Tempo de leitura: < 1 minuto

Wagner fala dos confrontos na capital baiana em coletiva (Foto José Nazal).
Wagner fala dos confrontos na capital baiana em coletiva (Foto José Nazal).

A tarde de manifestações do Movimento Passe Livre em Salvador terminou em confronto de grupos e policiais militares no Campo Grande. Jornalistas e manifestantes reclamam de excessos da polícia na repressão aos manifestantes.
Os confrontos começaram no raio de dois quilômetros do Estádio Fonte Nova, a chamada “área da Fifa”, faixa que os manifestantes não poderiam cruzar. Há relatos de que o próprio Batalhão de Choque da PM “abriu espaço” para os ativistas, quando começou a “descer o malho”, com spray de pimenta e disparos. Um ônibus foi incendiado na Avenida Centenário em ação de vândalos. Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas, entre manifestantes e um policial.
O governador Jaques Wagner deve se pronunciar sobre os acontecimentos desta tarde e noite de quinta (20). Uma coletiva foi convocada para esta sexta (21), às 10h30min, no Salão de Atos do CAB.

Tempo de leitura: 3 minutos

cel foto artigoCelina Santos | celinasantos2@gmail.com

Muitas são as razões para que cada brasileiro se sinta representado no ato de protestar – e motivado a engrossar o coro do descontentamento. Obviamente que de forma pacífica, para tornar ainda mais legítima a indignação.

A Copa das Confederações segue com todas as bilionárias pompas exigidas pela Fifa, mas as imagens que ganharam o mundo são outras: o “país do samba e do futebol” mostra que já não cabe simplesmente “quebrar” e “descer até o chão” ou aplaudir os geniais dribles de Neymar. Porque essa é a nação da fantasia.
Na vida real, os brasileiros decidiram – com protestos a se agigantar por todas as regiões – que passou o tempo do show alienado de corpos sensuais sem qualquer tipo de questionamento. O grito de “vem pra rua, vem” revela a necessidade sufocada de subverter a dita ordem, para fazer os governantes verem que não cabemos mais na moldura do “lugar dos sonhos”.
Entre as tantas cenas emblemáticas dos protestos, teve especial notoriedade a de milhares de manifestantes ocupando a marquise do suntuoso Congresso Nacional. Ao tomar aquele espaço, aonde era proibido ir, o grupo parecia provar o quão hipócrita é o discurso da democracia. Afinal, o “povo”, ao menos até então, não exerce qualquer influência antes de serem tomadas as decisões mais relevantes.
Os policiais, que tantos excessos cometeram em nome de um suposto dever, certamente sabem que o efeito moral nada tem a ver com bombas atiradas sobre a multidão. Esse efeito se traduz, sim, em forma de salário digno – coisa que a maioria dos cidadãos não recebe. Manter a ordem é ver atendimento decente nos hospitais e postos – onde hoje costumam faltar até lençóis e esparadrapos.
Respeito aos cidadãos seria ver que o Estado investe para oferecer uma Educação (com E maiúsculo), ao contrário da falta de professores e de material didático suficiente para tais profissionais desenvolverem um trabalho de qualidade.
Moral é ter contrapartida de melhoria no serviço quando o transporte fica mais caro; é ver elevadores de acessibilidade funcionando de verdade, e não como meros enfeites. Mereceria até aplausos constatar que os passageiros não precisam mais se espremer depois de amargar filas enormes à espera dos coletivos.
Motivo para festa seria a liberdade de ir e vir, como apregoa nossa Constituição, sem o pavor diário de perder a vida sob a mira de um revólver. Bonito seria testemunhar uma efetiva punição para aqueles que fazem escoar milhões pelo ralo da corrupção. E não assistir à vergonhosa tentativa de tirar do Ministério Público o direito de investigar e denunciar desvios.
Leia Mais

Tempo de leitura: < 1 minuto

Multidão protesta em frente ao Palácio Paranaguá (Foto Ed Ferreira/Ag. Photossintese).
Multidão protesta em frente ao Palácio Paranaguá (Foto Ed Ferreira/Ag. Photossintese).

O ato “Reúne Ilhéus” levou, pelo menos, 4 mil pessoas às ruas centrais do município. A manifestação terminou por volta das 20h e não registrou incidentes, apesar de haver interdição, momentânea, da Ponte do Pontal, que liga o centro à zona sul.
A manifestação começou em frente ao Teatro Municipal, de onde a multidão seguiu em direção ao Palácio Paranaguá, onde pediram ao prefeito mais qualidade no transporte coletivo. Na sequência, o grupo seguiu para a Praça Cairu e Ponte do Pontal.
O vereador Ivo Evangelista foi vaiado pela multidão ao tentar participar da protesto, segundo o Photossíntese. Produtores de cacau também participaram do ato no qual fizeram críticas à anistia da presidente Dilma Rousseff às dívidas de países africanos, enquanto rejeita proposta de perdão da dívida para cacauicultores.
Jovens interditam Ponte do Pontal em Ilhéus (Foto Ed Ferreira/Ag. Photossintese).
Jovens interditam Ponte do Pontal em Ilhéus (Foto Ed Ferreira/Ag. Photossintese).

Tempo de leitura: < 1 minuto

Cinegrafista da TV Santa Cruz dispensa colete e equipamento não tem símbolo da emissora (Foto Pimenta).
Cinegrafista e equipamento sem identificação da TV Santa Cruz (Foto Pimenta).

Os ataques de manifestantes no sudeste do País a profissionais de emissoras de televisão, principalmente a Globo, levaram algumas afiliadas a terem mais cautela na cobertura dos protestos. Em Itabuna, o cinegrafista que cobria o ato nesta tarde de quinta (20) foi às ruas sem colete nem símbolo da TV Santa Cruz. A emissora é afiliada Rede Globo e pertence à Rede Bahia, da família do falecido Antônio Carlos Magalhães.
A manifestação em Itabuna foi pacífica, sem registro de ocorrência até o final do ato, por volta das 19h10min. Na semana passada, o grupo de 200 estudantes universitários e secundaristas fez críticas à cobertura da concorrente da Santa Cruz, a TV Cabrália. Hoje, dezenas ocuparam as escadarias do templo da Igreja Universal do Reino de Deus no Jardim do Ó, e fizeram críticas ao prefeito Claudevane Leite (PRB) e ao bispo Edir Macedo por meio de palavras de ordem ou cartazes.

Tempo de leitura: 3 minutos

Valéria Ettinger1Valéria Ettinger | valeria@emancipe-se.org
 

E o povo brasileiro assim o fez, quebrou os grilhões, saiu da jaula está retomando a sua liberdade de ser povo, de viver em uma democracia, de exigir o que lhes é de direito.

 
Há cerca de 10 dias escrevi um artigo falando sobre a sociedade do medo. A sociedade que se retrai, que não se une em propósitos coletivos e, assim, deixa ser vilipendiada por uma minoria de oportunistas e de demagogos que se utilizam das falácias políticas, do poder institucional e dos mecanismos de convencimento, mentirosos e sórdidos, para manterem a massa presa a diversos grilhões.
Grilhões que, desde muito tempo, já tinham sido anunciados por Rousseau em seu livro o contrato social, quando disse: “O homem nasce livre e por toda parte geme agrilhoado; o que julga ser senhor dos demais é de todos o maior escravo”[…] Mas, seguindo adiante Rosseau afirmou: […] enquanto um povo é forçado a obedecer, e obedece, faz bem, e melhor ainda se, podendo sacudir o jugo o sacode; pois, recuperando a liberdade pelo mesmo direito com que lha extorquiram, ou ele tem o direito de retomar, ou ninguém o tinha de lha tirar”. (Capítulo I – objeto do primeiro livro).
E o povo brasileiro assim o fez, quebrou os grilhões, saiu da jaula está retomando a sua liberdade de ser povo, de viver em uma democracia, de exigir o que lhes é de direito, de se fazer ouvir e poder dizer: “eu sou o titular do poder dessa Republica que se chama Brasil”.
Um som de não aguento mais, de que quero algo melhor. Um som que une jovens, adultos, velhos, brancos, negros, mulheres, heteros, homos, que une todas as tribos. Um grito de solidariedade que ecoa dos que estão lutando por direitos imediatos, por direitos que são do seu dia a dia e do seu cotidiano, mas também um grito daqueles que entendem que viver em sociedade é lutar junto, é lutar amplamente, é lutar pelo que é meu, pelo que é teu e pelo que é nosso.
Oportunistas sempre aparecerão, querendo se beneficiar ou querendo desconstruir um movimento legítimo, mas esses não podem minar o sentimento e o desejo que se extrai dessa multidão que se espalhou do Oiapoque ao Chui e que todos nesse momento, até os mais incrédulos, duros e individualistas, estão se questionando: que Brasil quero para mim e para os meus?
Leia Mais

Tempo de leitura: 2 minutos

Manifestação formou "tapete" humano na Avenida do Cinquetenário (Foto Pimenta).
Manifestação formou “tapete” humano na Avenida do Cinquetenário (Foto Pimenta).

Manifestante com ventríloquo: "Cansei de ser manipulado" (Foto Pimenta).
Manifestante com ventríloquo: “Cansei de ser manipulado” (Foto Pimenta).

A manifestação pela melhoria nos serviços públicos reuniu mais de 7 mil pessoas em Itabuna nesta quinta (20). O ato começou na praça do São Caetano e deveria terminar no Centro Administrativo Firmino Alves, mas superou as expectativas da organização.
Após a entrega de uma pauta de reivindicações na sede da Prefeitura de Itabuna, por volta das 16h, a multidão seguiu a Avenida Princesa Isabel. Na sequência, o grupo tomou a Cinquentenário cantando o Hino Nacional e gritando palavras de ordem como “Vem pra rua/Vem”. Estudantes também cantavam músicas de protesto e entoavam Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré.
Jovem exibe cartaz com um dos gritos dos manifestantes hoje (Foto Pimenta).
Jovem exibe cartaz com um dos gritos dos manifestantes hoje (Foto Pimenta).

Os cartazes falavam de mais qualidade no transporte público, mas pedia melhorias em saúde, educação, urbanismo e meio ambiente, além de protestos contra os gastos com as copas das Confederações e do Mundo.
Cartazes também criticavam “a roubalheira” e a tentativa de políticos de aprovar a Proposta de Emenda Constitucional que retira do Ministério Público o poder de investigação criminal, a chamada PEC 37.
Robenilson Torres, um dos líderes da manifestação, disse que o ato foi além das expectativas. Segundo ele, uma comissão foi formada e terá audiência com o prefeito Claudevane Leite, na próxima terça (25), pela manhã, para tratar de itens da pauta do movimento.
Cartazes de protesto lembram PEC 37 e chamam povo para a rua (Foto Pimenta).
Cartazes de protesto lembram PEC 37 e chamam povo para a rua (Foto Pimenta).

Apesar do movimento pacífico, os comerciantes da Avenida do Cinquentenário decidiram, em sua maioria, baixar as portas dos estabelecimentos, assim como na Juracy Magalhães. Comerciantes riam da ação de manifestantes que simulavam “invasão” a lojas. A reação não foi a mesma no Supermercado Meira, onde comerciários fecharam as portas do estabelecimento. O ato acabou por volta das 19h10min.
Multidão deixa a Ponte do São Caetano em direção à Cinquentenário (Foto Pimenta).
Multidão deixa a Ponte do São Caetano em direção à Cinquentenário (Foto Pimenta).

Tempo de leitura: < 1 minuto

Imagens retiradas de perfis no Facebook
Imagens retiradas de perfis no Facebook

Jovens, gente madura, seguidores de todos os credos ou de nenhum, casais e até crianças participam das manifestações populares, em Ilhéus e Itabuna. Na primeira, a concentração ocorre na Praça Dom Eduardo, símbolo maior da cidade, local onde está situado o famoso bar Vesúvio, antigo ponto de encontro dos coronéis do cacau e celebrizado no romance Gabriela, Cravo e Canela.
Em Itabuna, os protestos começaram na Praça Simão Fitterman, no bairro São Caetano, de onde os manifestantes seguem em direção à Prefeitura.
Há bandeiras de todas as cores. Não se trata obviamente de combater a elevação do preço da passagem de ônibus, que na terça-feira, 18, o prefeito Claudevane Leite, em atitude preventiva, afirmou que não iria autorizar sem antes as empresas providenciarem a melhoria do serviço.
Além da passagem, os manifestantes gritam contra a corrupção na política, exigem serviços públicos condizentes com os impostos pagos pela população e respeito a direitos básicos, como a acessibilidade nas vias públicas. Há até cartazes exigindo cinema.
Um dos alvos dos protestos é o deputado federal Marcos Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que recentemente aprovou o projeto que defende a chamada “Cura Gay”.
Em Itabuna, um cartaz exibido pela professora Valéria Ettinger, traz a seguinte mensagem: “Precisamos de direitos e não de cura”.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Fonte ligada ao Planalto informou ao PIMENTA que a presidente Dlima Rousseff cancelou a visita que faria a Salvador nesta sexta (21).
Na capital baiana, a presidente lançaria o Plano Safra do Semiárido e entregaria equipamentos e máquinas para regiões atingidas pela seca.
O cancelamento se deve às manifestações públicas no país. Há pouco, o governador Jaques Wagner foi comunicado da decisão.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Da Agência Brasil
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quinta-feira (20) que as manifestações que vêm se espalhando pelo país tiveram papel importante no adiamento da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37.
A análise da medida – que limita o poder de investigação do Ministério Público – estava marcada para o próximo dia 26. Gurgel disse que o Ministério Público (MP) recebe a notícia com “satisfação relativa” por considerar que a proposta deveria ser excluída da pauta de deliberações do Congresso.
“Não há dúvida de que terá tido influência nisso a movimentação decorrente das manifestações ocorridas em todo o país que incluíram a PEC 37 como uma das principais pautas na luta contra a corrupção”, disse Gurgel, após lançamento da publicação Ministério Público, Um Retrato.
Gurgel disse que vê no adiamento da votação da PEC 37 o entendimento da Câmara de que é necessário analisar mais adequada e profundamente a questão sem a pressa que vinha caracterizando a intenção de votar a proposta no dia 26.

Tempo de leitura: < 1 minuto

QUASE TODOS OS ENVOLVIDOS NO ASSASSINATO
DE GILBERTO ANDRADE FORAM MORTOS

GiovanniO pastor Giovanni Lopes Gagliano, ex-vice-prefeito de Aurelino Leal, foi assassinado a tiros, hoje, na região central de Santo Antônio de Jesus. O político levou seis tiros.
Giovanni chegou a ser suspeito da morte do então prefeito de Aurelino Leal, Gilberto Andrade, em 5 de maio de 2007. O pastor era vice-prefeito do município sul-baiano, assumiu o governo, mas foi preso devido às suspeitas de envolvimento.
Suspeitava-se que Giovanni teria se unido ao ex-prefeito José Augusto dos Santos Neto para matar Gilberto. Em jogo, R$ 420 mil em precatórios que José Augusto desejava receber.
O valor seria pago assim que Giovanni assumisse a vaga. Ele não chegou a ir a julgamento. Já o ex-prefeito José Augusto foi a júri popular, sendo condenado a 19 anos de prisão. Todos os criminosos apontados como executores de Gilberto Andrade foram assassinados.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Comunidade da marcha tem mais de 40 mil convidados (Reprodução Facebook).
Comunidade tem mais de 40 mil convidados (Reprodução Facebook).

Pelo menos 5,3 mil pessoas já confirmaram nas redes sociais a participação no protesto desta quinta (20), às 14h30min, em Itabuna, contra possível aumento de passagem e pela melhoria dos serviços públicos.
A organização da Marcha Unificada de Itabuna convidou cerca de 42 mil pessoas e organizações que possuem perfil no Facebook. Além dos 5,3 mil confirmados, outros 1,1 mil “talvez” participem. Será a terceira marcha do movimento de estudantes secundaristas e universitários no município.
Ontem, o movimento obteve do prefeito Claudevane Leite a garantia de que não haverá reajuste de passagem sem melhoria na prestação do serviço por parte das empresas, incluindo renovação da frota, além de pavimentação do itinerário das linhas urbanas.
A passeata sairá da Praça Simão Fitermann. Haverá ato em frente à sede da Prefeitura de Itabuna (Centro Administrativo Firmino Alves), quando organizadores pretendem entregar documento a representantes do poder local. Logo após, a manifestação seguirá em direção ao centro da cidade.