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Levantamento da União Brasileira em Defesa da Criação dos Novos Municípios (UBDCNM) indica que Maranhão, Bahia, Ceará e Pará são os estados onde mais municípios poderão ser criados depois de ter sido aprovado, na Câmara e no Senado, projeto de lei que estabelece as regras para a emancipação de distritos.

De acordo com a entidade, o Maranhão tem 32 distritos que atendem aos requisitos estipulados pelo projeto para emancipação. A Bahia tem 28, o Ceará, 26, e o Pará, 21. No total, o levantamento apontou 185 distritos em todo o país em condições de reivindicar a separação dos municípios aos quais atualmente pertencem (veja na tabela abaixo). Há ainda, segundo a entidade, uma proposta de fusão de três municípios no Rio Grande do Sul.

O levantamento serviu de base para o parecer do relator do projeto no Senado, Valdir Raupp (PMDB-RO), aprovado na última quarta-feira (16). Com a aprovação, o projeto, que já tinha passado na Câmara, teve a tramitação concluída no Congresso e agora segue para sanção ou veto pela presidente Dilma Rousseff. Informações do G1.

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vereadores pros
Socorrinho, Carmem, Carlos Coelho e Joilson Rosa deverão migrar para o novo partido

O recém-nascido Partido Republicano da Ordem Social (Pros) pode se tornar a legenda com o maior número de representantes na Câmara de Vereadores de Itabuna.

A articulação com esse objetivo é comandada pelo vereador Carlos Coelho, que acaba de deixar o DEM para assumir o comando da comissão provisória da nova agremiação.  Nos bastidores, o ex-Democratas trabalha para atrair mais três vereadores para o Pros.

As conversas estão bem amadurecidas com os vereadores Joilson Rosa (PSDC), Valter Socorrinho (PTN) e Carmem do Posto Médico (PR), e as mudanças partidárias deverão ocorrer no início desta semana.

Pelas regras da legislação eleitoral, políticos que exercem mandato têm até o dia 23 de outubro (quarta-feira) para ingressar nos partidos recém-criados, sem incorrer em infidelidade partidária.

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Menezes faleceu em setembro (Foto Alita).
Menezes faleceu em setembro (Foto Alita).

Em 2011, a Justiça determinou ao município de Itabuna que retirasse o nome de pessoas vivas de prédios e vias públicas por ser inconstitucional.

Passados mais de dois anos, a lei começou a ser cumprida somente agora, trazendo consigo uma infeliz coincidência.
Um dos prédios públicos afetados é a Escola Antônio Menezes, que passa a ser chamada de Berenice Menezes, mãe do ex-deputado.

Onde está a infeliz coincidência: a decisão judicial tanto demorou a ser cumprida que ocorreu justamente um mês após o falecimento de Antônio Menezes (confira aqui).

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Pesquisa foi feita com biscoito Oreon, nos Estados Unidos (Foto Celine Grs-Stock Xchng).
Pesquisa foi feita com biscoito Oreon, nos Estados Unidos (Foto Celine Grs-Stock Xchng).

Da Exame

Várias pesquisas já mostraram que comidas com alto teor de açúcar e de gordura causam efeitos cerebrais semelhantes às drogas. Além de confirmar essa teoria, um novo estudo americano mostrou que o biscoito da marca Oreo, considerado o favorito dos Estados Unidos, estimula o cérebro assim como os entorpecentes, ativando mais neurônios “centro de prazer” do órgão do que as substâncias alucinógenas.

A pesquisa foi realizada por alunos e um professor de psicologia da Connecticut College. Entre as razões para a escolha do Oreo para o experimento estão o fato de o biscoito ser o preferido no país, de ele ser bastante palatável para as cobaias, ter altos níveis de açúcar e gordura, e, além disso, de ser um produto muito presente no mercado de poder aquisitivo mais baixo.

Com a ajuda de ratos de laboratório, eles descobriram outro fato curioso: assim como a maioria das pessoas, os roedores preferem comer primeiro o recheio da guloseima, para depois comer o biscoito propriamente dito. Para descobrir isso, os pesquisadores colocaram os ratos famintos em um labirinto em que, de um lado, eram recompensados com Oreo e, de outro, recebiam um bolinho de arroz. Depois, os animais poderiam escolher em qual área de recompensa queriam ficar e o tempo em que ficavam por lá foi medido.

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O Bahia decepcionou a torcida, hoje, na Fonte Nova, ao ser derrotado pelo São Paulo, mesmo com o adversário tendo dois jogadores expulsos. Aloísio, ainda no primeiro tempo, fez o gol da vitória do time paulistano.

O resultado deixou o tricolor paulista mais distante da zona da degola, com 40 pontos, enquanto o outro tricolor, o baiano, namora perigosamente com a Zona de Rebaixamento, com 36 pontos.

Os dois times voltam a campo, pelo Brasileiro 2013, no domingo. Às 16h, o Bahia enfrenta o Atlético-PR, na Fonte Nova. O São Paulo encara o Inter, no Rio Grande do Sul. Confira o gol do jogo de hoje.

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DULCINEIA NA CANÇÃO, PILATOS NO CREDO

1Dom QuixoteOusarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

Em Escultura, composição gravada por Nelson Gonçalves, Adelino Moreira (1918-2009), que não se notabilizava pelos bons versos (apesar da aprovação popular) fala da mulher idealizada, “esculturada”, assim: “Dei-lhe a voz de Dulcineia/ a malícia de Frineia/ e a pureza de Maria”. Tiremos Maria desse rolo, para não pormos a mão em casa de maribondo, e fiquemos com Dulcineia e Frineia, especulando a respeito de quem sejam essas personagens. Dulcineia, com origem no D. Quixote de la Mancha (Miguel de Cervantes), está deslocada, tendo entrado na canção como Pilatos no credo, pois sua voz não era grande coisa.

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Voz que “se assemelha ao som um sino”

A única referência de que conheço sobre a voz de Dulcineia del Toboso (este é seu nome no livro) vem da pesquisadora Célia Navarro Flores, da Universidade Federal de Sergipe, colhida numa “fala” de Sancho Pança, o escudeiro de D. Quixote. Ele diz que a voz da moça “se assemelha ao som de um sino”. Talvez voz boa pra protestos de rua, em moda, mas nada muito acariciante para intimidade de lençóis e travesseiros. Parece apelação, o que, aliás, é frequente em Adelino Moreira, mau poeta, mas grande vendedor de discos. Porém, no que tange a Frineia e sua “malícia”, aí sim, ele acertou a mão.

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3FrineiaAdvogado pede “piedade para a beleza”

Frineia é descrita como prostituta de enorme beleza, a mais deslumbrante que a Grécia já vira. Diz Mariano Tudela (Biografia da prostituição) que, em Atenas, ela levava vida discreta “quase como uma mulher honesta”. Mas nas festividades de Netuno mandava ver: tirava as roupas, para delírio do público, até a última peça. É a primeira stripper da história, creio. Condenada, teve a defendê-la “o mago da oratória”, Hiperides. Este, ao sentir a causa perdida, rasgou o manto de Frineia, deixando-a como veio ao mundo, e pediu aos julgadores que esquecessem seus argumentos e tivessem “piedade para com a beleza”. De queixo caído, eles a absolveram (na foto, Frineia no Areópago, quadro de Jean-Léon Gérôme, de1861).

UMA ENTREVISTA? MAS POR QUE LOGO EU?

Estudantes me procuram, pelo telefone, com a proposta de que eu lhes dê uma entrevista. “Por que logo eu?” – me ocorre perguntar. “O senhor não é o escritor?” – ouço como resposta, e a construção da frase me deixa ainda mais encabulado. Se não me julgo “escritor”, o que dizer se me chamam “o escritor”? Senti eu algum ventinho de sarcasmo a embalar a pergunta? Não sou escritor, sou, no máximo, mediano fazedor de crônicas, a anos-luz de distância dos mestres desse gênero essencialmente brasileiro (Rubem Braga, Fernando Sabino, Drummond, para não falar em precursores, como Machado de Assis e João do Rio). Voltemos aos alunos.
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5EscritorPessoas ocupadas com o próprio umbigo

A escola, em sua confusa maneira de agir, encaminha alunos a essa fauna de cronistas, ensaístas, poetas e romancistas (vagamente chamados de escritores), suspeitando que isto facilite o aprendizado. Não sabem que estranhos animais são esses, na maioria incapacitados para tratar com jovens, cheios de má vontade com tudo que não alimente sua vaidade. Mandar estudantes à cata de escritores é imaginar que estes se interessam por aqueles, o que é ilusório. Sem compromisso social, a maioria da fauna é incapaz de ceder seu precioso tempo de “criação” para responder a perguntas. Muito ocupados com o próprio ego, deveriam pregar à porta um cartaz: “Silêncio! Gênio trabalhando!”

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Machado de Assis admitiu amar elogios

Fernando Sabino popularizou a história do escritor que vivia à cata de “um elogiozinho, pelo amor de Deus…”. Na matriz dessa maldade (?) está Nelson Rodrigues, que assistira a um encontro de Clarice Lispector com Jorge de Lima, quando este se identificou como poeta, esperou o elogio… e o elogio não veio! Teria o vate alagoano ficado muito magoado com a autora de A hora da estrela. Se isto é verdade (Nelson Rodrigues era grande criador de situações), não tenho como provar. Mas tende a ser, pois é assim grande parte da fauna. Escritores quase nunca têm a franqueza de Machado de Assis, mestre, que reconheceu: “Amo elogios. Eles fazem bem à alma e ao corpo”.

PROTESTEMOS, MAS EM LÍNGUA PORTUGUESA

7ReclameNossa mídia continua a fazer uma inquietante confusão entre reclame e reclamo, os substantivos, não os tempos verbais. A expressão campeã é “reclames da população”, mas é possível encontrar nos arquivos da internet abusos como “reclames dos trabalhadores”, “reclames do povo”, “reclames dos moradores” – e por aí vai o andor, pois o que mais se faz neste momento do Brasil brasileiro é protestar. Protestar? Pois é aí que a porca torce o rabo, como diz o outro, pois quem protesta em língua portuguesa (seja contra o tribunal lento, o vizinho chato, os maus políticos ou o alto preço do feijão) não usa reclame, mas reclamo.
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Bela interpretação, apesar dos erros

Em Três apitos (supõe-se que dedicada a Josefina, uma de suas namoradas), Noel Rosa usa bem o termo: “Quando o apito/ da fábrica de tecidos/ vem ferir os meus ouvidos/ eu me lembro de você…” – é o apito que chama os operários ao trabalho. Mais adiante, ele reitera: “Mas você é mesmo/ artigo que não se imita/ quando a fábrica apita/ faz reclame de você”. Orestes Barbosa usou tal palavra em Arranha-Céu: “Cansei de olhar os reclames e disse ao peito: ´não ames/ que teu amor não te quer´”. No vídeo, Três apitos, em bela leitura de Elizeth Cardoso e Jacob, apesar dos erros (a que, por descuido, acrescentei mais um, que cabe ao leitor descobrir). A canção está com 100 anos.

O.C.