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violênciaO comerciante Rosivaldo Alves Conceição, 40 anos, morreu nesta tarde de terça-feira, 19, no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem), em Itabuna, após ser baleado por assaltantes na Nova Califórnia.
Os tiros foram disparados quando Rosivaldo estava dentro de casa. De acordo com o Portal Sul da Bahia, uma equipe do Samu 192 prestou os primeiros atendimentos ainda na residência do comerciante, que foi encaminhado para o Hblem.
Com a morte de Rosivaldo, que não tinha relações com o crime, segundo testemunhas, Itabuna chega a 29 assassinatos em 2013, o 17º só em fevereiro. Hoje, no início da tarde, um jovem foi baleado na Mangabinha. Lucas da Silva Soares foi atingido nas pernas e nas costas.

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  1. Não há mais grupos de risco. A violência em Itabuna foi democratizada. Ninguém está seguro. A comunidade do Bairro Banco Raso reivindica a instalação de quebra-molas para dificultar a ação de bandidos que passam atirando. A violência reinventou o uso do quebra-molas. Estamos inaugurando uma nova ordem. Já foi dito aqui no Pimenta, que nessas proporções epidêmicas, a violência não pode ser tratada apenas como caso de policia. É verdade. A policia baiana é uma instituição em crise. É a crise dentro da epidemia.
    Tantas notícias sobre assassinatos e tiroteios me convencem que existe um exército em Itabuna armado até os dentes. O exército paramilitar do estado marginal. E não é apenas em torno do narcotráfico que esses soldados se organizam. A disputa pelo poder e domínio político das comunidades já é uma realidade em nossa cidade. Se a violência é uma construção social, a nossa foi estabelecida sobre o caos, o abandono, as injustiças sociais, a falta de políticas para a juventude. Porque violência não é só bala no cidadão. O povo dessa cidade é alvejado diariamente pelo desemprego, por serviços públicos de péssima qualidade, por moradias indignas e educação precária. E não aconteceu de um dia para o outro foi sendo montada aos poucos. Explodiu, do Big Bang ao Bang-bang. São as violências se entrelaçando e ganhando força. Onde o Estado se faz ausente o estado marginal se faz presente com força total. A violência do estado marginal se mostra diferente da violência institucional não tem regras, não tem nada a perder, é crua e sem máscaras. É muito difícil vir aqui dar fórmulas sobre o fim da violência em Itabuna. É necessário cobrar providências urgentes ao Prefeito Vane, ao Governador Jacques Wagner, à presidenta Dilma, aos deputados estaduais e federais que dizem representar nossa região. Gritamos para que não esqueçam que outorgamos poderes a eles através do nosso voto e financiamos suas ações através dos nossos impostos. A parte mais difícil neste cenário de terror é pensar na nossa responsabilidade conjunta como sociedade. Como romper barreiras de classe, credo, interesses políticos e econômicos? Como grupos sociais tão díspares podem compactuar pelo bem do interesse comum? Precisamos nos reorganizar enquanto sociedade civil. E urgente!

  2. Uma grande perda para a sociedade! Só achamos que grande perda é pessoa portadora de títulos. Sosó, “Seu Pintinho” – o porteiro do Médici -, são grandes seres humanos que realizam muito bem suas atividades. Pessoas educadas, prestativas, vidas sociais anônimas, ganhando o pão silenciosamente, com dignidade, ignoradas no “panteão dos nobres”.
    Corroboro o que escreve Regina Florêncio, inclusive que a violência em Itabuna possui diversas faces sob o pesado cobertor da inpunidade. Uma cidade com pouco mais de 200 mil habitantes, com tudo que essa cidade tem de bom, é para estar no rol das melhores para se viver.
    A Sosó, Seu Pintinho e tantos outros, deixo meu sentimento de amor universal, materializado em lágrimas de impotência; aos violentos e criminosos, minha compaixão e indignação pela certeza de que todos somos vítimas de um sistema perdido na empáfia e no desprezo pela própria espécie.

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