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Ederivaldo Benedito | ederivaldo.benedito@gmail.com
Ederivaldo Benedito-foto.

Itabuna não suporta mais lamentações. Chegou a hora de dar adeus ao provincianismo e amadurecer politicamente, discutir suas questões no atacado.

Acabou a novela do Carnaval Antecipado. Espera-se agora que tocado pelo Espírito Santo, movido pelos sentimentos de cidadania, irmandade, amor ao próximo e de solidariedade, o itabunense venha, de forma organizada, ajudar Claudevane Leite a colocar o Bloco da Mudança na rua.
Itabuna não suporta mais lamentações. Chegou a hora de dar adeus ao provincianismo e amadurecer politicamente, discutir suas questões no atacado. Buscar soluções para os eternos problemas. Apresentar sugestões no papel e na prática, ao invés de apenas se queixar que as coisas estão ruins e culpar as autoridades.
Ora, o problema não é simplesmente discutir se a Prefeitura deveria ou não patrocinar a festa momesca, ou quem apoia ou não a sua realização. O desafio é: já que o prefeito, de maneira claudicante, vacilante, decidiu não promover oficialmente o Carnaval Antecipado, ele e os itabunenses que concordam a sua decisão têm a obrigação de pensar com grandeza e apresentar projetos para os eternos problemas infraestruturais de Itabuna.
O Ministério Público, por exemplo, com apoio de grupos evangélicos, líderes partidários, blogueiros e radialistas, deve apresentar urgentemente propostas para, quem sabe, intensificar o combate à violência e criar mecanismos para o enfrentamento da criminalidade no município.
Os que se manifestaram publicamente contra a festa deveriam começar a fazer mutirões para ajudar as famílias desabrigadas e campanhas de solidariedade ajudar as populações ribeirinhas e periferias, que diariamente clamam por socorro nos programas policiais das Rádios e TVs. Poderiam, também, cruzar a cidade, do São Pedro ao Jorge Amado, do Maria Pinheiro ao Santa Inês, “conscientizando à população” e alertando-a para a iminência de um “novo surto epidêmico de dengue”. Nesses bairros, cultos seriam celebrados, em memória dos nossos irmãos-conterrâneos, vítimas da violência cotidiana.

Assim, o início das aulas seria tranquilo, porque professoras e diretoras não correriam o risco de serem agredidas e ameaçadas pelos alunos. A Saúde estaria funcionando plenamente e o Hospital de Base transformado numa unidade referência em termos de atendimento. O Presídio de Itabuna estaria humanizado, com os internos e seus familiares recebendo tratamento digno; as rebeliões seriam coisas do passado.
Na Câmara não teríamos denúncias e os vereadores ocupados em elaborar projetos de alcance social. A Emasa seria uma empresa eficiente, a população receberia água regularmente e o sistema de abastecimento dinamizado. O itabunense circularia tranquilo pelo centro e bairros periféricos, todos iluminados e urbanizados.
O momento é propício para Itabuna elevar a sua autoestima, elencar prioridades, estabelecer uma pauta positiva e mostrar, na prática, a sua competência. Parar de falar de pessoas e discutir ações, projetos e programas. Sair do plano abstrato para a ação concreta, apontar novos vetores de desenvolvimento e ajudar Claudevane Leite a colocar o Bloco da Mudança na rua.
Em nome de Jesus!
Ederivaldo Benedito é jornalista e radialista.

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