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Ao final da audiência da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa sobre o conflito em Buerarema, o presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, Aldenes Meira (PCdoB), invocou sua condição de assentado da reforma agrária e conhecedor de ambas as partes envolvidas na batalha.

Depois de ouvir o discurso do presidente da Comissão, Timóteo Brito, que negou a existência de tupinambás na região, Meira pontuou:

– Tem índios, sim, e eu conheço vários. Mas  defendo uma revisão dos cadastros da Funai para se saber quantos são realmente os indígenas e qual o tamanho da área necessária para que eles possam viver – declarou Aldenes (o critério da autodeclaração, pelo qual é índio aquele que diz ser, dificulta a execução da proposta).

O vereador também salientou a necessidade de se pagar indenizações justas aos produtores que vierem a perder suas terras. E advertiu:

– Na área desapropriada para a construção do Porto Sul, muitos pequenos produtores estão saindo com uma mão na frente e outra atrás, pois, apesar de viverem há muito tempo naquelas terras, não têm título de propriedade.

Há, como se vê, além da preocupação com os prejuízos econômicos, um receio ligado aos reflexos sociais do problema.

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