Tempo de leitura: 2 minutosMarco Wense
A tarefa mais espinhosa seria a de convencer o ex-governador Paulo Souto, do Partido Democratas (DEM), a disputar o Senado, deixando Geddel como candidato único da oposição ao PT e ao governo Wagner.
O ex-ministro Geddel, pré-candidato ao Palácio de Ondina pelo PMDB de Michel Temer, vice-presidente da República, não tem outro caminho que não seja o de oposição ao governo Dilma Rousseff.
A surpreendente filiação de Marina Silva no PSB, que tem o governador Eduardo Campos como presidenciável, leva Geddel a uma nova reflexão sobre o processo sucessório de 2014.
Antes de Marina virar outra Marina, se igualando a todos no modo de fazer política, Geddel estava disposto a apoiar o tucano Aécio Neves, obviamente do PSDB.
Em troca, como contrapartida, o PSDB, hoje sob o comando do deputado federal Juthay Magalhães Júnior, indicaria o candidato a vice na chapa do PMDB.
A tarefa mais espinhosa seria a de convencer o ex-governador Paulo Souto, do Partido Democratas (DEM), a disputar o Senado, deixando Geddel como candidato único da oposição ao PT e ao governo Wagner.
A candidatura de Campos, que agora precisa de um palanque na Bahia, assim como em outros Estados, obriga a senadora Lídice da Mata a disputar a sucessão estadual.
Lídice ainda não tomou nenhuma posição em relação ao seu futuro político. A possibilidade de sair candidata com o apoio do governador Jaques Wagner é nula. O sonho virou pesadelo.
Se Lídice não for candidata, e o DEM lançar Paulo Souto, o palanque de Geddel Vieira Lima pode alojar Eduardo Campos, Marina Silva, socialistas e marineiros.
Geddel aguarda os fatos e suas consequências com cautela. Não vai tomar nenhuma decisão atabalhoada. Uma coisa é certa: o obstinado Geddel Vieira Lima é candidatíssimo, independente de DEM, PSDB e PSB.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.