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Policiais da tropa de choque entram em confronto com manifestantes. Clarão foi provocado por coquetel molotov lançado contra policiais (Foto Gilvan Martins)
Policiais da tropa de choque entram em confronto com manifestantes. Clarão foi provocado por coquetel molotov lançado contra policiais (Foto Gilvan Martins)

Juraci, ao lado do ministro da Justiça, a quem relatou que era vítima de ameaças de morte. O encontro foi em outubro do ano passado, em Brasília.
Juraci, ao lado do ministro da Justiça, a quem relatou que era vítima de ameaças de morte porque não aceitava se cadastrar como índio. O encontro foi em outubro do ano passado, em Brasília.

Sobrevivente do ataque à casa do líder do Assentamento Ipiranga, Juraci Santana, a esposa da vítima, Elisângela Oliveira, já está sob proteção policial, segundo o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa. A polícia espera que Elisângela tenha condições de identificar os criminosos que atiraram contra a residência do casal e mataram o agricultor, crime ocorrido na madrugada de ontem (11), no Maroim, em Una.
A suspeita é de que os assassinos pertençam ao grupo tupinambá que invadiu cerca de 100 das 800 propriedades da região de 47,3 mil hectares. Além de atirar contra Juraci e incendiar casa e carro da vítima, os algozes também arrancaram as orelhas da vítima, segundo relatos de testemunhas ouvidas pelo PIMENTA.
DIRETOR DO INCRA PEDE JUSTIÇA
O Assentamento Ipiranga possui 44 famílias de pequenos produtores e foi criado em 1998. Ontem, o superintendente do Incra na Bahia, Gugé Fernandes, pediu às ouvidorias agrárias regional e nacional que cobrem à Polícia Civil baiana rapidez na apuração do caso.
– O Instituto aguarda o fim das investigações pelos órgãos do sistema de Justiça e a devida responsabilização dos culpados pelo crime – cita Gugé em nota.
REFORÇO NA INVESTIGAÇÃO
Posto em Buerarema foi alvo de vandalismo e saque no final da noite de ontem.
Posto em Buerarema foi alvo de vandalismo e saque no final da noite de ontem.

O ex-delegado regional de Itabuna e atual diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin) foi acionado pelo secretário para auxiliar a equipe do delegado regional de Ilhéus, André Aragão. Maurício também se reuniu com o chefe do Comando de Policiamento Regional Sul, Coronel Reis. Inquérito foi aberto para apurar o crime.
Ontem, além da investigação, o secretário determinou a retirada de manifestantes da BR-101, interditada desde as 10h da manhã. Houve confronto de tropas da PM com manifestantes, que reagiram atirando pedras contra as bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
A multidão ficou revoltada porque não houve tentativa de negociação. “Já chegaram atirando”, diz um dos manifestantes. Quatro policiais militares foram atingidos por pedradas, mas passam bem. Um deles, identificado como Rondinelli, foi ferido no joelho. Confira notícias do confronto em notas abaixo.

4 respostas

  1. Tudo isto ocorrendo aos olhos da lei. O Ministro da Justiça deveria ter mantido a Força Nacional na zona conflituosa, o que, certamente, não teria acarretado o óbito do agricultor. E agora? Quem responderá pelo homicídio? Se fosse um agricultor, denúncia certa. Mas, como se trata de um índio….
    O que se percebe é que o Babau está com o poder nas mãos e sapateando em cima das leis. Babau e demais apoiadores deveriam estar respondendo pelas condutas praticadas e sentados, também, no banco dos réus, como ocorre com todo o cidadão que pratica conduta delituosa. E mais, responder pelos danos morais e materiais que pesam sobre os agricultores, órfãos da proteção que compete ao Estado. Babau não é índio,isto todo mundo sabe, inclusive o próprio Babau e os poderes constituídos, mas nada se faz para deter a sanha violenta do pseudo índio.

  2. Quem matou Juraci?
    Quem matou Juraci não foi apenas o banditismo travestido de movimento indígena que se consolidou na Serra do Padeiro e adjacências. Não foram os “neo-caciques” Cleido e Babau que criaram um estado marginal na zona rural de Buerarema e estão enriquecendo às custas do medo e da violência sobre pacatos pequenos produtores rurais que sempre viveram do terra. Quem matou Juraci foram as estruturas de estado – FUNAI, INCRA, MPF-ILHÉUS, PF, MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, AGU-ILHÉUS, SECRETARIA DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, GOVERNO DO ESTADO, enfim, o sangue de Juraci corre em muitas mãos, principalmente daqueles que o receberam, abraçaram e prometeram proteção e justiça. O problema agora é saber quem será o próximo Juraci e quem irá chorar a perda de mais uma vida. Resta-nos a VERGONHA de viver num estado acéfalo e etílico, onde impera o direito da força e não a força do direito, porque do contrário, o direito constitucional de propriedade seria, pelo menos, respeitado.

  3. A falta de determinação dos governantes e da “Justiça,” que protege minorias (falsos “Indios”), que não trabalharam e produziram, tomando as terras de quem as desbravou, acobertados por ideologias políticas e leis ultrapassadas estão transformando a região Sul da Bahia em um barril de pólvora, encaminhando-se para uma “guerrilha” rural e urbana, podendo se transformar numa “guerra civil” sem controle. ACORDA BRASIL, vamos valorizar o VOTO, NOSSA ARMA. que não tem sido bem utilizada.

  4. so filha de Buerarema tenho vegonha de ver essa imgens de violecia sab que um dia meu
    avó´foi um dos fundador dessa pequena cidade de Buerarema que era tão bonita que eu morava hoje sinto tristresa de saber q tantas pessoas enoseite esta sofredo um ator de crueldade por causa de políticos sem atitude perço a deus q tenha mizericodia por essas famílias q esta sofrendo.ass Reginete pena.

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