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Ontem à tarde, usuária do SUS foi ao posto de saúde do Zildolândia, em Itabuna, para marcar uma consulta oftalmológica.
Ao chegar lá:
– Não pode marcar, senhora, porque estamos sem computador. Pode isso? – respondeu a indignada atendente.
Por fim, a funcionária orientou-a a tentar autorização para a consulta na sede da Secretaria da Saúde, mas só no dia 3.

8 respostas

  1. No último sábado pela manhã participei da manifestação dos estudantes de medicina da UESC, que percorreu a avenida Cinquentenário denunciando para a população de Itabuna o ataque do Governo Dilma à saúde pública da população com a proposta de trazer médicos estrangeiros sem a necessidade de fazer o exame de revalidação do diploma de médico, conhecido como revalida. Este ato foi organizado nacionalmente e ocorreu em dezenas de cidades do país.
    O governo Dilma conta com 80% de aprovação popular, mas quando o assunto é saúde pública esse setor foi reprovado pela ampla maioria da população. Por isso mesmo, Dilma, visando as eleições de 2014, vem com grande apoio da grande mídia apresentando a proposta de trazer esses médicos como a solução para os problemas da falta de atendimento nas periferias das grandes e médias cidades e de regiões pobres e de difícil acesso como o norte do país. Mas de forma consciente se esquece de tocar no maior problema que é falta de investimentos do governo na saúde pública e no avanço da privatização do setor com cortes de gastos e favorecimento a empresas privadas como os planos de saúde e convênios com hospitais privados. Hoje, a situação precária da saúde, com as péssimas condições de trabalho nos hospitais e postos e os baixos salários dos profissionais destes profissionais obrigam os trabalhadores e o povo em geral a sofrer dia após dia com as longas filas, além da ausência de leitos e o atendimento precário. A todo momento a imprensa destaca os inúmeros pacientes jogados nos corredores dos hospitais e notícias de mortes que poderiam ser evitadas não fossem a falta de equipamentos ou a demora no atendimento. Os estudantes de medicina durante o ato de protesto citaram o caso do posto médico do Salobrinho, que mesmo tendo médico e profissionais para atender os 12 mil moradores daquela comunidade, foi fechado, por que a prefeitura de Ilhéus não pagou a conta de água e a conta de luz durante três meses. Isso sem contar que em Itabuna, o governo Vane mantém a mesma situação de calamidade nos postos de saúde e Hospital de Base. A população de Itabuna que virava a madrugada em uma longa fila no Centro de Regulação para conseguir uma ficha para fazer exame ou procedimento médico, depois que a notícia ganhou repercussão nacional foi jogada pela prefeitura para os postos e também não conseguem as fichas, por que além dos postos não estarem marcando exames, pois não tem Internet, não há vagas para vários exames. Tanto Vane e Wenceslau (PRB, PCdoB) como Jabes Ribeiro (PTB) são da Base do governo Dilma e defendem tal proposta.
    O Brasil direciona 8,4% do PIB para a saúde. Valor próximo da média mundial, de 8,5% anuais. Porém, a parcela do investimento público neste montante é de apenas 3,7% do PIB, cerca de 30% inferior a média internacional de 5,5%. Em suma, se investe menos no SUS, destinado para a maioria dos quase 200 milhões de brasileiros, do que no setor privado, o qual possuiu cerca de 48 milhões de conveniados. Os planos de saúde cresceram 50% desde o inicio do governo petista em 2003. Faturou 83 bilhões em 2011. A população conveniada ainda continua sofrendo com as filas para atendimento emergenciais, a mesma demora na marcação de consultas e o exorbitante e permanentemente aumento das mensalidades. As reclamações chegaram a tal ponto que, ano passado a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) suspendeu 56 operadoras responsávéis por 396 planos de saúde por descumprirem os contratos. O que mais impressiona são planos que giram entre R$ 50,00 e R$ 90,00, cujos contratos preveêm o envio de pacientes para a rede pública em caso de doença. O truque não é novo. Desde 1998, o SUS vem atendendo clientes do setor privado, sem qualquer tipo de compensação financeira. O quadro é alarmante. ao mesmo tempo em que aumenta a precariedade do SUS, pelos reduzidos investimentos estatais, alimenta o crescimento do setor privado, este último faz uso dos serviços prestados pelo SUS. este processo se aprofunda há quase mais de 15 anos. Diversos senadores e deputados ligados ao governo tem suas campanhas financiadas pelos planos de saúde privados.
    Um outro ataque do governo do PT à saúde pública é a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) que a presidente Dilma e ministro da educação Aloizio Mercadante pretendem implementar para privatizar os Hospitais Universitários. A partir de uma parceria com a iniciativa privada, a EBSERH vai interferir diretamente no corpo de funcionários e nas atividades dos hospitais, destruindo o seu caráter de hospital-escola, prejudicando a formação de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde, e piorando o seu atendimento, que poderá de ser gratuito. Em algumas universidades, como a UFCG, UFPR e UFAL, o movimento estudantil organizou protestos e conseguiu barrar a aplicação do projeto.
    A proposta de Dilma de trazer 6.000 médicos seja de Cuba, de Portugal ou da Espanha desrespeitando e passando por cima dos órgãos e conselhos de saúde é uma grande cortina de fumaça para esconder da população os reais problemas da saúde pública que é falta de investimento e cortes do governo na área, além da privatização do setor patrocinadas pelo próprio governo do PT. Ocorre aqui o mesmo desrespeito as leis e órgãos nacionais que o governo e a FIFA promovem com a organização da Copa, tirando, por exemplo, o direito a meia entrada dos estudantes nos jogos. As precárias condições de trabalho e baixos salários impedem os profissionais da saúde em atender de forma digna os milhões de trabalhadores brasileiros no sistema público de saúde. Não nos opomos a vinda de médicos estrangeiros desde que os critérios de revalidação do diploma sejam respeitados e que a população pobre e trabalhadora tenha a garantia de ser atendida por profissionais qualificados em condições adequadas. Mas para isso é preciso que o Governo Dilma deixe de entregar metade do Orçamento público para os banqueiros sobre a forma de pagamentos de juros da dívida pública e invista imediatamente 6% do PIB na saúde pública.
    Quero parabenizar os estudantes de medicina da UESC por terem realizado esta manifestação vitoriosa e prestar total apoio a esta luta. Devemos não só apoiar a luta dos estudantes de medicina e profissionais da saúde que se opõem a esta farsa do governo Dilma, mas estar ao lado deles, por que esta é uma luta de todos nós, trabalhadores, profissionais da saúde, por uma saúde pública, gratuita, 100% estatal e de qualidade para todos.
    Zé Roberto – Usuário do SUS, professor da rede pública estadual e militante do PSTU

  2. Zelão, diz: – “Cento e trinta dias depois!”
    …………….. NADA ACONTECEU QUE JUSTIFICASSE A ESPERANÇA DA MUDANÇA! (Triste Itabuna! Oh quanta semelhança. Esteve, estás…)

  3. Lá tem 2 computadores, conheço quem marca lá, isso é coisa de gente de azevedo que permanece no posto administrando e boicotando O Vane. Prefeito ainda tem administrador da época de azevedo sendo do contra, cota tem, mas eles marcam escondido. Mesmo pouca mas tem… acorda Vane.

  4. Concordo ele tá forjando um baixo assinado, aqui na porta da igreja a nova mulher dele tava pedindo para os fiéis assinar como se fossem pacientes do posto.

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