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Ao responder a uma leitora sobre as incertezas da vida, o colunista Ousarme Citoaian (que assina a coluna UNIVERSO PARALELO aqui no Pimenta) disse que também ele emprega expressões do tipo “penso”, “parece” e semelhantes, por não ter “propriedade sobre as tais certezas certas”. O jornalista “pensa” que quem não duvida de si mesmo se transforma em morada da presunção – sendo esta “irmã siamesa da arrogância e da empáfia, e inimiga inconciliável da humildade”.

O titular do UP repete o conselho que um amigo seu ouviu do pai: “ao se sentir cheio de afetação e superioridade, visite o cemitério, para ver como, no final das contas, ali todos se igualam” – e lembra um curioso diálogo de José Lins do Rego e Graciliano Ramos, sobre o pessimismo deste.

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Uma resposta

  1. “Só abaixo da terra todos são iguais”
    Discordo da afirmação de Ousarme Citoaian, que assina a coluna Universo Paralelo no Pimenta. O nosso Fernando Pessoa grapiúna diz que no “Cemitério todos se equivalem”. Não seria um equívoco? “Só abaixo da terra todos são iguais”. Essa afirmação eu ouvir ainda menino , quando, morando no Paraná, em Terra Rica, acordava às quatro da manhã para servir cafezinhos no bar de meu tio. Local de muitas prosas.
    A conversa girava sobre as diferenças econômicas entre as pessoas e foi dita pelo juiz da cidade. Ele contava, a exemplo do pai do amigo de OT, que ouviu essa constatação do Pai, um homem simples, e como os simples, espirituoso. Os cemitérios são como as cidades-jazigos “mansões, prédios luxuosos” se misturam àqueles que são depositados nas covas (casebres), que passado o tempo retirados, não ficam nem o registro.
    Para estabelecer a polêmica basta o nosso colunista que conheço e admiro para mim um Matusalém de experiência visitar os cemitérios. Basta subir ao nível do povo* e fazer a indagação. No cemitério como nas cidades o mausoléu do rico e a cova do pobre, assim como a cobertura do rico e a casinha do pobre já fica determinada uma oposição dialética.
    *Dando o devido crédito expressão do nosso Milton Marinho, de Itororó pessoa de inteligência fina, fortes convicções , pensador, escritor, pintor e o mais gostoso de tudo excelente cozinheiro e amigo.
    Gilvan Rodrigues-Pensador de boteco que ao contrário de Nietzsche bebe além de água cerveja

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