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marco wense1Marco Wense

 Tucanos e democratas andam assustados. Não sabem o que passa pela cabeça do temperamental Geddel Vieira Lima. O PT comemora e o PSB fica na expectativa de um “seja bem-vindo”.

O esperneio do ex-ministro Geddel Vieira Lima vai ficar para depois. Não é hora de tornar público o descontentamento com os democratas (DEM).
O presidente estadual do PMDB teve uma conduta irrepreensível durante todo processo de discussão no staff oposicionista. Jogou limpo, sem subterfúgios.
Geddel Vieira Lima não tergiversou. Desde o início escancarou sua vontade de disputar o Palácio de Ondina e ser o nome da oposição na sucessão do governador Jaques Wagner.
Por ter o entendimento e a consciência de que não poderia peitar Paulo Souto, duas vezes governador da Bahia, o peemedebista fazia a ressalva de que apoiaria o democrata caso fosse candidato.
O tempo passou. E nada de Souto dizer alguma coisa, se queria ser candidato ou não. Sequer algum sinal ou indício. O sepulcral silêncio incomodava democratas, tucanos e peemedebistas.
Geddel, com toda razão, fez chegar ao DEM sua preocupação com a frieza marmoriana de Paulo Souto. O democrata, como diria minha saudosa vovó Nair, não fazia aquilo e nem desocupava a moita.
O prefeito ACM Neto, o condutor-mor do oposicionismo, mandou dizer a Geddel que ainda estava cedo para qualquer definição, que sua cobrança era intempestiva.

Geddel, em nome da unidade e de uma oposição coesa, recuou. Deixou a cobrança de lado e deu um cheque em branco ao chefe do Executivo soteropolitano.
O implacável tempo continuou passando. A preocupação de Geddel passou para ACM Neto. Mas Souto manteve-se no vai-não-vai, mesmo sendo pressionado pela cúpula nacional do DEM.
Poucos dias de encerrar o mês de janeiro, o enigmático Paulo Souto diz para ACM Neto que não quer ser candidato. ACM Neto conversa com Geddel.
No último dia de janeiro, Paulo Souto muda de opinião. O vai-não-vai perde o “não-vai”. O democrata diz para ACM Neto que quer ser candidato.
Geddel continua como candidato. Acredita que sem o PMDB, Paulo Souto vai terminar desistindo. Esse pontinho de esperança funciona como um amortecedor.
Tucanos e democratas andam assustados. Não sabem o que passa pela cabeça do temperamental Geddel Vieira Lima. O PT comemora e o PSB fica na expectativa de um “seja bem-vindo”.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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