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GUSTAVO HAUNGustavo Atallah Haun | g_a_haun@hotmail.com

A Messias Maciel Filho e Família

Ho ho ho! Natal chegou e com ele o Santa Claus, que nada tem que ver com nossa cultura sul-americana lusoafroíndia. Papai Noel da invencionice presenteira. Europeu do norte. Neve. Renas e trenós. E o nascimento de Jesus? Bom, isso já não seduz mais!

Campanhas do bom velhinho; vermelhidão para todos os lados; sacos e meias espalhados por todos os cantos, pisca-piscas incandescentes em olhar alheio, multidões aceleradas por tempo determinado…

E o advento do Cristo? E o Evangelho? E a comemoração do Aniversariante? E o amor, o perdão e a caridade? E as Parábolas e o Sermão do Monte? E as curas a cegos, aleijados e endemoniados?

Água no ralo.

25 de dezembro é perfumaria, alfaiataria, sapataria, pirataria. Febre de consumo. Ilusão de e para as massas, função hiper-mega-super-comércio propagandista! Do contrário, falência do mercadooo…

Amigos secretos. Amigos sacanas. Amigos indiscretos. Inimigos para todos os cantos!

Rabanadas no nordeste? Nozes no sertão de meu Deus? Nêsperas e tâmaras na caatinga? Avelãs e castanhas na ceia do cabra da peste? Chester com passas e blanquet com cerejas na terra dos tupiniquins? Nada!

Contradiz toda a historinha do Mestre Nazareno com sua santíssima frugalidade palestina: Pão e vinho. Corpo e sangue.

Estou de saco verdadeiramente cheio, entupido, desse senhor de barbas brancas, barriga desleixada, cajado dourado e cara de bom sujeito!

O pior é que cada ano as coisas ficam mais difíceis: o sentimento de amor fraterno vai esmaecendo; a sensação de concórdia e amizade é esquecida; a homenagem ao maior Espírito que já esteve entre nós é deixada de lado, pelo compre e venda!

Quero a abolição do Hohoho! Desejo o retorno à Lapônia do Santa Claus! Almejo a morte simbólica e eterna do Papai Noel!

E que ressuscite no coração do ser humano terráqueo, mamífero, bípede, telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor o “amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, o “perdoai não sete vezes, mas setenta vezes sete” e o “bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados”!

Que renasça na mente e na alma dos homens a verdadeira noção e sentido Natalino: celebrar que a nossa pequenez, a nossa mesquinharia e a nossa inferioridade teve um Exemplo Maior a ser seguido, um Exemplo que esteve entre nós há 2012 anos, e O imolamos na infame cruz dos condenados!

Sonho Jesus, Governador Moral da Terra, no 25, no 26, no 27 e em todos os dias do ano para todo o sempre!

Ah, isso sim é um verdadeiro presente de Natal e um real desejo de Amigo “Fraterno”, distante léguas do fim de ano plim-plim!

Gustavo Atallah Haun é professor, formado em Letras, Uesc, e ministra aula em Itabuna e região. Escreve para jornais de Itabuna, Ilhéus e edita oblogderedacao.blogspot.com. É maçom, da Loja Acácia Grapiúna

14 respostas

  1. Gustavo, seu texto clama pelo resgate do sentido verdadeiro dessa festa contaminada de importações alienígenas e consumismo desenfreado. Gostei muito de ler cada palavra que você escreveu. Obrigado!

  2. Zelão, diz: – Porque matar “Papai Noel?”

    Se um dia ele (Papai Noel) existiu de verdade e não apenas na imaginação dos adultos e crianças, não deve ter sido o “bom velhinho” quem matou os sentimentos de; amor,solidariedadee, caridade, paz e harmonia no coração dos homens. Foram os homens, nós mesmos, que fizemos questão de matá-los em nome das nossas ambições.

    O “bom velhinho” no espírito do seu criador é ainda, mesmo que tenha sido de certa forma deturpada, a figura, que ao menos em um dia do ano, nos remete de volta aos sentimentos perdidos. Ao darmos presentes, buscamos, inconscientemente, uma forma de pedirmos ou comprarmos o perdão, daqueles a quem ofendemos ou negligenciamos, por todo o restante do ano.

    quanto ao aniversariante do dia, talvez não se importe mais com o esquecimento a que foi relevado em nossas mentes e corações. Antecipadamente, ao morrer na cruz, já nos perdoou.

    Deixem o Papai Noel; gordo ou magro, barrigudo ou malhado, branco, negro, amarelo ou índio, seja qual for a cor da roupa que veste, um dia que seja apenas, reviver em nós os sentimentos perdidos. E, que nos dias restantes do ano nós possamos refletir sobre nossas culpas, para que no próximo ano, ao nos reencontramos na noite do natal, sejamos nós a presentear o Papai Noel, com tudo de bom que o Cristo nos ensinou.

    Feliz Natal, Papai Noel!

  3. Excelente texto, Gustavo!!! Precisamos resgatar urgentemente o verdadeiro sentido do Natal e colocar no centro das comemorações o Mestre do amor e da paz: Jesus!!!
    Em tempos de exacerbado apelo ao consumsmo e à futilidade, somos levados a uma profunda reflexão através das suas palavras tão oportunas e pela sensibilidade exalada nas suas idéias. Feliz Natal!!!

  4. O Natal é mais uma data apenas com apelo comercial, grande criação de marqueteiros, incluindo no grupo, os religiosos que criaram a data do nascimento de Jesus.

    Referindo-se as importações de “festas e outras tradições”, um dos maiores absurdos, apoiado por educadores Brasil afora, é a comemoração do tal “Dia das Bruxas”. Não temos nenhuma ligação com o tal dia, mas querem que nossos jovens incorporem mais um hábito cultural “Made In USA”.

    O Ministério da Educação deveria proibir a comemoração e obrigar o reavivamento dos personagens do nosso folclore.

  5. PARABÉNS!
    Até que enfim um texto claro, objetivo, que conclama as pessoas a ater-se aos verdadeiros sentimentos que deveriam permeiar os festejos natalinos.

  6. É o velho complexo de inferioridade tupiniquim, que acha que só é bom aquilo que vem de fora.Existem ótimos cantores e músicos brasileiros que só são valorizados na Europa.Aqui eles sequer tem a chance de serem tocados nas rádios ou de aparecerem na TV.Um exemplo: o grande músico conquistense Elomar Figueira de Melo, que com certeza muitos itabunenses nunca ouviram falar, mas recebeu e recebe muitos prêmios mundo afora.

  7. E hj estive na casa de meu irmão e disse: Nossa, sua casa não nenhum enfeite de Natal! E ele m respondeu: Tem tanta casa por ai enfeitada, mas sem paz, sem harmonia e pessoas brigando. A paz está dentro de cada um de nós. Acho q se encaixa exatamente com isso que vc escreveu Gustavo. Muito feliz em ter lido seu texto antes de dormir. Parabéns!

  8. SE O TEXTO FOI UMA CRITICA AO COMÉRCIO PARABÉNS SUPRIDO A INFORMAÇÃO, MAIS SE FOI PARA DESMERECER A CRIATURA E NASCIMENTO DE JESUS ISSO É INÓSPITO PARA ESSA ERA…JESUS É ETERNO MESMO AS PESSOAS NÃO LEMBRANDO DELE GUSTAVO E RELIGIÃO ALGUMA ATÉ MESMO O CRISTIANISMO NÃO É MAIOR QUE CRISTO E A SALVAÇÃO QUE VEM DE DEUS.

  9. Zelão, diz: – Porque matar “Papai Noel?”

    Se um dia ele (Papai Noel) existiu de verdade e não apenas na imaginação dos adultos e crianças, não deve ter sido o “bom velhinho” quem matou os sentimentos de; amor,solidariedade, caridade, paz e harmonia no coração dos homens. Foram os homens, nós mesmos, que fizemos questão de matá-los pelas nossas ambições.
    O “bom velhinho” no espírito do seu criador é ainda, mesmo que tenha sido de certa forma deturpada, a figura, que ao menos em um dia do ano, nos remete de volta aos sentimentos perdidos. Ao darmos presentes, buscamos, inconscientemente, uma forma de pedirmos ou comprarmos o perdão, daqueles a quem ofendemos ou negligenciamos, por todo o restante do ano.
    Quanto ao aniversariante do dia, talvez não se importe mais com o esquecimento a que foi relevado em nossas mentes e corações. Antecipadamente, ao morrer na cruz, já nos perdoou.
    Deixem o Papai Noel; gordo ou magro, barrigudo ou malhado, branco, negro, amarelo ou índio, seja qual for a cor da roupa que veste, falando em qualquer que seja o idioma, um dia que seja apenas, reviver em nós os sentimentos perdidos. E, que nos dias restantes do ano nós possamos refletir sobre nossas culpas, para que no próximo ano, ao nos reencontramos na noite do natal, sejamos nós a presentear o Papai Noel, com tudo de bom que o Cristo nos ensinou.
    Vida longa ao Papai Noel!
    Feliz Natal!

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