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Parte da fachada do prédio histórico destruído neste domingo.
Parte da fachada do prédio histórico destruído neste domingo (Fotos José Carlos Barreto).
Operários caminham pela Ruffo Galvão após prédio ser destruído.
Operários caminham pela Ruffo Galvão após demolição.

Um dos maiores patrimônios arquitetônicos de Itabuna, o casarão do engenheiro e ex-deputado estadual Gutemberg Amazonas, falecido em 2009, foi completamente demolido neste domingo, 30. O prédio situado na praça Manoel Leal, centro, chamava a atenção pela imponência.

Nos últimos três anos, o município sul-baiano tem perdido suas principais referências arquitetônicas, a exemplo da primeira sede do Banco do Brasil, também na mesma praça, e o prédio do Colégio Divina Providência, na Rua São Vicente de Paulo.

Confira fotos de José Carlos Barreto, que, com tristeza, flagrou as cenas de destruição de parte da história de Itabuna. Uma empresa da área de construção civil pretende transformar o local em estacionamento privativo.

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Parte da fachada do prédio histórico destruído neste domingo (Rosa Penza).
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13º SALÁRIO É “DÉCIMO”, NA INTIMIDADE

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

“Décimo começa a ser pago em Ilhéus” – proclama em manchete respeitável blog, com um texto que nos inclina a acreditar que este acontecimento, às vésperas do Natal, não se dá devido à solidariedade cristã do prefeito, mas ao bloqueio de recursos municipais para este fim. Sirvo-me menos da ação em si, pois da inépcia de prefeitos regionais já ando cheio (e se coisa pior não digo é por estar, ainda, tomado por inacreditável espírito natalino). Atenhamo-nos, portanto, à questão linguística: o décimo (que bom para os servidores) está garantido. Mas “décimo”? Seria a décima parte de alguma coisa? Seria ainda o salário de outubro (décimo mês do ano)? Seria, por acaso, o “décimo terceiro salário”?

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O homem voltará aos sinais de fumaça

2LibrasA escolha correta é a última – na linha do “se você entendeu, tudo bem”. Não adoto este caminho, mas sei que a linguagem, como a vida, sujeita-se à Lei do Menor Esforço (LME – para nos mantermos moderninhos). Todo mundo sabe que você resulta de vossamecê, vosmecê, essas coisas – ultimamente é vc e, quem sabe, em alguns anos será apenas v. A exagerarmos este estranho processo, o homem perderá, no longo prazo, a faculdade da fala e da escrita, sendo levado a escolher, para comunicar-se, entre sinais de fumaça e Libras. É possível que sejamos as primeiras vítimas, pois algum engraçadinho já disse que essa tal LME foi inventada na Bahia, talvez por Dorival Caymmi, só depois exportada para outros cantos.

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Para falar palavrões, todas as letras

Ela nos sufoca, a LME, pois surge a todo instante. Num desses terríveis ônibus que sacolejam nas ruas esburacadas de Ilhéus e Itabuna, ouço uma indignada senhora reclamar nestes termos: “Ó, motô, vê se vai mais devagar!” Motô, saiba a gentil leitora, é “motorista”, à luz da LME. Na lanchonete, a mocinha, depois de soltar, em conversa cordial com a colega, alguns palavrões cabeludos (estes, sem falta de nenhuma sílaba!) dirige-se ao balconista: “Salta um refri!”, sendo fácil saber que a dona de palavrório tão inadequado estava pedindo um refrigerante. Vá lá que, em nome do dinamismo da língua, aceitemos tais violências, mas só no coloquial. Ao escrever, é bom ficarmos nos limites da chamada norma culta.

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(ENTRE PARÊNTESES)

4CupimO ex-presidente FHC, quando não está elucubrando teorias sobre o futuro do Brasil, é chegado a dar declarações em que emprega termos pouco conhecidos, o que revela originalidade de estilo, se acaso não for isto simples mostra de sua reconhecida erudição. A ele se deve, da época em que foi presidente, definir a oposição como “catastrofista”, chamar aposentados de “vagabundos” e recuperar a expressão “nhém-nhém-nhém”. Mas agora ele se superou. “Temos que descupinizar essa confusão que está havendo entre o interesse público e o interesse privado”, disse, a propósito da corrupção no Brasil (como se falasse de alguma novidade…). Descupinizar a confusão? Meu Deus!

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“TODO MUNDO” LEU MEU PÉ DE LARANJA-LIMA

Opinião que externei sobre best-sellers, recentemente, quase nos faz cair no engodo de que para ser “bom” o autor não pode vender muito, se vender muito é “ruim”. Creio que essa visão encerra um preconceito: os que entendem são poucos, a massa não conta, se o autor vende muito é porque faz “concessões”. Os prosadores Jorge Amado e Rubem Fonseca vendem muito, Paulo Coelho vende muito mais. Também foram best-sellers José Mauro de Vasconcelos (Meu pé de laranja-lima era lido por “todo mundo” que enxergava em 1970, e ganhou adaptações para a tevê e o cinema). Obviamente, uma obra de arte não se faz grande ou pequena apenas devido a efêmeras paixões do público. O tempo, sim, é juiz isento.

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Paulo Coelho: o tempo sabe a resposta

6Meu pé de laranjaHá muitos anos não ouço falar de José Mauro, mas penso que ele tem ainda um bocado de leitores – só isso justificaria a Saraiva ter à venda (soube disso agora, via Google) a 117ª edição de Meu pé…, enquanto Rosinha, minha canoa (outro grande êxito de vendas do autor) já tenha atingido, no mínimo, 44 edições. Apesar desses números, o stablishment  literário se mostra de nariz torcido e retorcido – Zé Mauro não chegou ao patamar de “clássico”. Quanto a Paulo Coelho (publicado em mais de 160 países e lido em 70 e tantos idiomas, ganhador de uma centena de prêmios internacionais e membro da Academia Brasileira de Letras), talvez o maior vendedor de livros do mundo, não se sabe o que o tempo dirá.

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APENAS UMA ESTRANGEIRA CANTANDO BEM

7Quiet nightO baixista Ray Brown se entusiasmou com a voz da pianista Diana Krall e levou a nova promessa a diversos produtores. Ela chegaria ao topo em 1996, com o álbum “All for you”, um tributo a Nat King Cole, que se transformou em grande êxito. Mas só após ganhar o Grammy em 1999 ela viu reconhecido seu talento como vocalista de jazz. É figura fácil no Brasil: além da trilha de dez (!) novelas da Globo, fez por aqui várias apresentações. É fã de Tom Jobim (e quem não é?): Corcovado (Quiet night, na versão dos gringos) dá nome a um de seus discos, gravado em 2009, que contém ainda Garota de Ipanema (The girl etc.) e uma surpreendente Este seu olhar, em português. Nenhuma revolução: apenas mais uma estrangeira cantando (bem) Tom Jobim.

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Tenho absoluto desamor ao lugar-comum

Reza o folclore que uma senhora perguntou a Armstrong o que é jazz (já li outra versão, com Duke Ellington). A resposta: “Se a senhora não sabe até hoje, madame, não adiantaria eu lhe explicar”. Para nosso propósito, digamos que jazz seja um jeito de de tocar, de cantar. Pensando nisso, imaginei que a gentil leitora gostaria de saber como uma canção banal soaria, quando sob o domínio de um grupo de jazz. O tema é Jingle bells, em cujo teste a bela e canadense Diana Krall se sai muito bem, mesmo sendo branca. Corajosa, ela mostra que não é Ella Fitzgerald, mas comete seus scatzinhos. A propósito, pensei num adjetivo para Krall e, como só me ocorreu “estonteante”, desisti, por absoluto desamor ao lugar-comum.

(O.C.)

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Vane-entrevista-Pimenta-www.pimenta.blog_.br_Membro da Assembleia de Deus, o prefeito eleito, Vane do Renascer (PRB), quer derrubar preconceito de cunho religioso que envolvem diretamente o seu (o dele, claro) nome. Ouviu durante a campanha que ele faria da Prefeitura uma “porta da esperança” para os evangélicos e fecharia a mesma para quem fosse de outras religiões.

Na transmissão de cargo, dia 1º, às 11h30min, promoverá culto ecumênico que envolverá desde pastores ao bispo Dom Ceslau Stanula, da Igreja Católica, bem como representantes dos espíritas e de religiões de matriz africana.

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Na próxima terça, 1º, às 11h30min, haverá transmissão de cargo de prefeito de Itabuna, no estacionamento do Centro Administrativo Firmino Alves. Certo é que o prefeito Capitão Azevedo lá não estará.

Ainda não foi definido o “premiado” que passará as chaves da Prefeitura de Itabuna ao novo gestor, Claudevane Leite, Vane do Renascer (PRB), que bateu Azevedo nas urnas por diferença de 1.107 votos.

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Direto da Coluna Tempo Presente (Levi Vasconcelos), d´A Tarde

No dia em que ACM Neto anunciou o secretariado, aliados deles nos contavam, o radialista Cristóvão Rodrigues presente, que durante a campanha o ex-vereador Antônio Lima, carlista histórico, agora netista chapado, convidou-o para visitar a Feira de São Joaquim, sua base histórica.

Os carros da caravana de Neto ficaram nas proximidades da Codeba, o único em frente à feira foi o de Lima.

Neto voltou na frente, viu o carro de Lima, abriu a porta de trás, entrou. Logo veio a vice, Célia Sacramento, que também entrou.

Chegou Lima, parou, olhou para um lado, para outro, se intrigou:

– Ué!… Cadê o pigmeu?

E Neto, lá do fundo do carro:

– Eu estou aqui, vereador Lima…