiros e o filho criou A dama das camélias, título que (nunca em público) dou a famoso colunista social de Itabuna. Por fim, uma gracinha com mais de um século de idade: os três mosqueteiros eram quatro! E dizer que Luís XV inventou o salto alto foi só uma boutade…

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Os dicionários não registram “boutade”

A gentil leitora e o paciente leitor, se, por acaso, não sabem o que é boutade, não percam tempo com dicionários, pois eles (os dois que possuo, pelo menos) não registram o termo, embora seja o mesmo de uso corrente em língua portuguesa há muitos anos. Mas eu explico, à maneira de Freud: trata-se de dito espirituoso, brincadeira verbal, gracejo – e, de acordo com o professor (também romancista, cronista, contista, da Academia Brasileira de Filologia, autor de Orelhas de aluguel e vários outros títulos) Deonísio da Silva, vem do verbo francês bouter, empurrar, ora veja.  Sobre o sapato Luís XV e os Dumas, depois eu conto.

ALÉM DE DESATENTO, ANALFABETO EM POESIA

Já disseram que eu sofro de uma tal “síndrome da falta de atenção” (SFA). Maldade, só porque às vezes esqueço onde deixo o carro, noutras tento abrir o carro alheio (até abri alguns, mas, felizmente, ninguém viu), chego a entrar, por engano, no apartamento do vizinho – essas bobagens. Mas cometi um exagero de SFA, aqui, há dias: atribuí a Geir Campos um verso de Vinícius de Morais, propiciando a oportunidade de ser visto como, além de desatento, analfabeto em poesia (aliás, um leitor teve a bondade de lembrar que, num livro, citei Lolita como de Pasternak, quando é de Nabokov – e isto foi em 2006, o que mostra ser antiga essa “doença”).  Se fumasse, seria capaz de jogar o cigarro na cama e me deitar no cinzeiro.

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A vagareza dos minutos adoça o outono

Li muito Geir Campos na juventude. Participante da luta política, comunista, ele integrou a Geração de 45, então dizer que era engajado é beirar o pleonasmo. No lendário I. M. E. de Ilhéus, pus no mural do grêmio um poema dele que começava assim: “Aos que acreditam em metempsicose e outras formas de imortalidade da alma…” – por pouco não fui expulso, devido à “ofensa”. Em Alba, outro exemplo da força revolucionária que Geir imprimiu à sua poética: “Não faz mal que amanheça devagar,/ as flores não têm pressa, nem os frutos:/ sabem que a vagareza dos minutos/ adoça mais o outono por chegar./ Portanto não faz mal que devagar/ o dia vença a noite em seus redutos/ de leste – o que nos cabe é ter enxutos/ os olhos e a intenção de madrugar”.

JORGE AMADO E OS NÃO LEMBRADOS EM 2012

O centenário de Jorge Amado foi festejado na Bahia inteira (até nesta modesta coluna), o que contribuiu para o esquecimento de outros nomes. Fernando Leite Mendes (nascido em 1932) teria agora 80 anos, idade “redonda”, boa para ser comemorada; Os sertões, livro fundador do Brasil do lado de cá, parece esquecido (junto com Euclides da Cunha), nos seus 110 anos – foi lançado em 1902. Já o professor, jornalista, cronista e sonetista parnasiano, Plínio de Almeida, educador de gerações (que completaria 108 anos em setembro), ganhou da Academia de Letras de Itabuna – Alita um concorrido recital de poesia em praça pública. Ainda bem.

FERNANDO LEITE MENDES, 80 ANOS

Fernando Leite Mendes era advogado, mas sua maior atuação se deu na imprensa. Trabalhou em grandes veículos do Rio, a exemplo de Última Hora, Correio da Manhã e Diário de Notícias, e produziu crônicas de intenso lirismo. Livro, apenas um, publicado post mortem: Os olhos azuis de dona Alina e algumas crônicas. Com dona Alina, que dirigiu a Escola Afonso de Carvalho (ao lado do Palácio Paranaguá), FLM aprendeu a ler. Generoso, deixou imortalizados em Os olhos azuis… personagens ilustres de Ilhéus, como Otávio Moura, Carlos Pereira Filho, Demosthenes Berbert de Castro, Emo Duarte e, claro, dona Alina. O espaço acabou; FLM, não.

UM PARCO SABER “DE EXPERIÊNCIAS FEITO”

Dia desses, sem querer, entrei numa discussão, ao cunhar a frase “se ela [a memória] fosse boa não perdia palavras” – e alguém, com carradas de razões, informou ser perderia. O meu parco saber é “de experiências feito”, na expressão de Camões (valho-me de leituras e exemplos vividos, não da gramática, que desconheço). Mas deixemos claro que isto aqui não é defesa (nem acusado fui), mas somente combustível para nossas conversas semanais. Tanto que, de imediato, me pareceu, e ainda parece, que o “não perderia palavras” do leitor é a melhor escolha – embora ache defensável, para o caso, a forma coloquial que usei.

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Sem beliscões e sem “vossa excelência”

Tenho o hábito (vício, diriam) de misturar tempos de verbos, como forma “direta” de comunicação com o leitor. Se alguém tiver a bondade de me incluir em algum tipo de literatura, será na crônica – algo que fica a igual distância da prosa, da poesia e da conversa de bar. A crônica literária – se duvidam de mim, creiam em Fernando Sabino, Rubem Braga e Hélio Pólvora, para citar poucos entre os grandes – não é o locus das formas “pesadas” do estilo. Cronista não dá beliscões no bumbum da gramática, mas também não a trata por “vossa excelência”. Na semana passada, escrevi aqui “nunca ia saber…” e, felizmente, passei despercebido. Não acho grave, mas a discussão está aberta.

De Garcia Márquez a Monsueto Menezes

“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo”. É a abertura de Cem anos de solidão, que todos conhecem. Eric Nepomuceno, o tradutor brasileiro, quis trocar havia por haveria, mas Garcia Márquez insistiu no “erro”. Sílvio Alexandre e Ednei Procópio, especialistas em literatura fantástica (em comentário à abertura de Cem anos…), grafam “haveria de recordar”, à revelia do autor, já se vê. Mais perto de minha “cultura” ficou o gramático Monsueto, em Me deixa em paz (acho que armei esse fuzuê todo para justificar a presença na coluna da excelente e esquecida Alaíde Costa).

(O.C.)