Tempo de leitura: 2 minutos

Agência do BB teve a fachada destruída em reação à estratégia da polícia.
Agência do BB teve a fachada destruída em reação à estratégia da polícia.

O confronto de manifestantes com a tropa de choque da Polícia Militar em Buerarema começou na BR-101 e terminou no centro da cidade e registrou cenas de destruição. As agências do Banco do Brasil e Bradesco foram depredadas em reação às bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha disparadas pela PM contra os manifestantes.
O confronto começou por volta das 17h20min, na BR-101, e terminou cinco horas depois. Manifestantes ficaram revoltados com a ação da tropa de choque.
O vereador Elinho Almeida (PDT), de Buerarema, conversou com manifestantes e policiais e disse que ouviu de produtores e populares críticas à falta de negociação. Para o vereador, as cenas de violência registradas nas últimas horas em Buerarema ocorreram por falta de diálogo. “A polícia [Rodoviária Federal] não procurou negociar, o que gerou a violência”.
O protesto começou por volta das 10h da manhã, quando, revoltados com o assassinato do agricultor Juraci Santana, manifestantes interditaram a BR-101. A pista começou a ser desobstruída há pouco.
Um engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) vistoriou a ponte, mas liberou o tráfego na ponte parcialmente, devido ao risco de desabamento. A estrutura ficou comprometida, pois populares usaram picaretas para destruí-la. Confira imagens de Gilvan Martins de momentos do confronto em Buerarema.
Atualização à 0h16min – Um bando saqueou, há pouco, um posto de combustível na entrada da cidade. Logo em seguida, o grupo tentou atear fogo no estabelecimento.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O conflito de pequenos agricultores contra tupinambás e supostos índios, em Una, Ilhéus e Buerarema, dominou a sessão da Assembleia Legislativa da Bahia nesta terça-feira (11). Deputados que têm base no sul da Bahia, a exemplo do tucano Augusto Castro (PSDB), puxaram a discussão e cobraram ação urgente e enérgica das autoridades para por fim à guerra que incendeia a região.
Castro acusou o governo do Estado de omissão no conflito, que que se agravou nesta terça com o assassinato do líder do Assentamento Ipiranga, Juraci Santana.  “ O governo do Estado tem força política para viabilizar uma solução junto ao governo federal”, afirmou. Praticamente no mesmo momento em que ocorria a sessão da AL, o governador se encontrava em audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, solicitando a presença de efetivo das Forças Armadas na região.
Na opinião do deputado tucano, não basta enviar reforço policial para conter a revolta dos agricultores e moradores de Buerarema. Segundo ele, “é preciso encarar isso como prioridade e resolver a questão antes que mais mortes ocorram”.
Em seu discurso, Castro lembrou que a gravidade da situação é tamanha, que “até o deputado federal Geraldo Simões, que é do PT, condenou a ação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do governo petista”. As críticas ocorreram em função da retirada da Força Nacional de Segurança e da base de pacificação instalada na área de conflito.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Wagner e Eduardo Cardozo tiveram reunião tensa nesta tarde, em Brasília.
Wagner e Eduardo Cardozo tiveram reunião tensa nesta tarde, em Brasília.

A audiência do governador Jaques Wagner com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, resultou em pedido do representante baiano para que as Forças Armadas assumam o controle da segurança em Buerarema, Una e Ilhéus. Os três municípios sofrem com a onda de invasões de propriedades rurais por parte de indígenas que se autointitulam tupinambás.
Para isso, Wagner oficializou pedido de aplicação do instrumento Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Segundo a assessoria do governador, Wagner havia conversado com a presidente Dilma Rousseff sobre o GLO. O governo baiano não informou se Eduardo Cardozo aceitou o pedido.
O ministro da Justiça é tido, nos últimos dias, como persona non grata pelos pequenos produtores rurais alvos das invasões dos tupinambás.
Ao final da audiência com o ministro da Justiça, Wagner falou das disputas que resultaram na morte do produtor rural Juraci Santana:
– Repudio qualquer tentativa das partes de fazer justiça com as próprias mãos. O Brasil é uma democracia consolidada. As soluções surgirão via Judiciário e após muita negociação.
A audiência de Wagner com o ministro foi tida como tensa, principalmente pelo recuo do governo federal que permitiu aos tupinambás reinvadir propriedades reintegradas na semana passada. A morte ocorreu na região onde a Força Nacional retirou a base de pacificação, na última sexta (7).

Tempo de leitura: < 1 minuto

Tropa de Choque da PM age para dispersar manifestantes (Foto Gilvan Martins/Pimenta).
Tropa de Choque da PM age para dispersar manifestantes (Foto Gilvan Martins/Pimenta).

Uma tropa de choque com aproximadamente sessenta policiais militares tenta dispersar a multidão que interdita a BR-101 no quilômetro 526 desde as 10 horas da manhã desta terça-feira (11). A revolta começou nas primeiras horas da manhã com a execução do produtor rural Juraci Santana, em Una (acompanhe aqui).
O Batalhão de Choque usa bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes. A multidão reage à ofensiva da polícia militar. Parte dos manifestantes atira pedra contra os policiais. O objetivo é, além de liberar a pista, evitar que uma ponte seja destruída. O asfalto foi removido e havia a ameaça de uso de dinamite pelos populares.
FORÇA NACIONAL FORA
Ao contrário de outros protestos, nem a Polícia Federal nem a Força Nacional de Segurança participam das ações para reprimir os manifestantes. A Força Nacional deixou as bases de segurança na última sexta-feira (7). Uma das bases fica na região onde o produtor rural foi assassinado nessa madrugada.
O clima de revolta da população levou comerciantes a baixarem as portas ainda pela manhã. Uma parte temia onda de saques, enquanto outra mostrava-se solidária aos produtores rurais. Buerarema, Una e Ilhéus são atingidos pela disputa de terras entre produtores rurais e índios e autodeclarados tupinambás. O alvo são 47,3 mil hectares que a Fundação Nacional do Índio (Funai) diz ser dos indígenas.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Clientes da operadora Oi de telefonia fixa estão há quase duas horas sem poder fazer ou receber ligações em Itabuna. Os telefones estão mudos.
Prejuízo ainda maior para comerciantes que, também, estão impossibilitados de efetuar vendas a cartão se usam maquineta em linhas da Oi. A operadora não informa qual a razão para a pane registrada nesta tarde.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Os manifestantes estão cumprindo a ameaça feita mais cedo, em Buerarema, e iniciaram a destruição de uma ponte na BR-101, próximo ao trevo de acesso ao município. Eles protestam contra a passividade do Governo Federal na questão que envolve produtores rurais e índios e autodeclarados tupinambás no sul da Bahia.
Nesta madrugada, Juraci Santana, líder do Assentamento Ipiranga, em Una, foi assassinado a tiros (confira mais informações abaixo). Populares ameaçam usar dinamites para detonar a ponte na BR-101. Abaixo, fotos divulgadas pelo jornalista Daniel Thame em seu blog.

Manifestantes destróem ponte na BR-101, em Buerarema (Fotos Blog do Thame).
Manifestantes destróem ponte na BR-101, em Buerarema (Fotos Blog do Thame).

Tempo de leitura: < 1 minuto

Concurso da Caixa inscreve até o próximo dia 16 de fevereiro.
Concurso da Caixa inscreve até o próximo dia 16 de fevereiro.

A Caixa Econômica prorrogou até o próximo domingo (16) o prazo de inscrição em concurso público para técnico bancário, engenheiro (civil, eletricista, mecânico e agrônomo) e médico. O salário varia de R$ 2.025,00 a R$ 8.041,00.
O prazo final de inscrição seria encerrado hoje. Há pouco, a instituição anunciou o novo prazo. Uma das razões para a mudança no prazo foi a lentidão no site do Cespe, responsável pela aplicação das provas. Neste momento (15h12min, o endereço está fora do ar).
Clique aqui para acessar os editais e fazer inscrição. Tanto as provas para técnico bancário (nível médio) como para as vagas que exigem nível superior serão feitas pelo Cesp.
A inscrição para técnico bancário novo custa R$ 43,00. Para os demais cargos, R$ 74,00. A previsão é de que as provas sejam aplicadas em 30 de março.
 

Tempo de leitura: 2 minutos

marco wense1Marco Wense

 Tucanos e democratas andam assustados. Não sabem o que passa pela cabeça do temperamental Geddel Vieira Lima. O PT comemora e o PSB fica na expectativa de um “seja bem-vindo”.

O esperneio do ex-ministro Geddel Vieira Lima vai ficar para depois. Não é hora de tornar público o descontentamento com os democratas (DEM).
O presidente estadual do PMDB teve uma conduta irrepreensível durante todo processo de discussão no staff oposicionista. Jogou limpo, sem subterfúgios.
Geddel Vieira Lima não tergiversou. Desde o início escancarou sua vontade de disputar o Palácio de Ondina e ser o nome da oposição na sucessão do governador Jaques Wagner.
Por ter o entendimento e a consciência de que não poderia peitar Paulo Souto, duas vezes governador da Bahia, o peemedebista fazia a ressalva de que apoiaria o democrata caso fosse candidato.
O tempo passou. E nada de Souto dizer alguma coisa, se queria ser candidato ou não. Sequer algum sinal ou indício. O sepulcral silêncio incomodava democratas, tucanos e peemedebistas.
Geddel, com toda razão, fez chegar ao DEM sua preocupação com a frieza marmoriana de Paulo Souto. O democrata, como diria minha saudosa vovó Nair, não fazia aquilo e nem desocupava a moita.
O prefeito ACM Neto, o condutor-mor do oposicionismo, mandou dizer a Geddel que ainda estava cedo para qualquer definição, que sua cobrança era intempestiva.
Leia Mais

Tempo de leitura: < 1 minuto

Início de interdição da BR-101 Foto Gilvan Martins 11.02.14

Flagrante de Gilvan Martins mostra momento em que multidão começou a interditar a BR-101 hoje. A manifestação no município sul-baiano continua. Protesto pede solução a conflito que, hoje (11), resultou na morte de um assentado no Maroim, em Una. Juraci Santana foi assassinado a tiros, nesta madrugada, no Assentamento Ipiranga. A esposa dele, Elisângela Oliveira, confirmou que o assentado vinha recebendo ameaças. Os autores dos disparos ainda não foram identificados.

Logo após, mureta de proteção de ponte quebrada e barricada (Foto Facebook).
Logo após, mureta de proteção de ponte quebrada e barricada (Foto Facebook).
Tempo de leitura: < 1 minuto

Sintesi aponta dívida de R$ 10 milhões do município com a Santa Casa.
Sintesi aponta dívida de R$ 10 milhões do município com a Santa Casa.

A Secretaria de Saúde de Itabuna já acumula dívida de R$ 10,4 milhões com a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi). Os funcionários da entidade filantrópica enfrentam atraso de salário devido à dívida do município.
Um ofício assinado pelo coordenador do sindicato, João Evangelista, solicita à presidência do Conselho Municipal de Saúde de Itabuna (CMSI) que convoque o secretário Plínio Adry para explicar o motivo da dívida. O montante se refere ao período de dezembro de 2013 e janeiro deste ano, além de sobras de novembro do ano passado.
O Sintesi está preocupado com os efeitos dessa dívida e de problemas enfrentados pelo municípios desde o retorno da Gestão Plena (Comando Único do SUS), em novembro. Uma das propostas apresentadas por Evangelista é que seja discutida a possibilidade de o município também prorrogue o prazo para que os prestadores de serviço apresentem certidões negativas.
O presidente do sindicato, Raimundo Santana, disse ao PIMENTA que o déficit mensal após a gestão plena tem girado em torno de R$ 2,7 milhões. As despesas estão em, aproximadamente R$ 10 milhões, enquanto a receita não passa de R$ 7,3 milhões, de acordo com Santana.

Tempo de leitura: < 1 minuto

UescA Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) ainda não liberou nova chamada dos aprovados pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Pelo cronograma divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), a lista inicial deve ser divulgada hoje (11/2).
A instituição de ensino superior havia preenchido menos da metade das vagas na primeira chamada do Sisu (relembre aqui). O prazo de confirmação de matrícula para os aprovados na última chamada encerrou-se no último dia 4.
A lista de espera de aprovados em novas chamadas na Uesc será publicada no site da instituição (www.uesc.br), onde serão publicados horários de atendimento e procedimentos para a matrícula.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Produtores e populares cercam viatura da Força Nacional (Foto Gilvan Martins/Arquivo).
Produtores e populares cercam viatura da FNS (Foto Gilvan Martins/Arquivo).

Agricultores e moradores de Buerarema acabam de interditar a BR-101 no trecho de acesso ao município sul-baiano em protesto contra a onda de violência na região de conflito com índios tupinambás.
Nesta madrugada, homens invadiram a casa do agricultor familiar Juraci Santana, no Assentamento Ipiranga. O produtor foi morto a tiros. A casa foi incendiada. A esposa de Juraci teria sido baleada e está desaparecida.
– Nós estamos protestando. Eles [supostamente tupinambás] invadiram o assentamento, queimaram casa e mataram Juraci. A esposa dele sumiu – disse ao PIMENTA o agricultor Messias Souza, um dos dos pequenos agricultores expulsos de suas propriedades pelos tupinambás no ano passado.
A Polícia Rodoviária Federal tentou impedir o bloqueio da rodovia, mas o efetivo foi insuficiente para controlar a multidão calculada em, aproximadamente, duas mil pessoas. Mais exaltados tentavam destruir a ponte da BR-101 próximo ao trevo de acesso ao município, mas desistiram quando os patrulheiros rodoviários começaram a registrar as imagens.
Leia também
CONFLITO TUPINAMBÁ: AGRICULTOR É ASSASSINADO EM UNA
 

Tempo de leitura: 2 minutos

Geraldo critica ministro da Justiça, acusado de ser omisso em conflito no sul da Bahia.
Geraldo critica ministro da Justiça, acusado de ser omisso em conflito no sul da Bahia.

O deputado federal Geraldo Simões (PT-BA) culpou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pela nova onda de violência na área de 47,3 mil hectares disputada por agricultores e índios e autodeclarados tupinambás. Nesta madrugada, um agricultor do Assentamento Ipiranga foi assassinado (confira post abaixo). Juraci Santana havia relatado ao deputado as ameaças feitas por supostos tupinambás.
– O ministro recuou e retirou a base [de pacificação] que estava no limite do conflito, no Rio Cipó. Quando ele retirou, [o cacique] Babau fez três dias de festa e retomou as quatro fazendas [onde houve reintegração na semana passada] – disse Geraldo ao PIMENTA.
A base de segurança (ou de pacificação) foi desmontada menos de duas semanas após a sua instalação. O ministro, acusa Geraldo, ordenou o desmonte após audiência com Babau, em Brasília. A Força Nacional deixou a área na noite de sexta-feira (7).
O parlamentar petista foi ainda mais duro com José Eduardo Cardozo. “Ele não assume as suas funções de ministro. Quer fazer média com entidades internacionais. Devemos ao ministro da Justiça, que não controla os seus órgãos, como a Funai, a insegurança no meio rural”.
Geraldo citou as invasões e conflitos no Extremo-Sul do Estado e as novas invasões em Itaju do Colônia, nesta semana. “Na região de Pau Brasil e Itaju, [os índios] querem ampliar a reserva. Era 8 mil hectares, passou para 50 mil e agora querem 80 mil”. Para ele, Cardozo tem se eximido de suas responsabilidades como ministro.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Juraci Santana (seta) em audiência em outubro do ano passado em Brasília.
Juraci Santana (seta) em audiência em outubro do ano passado em Brasília.

Um agricultor do Assentamento Ipiranga, no Maroim, em Una, no sul da Bahia, foi assassinado na madrugada desta terça-feira (11). De acordo com as primeiras informações, Juraci Santana teria sofrido emboscada ainda em casa. Ele era líder do assentamento. A fazenda havia sido desapropriada e indenizada pelo governo federal há mais de dez anos.
A morte ocorreu na região onde, na sexta-feira (7), a Força Nacional de Segurança desmontou base de pacificação. Juraci havia relatado à Polícia Federal e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ameaças feitas contra ele por supostos caciques indígenas. As informações iniciais obtidas pelo PIMENTA não indicam a autoria do crime.
O Assentamento Ipiranga tem 40 famílias e os caciques assediavam os agricultores para que estes se tornassem autodeclarados tupinambás. Apesar do assédio, conforme testemunhas, apenas cinco das famílias aceitaram a proposta dos caciques.