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ricardo artigosRicardo Ribeiro | ricardorib.adv@gmail.com
 

Na Bahia, a população feminina é maioria e elas representam 52% do total de eleitores. No último pleito municipal, em 2012, o número de mulheres escolhidas para governar municípios baianos cresceu 36% em comparação com as eleições de 2008.

 
Não é tão pequena a possibilidade de que o segundo posto na chapa a ser encabeçada pelo petista Rui Costa para o Governo da Bahia seja destinado a uma mulher. Há diversos motivos para que se faça tal opção, a começar pelo reconhecimento do notável papel feminino em postos de destaque na sociedade nos dias atuais. A reboque dessa constatação, vem uma série de outras razões que dizem respeito especificamente ao pleito que se anuncia.
Primeiramente, há que se considerar a existência de uma chapa de relevância considerável, liderada pela senadora Lídice da Mata (PSB) como pré-candidata ao governo, tendo ainda a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça e ex-corregedora nacional de justiça, Eliana Calmon, como postulante ao Senado. Chapa eminentemente feminina, e não são quaisquer as fêmeas que a integram.
Outro ponto a ser considerado é que a utilização do critério de gênero tira de foco o fatiamento meramente partidário da chapa majoritária. Não seria uma saída pela tangente, mas um bom argumento para esgrimir com os caciques pedetistas e pepistas, ávidos pela vice. Que tal serem bons cavalheiros e darem preferência a uma dama?
Se alguns já imaginam Marcelo Nilo (PDT) ou Mário Negromonte (PDT) ao lado de Rui Costa nas fotos de campanha, a quebra de expectativa com o “fator novo” pode gerar um bom efeito para o grupo. A sintonia com o protagonismo feminino, que tem a presidente – ou presidenta – Dilma Rousseff como paradigma nacional, certamente faria bem a Rui.
Talvez valha a pena para o grupo enfrentar os obstáculos que se colocam diante dessa opção, principalmente porque a resistência está firmada em projetos pessoais. Por outro lado, a conjuntura política e o desenho da disputa indicam que uma mulher na vice é uma boa pedida.
Na Bahia, a população feminina é maioria e elas representam 52% do total de eleitores. No último pleito municipal, em 2012, o número de mulheres escolhidas para governar municípios baianos cresceu 36% em comparação com as eleições de 2008.
Ou seja, elas vêm com tudo. E diante desse cenário uma chapa 100% masculina já nasce em desvantagem.
Ricardo Ribeiro é advogado.
 

6 respostas

  1. Querido e Companheiro Ricardo Ribeiro,
    Você deixou, ou esqueceu, de citar a Combativa Camarada Alice Portugal (PCdoB), que pleiteia a vaga de vice na Chapa de Rui Costa (PT).
    Seria um nome ótimo para, além de representar o lado feminino da política, sempre deu conta do recado nas suas lutas, desde que era funcionária da área da saúde em Salvador!!!
    Abraços amigo!!!

  2. No caso gênero não vem a ser predicado. Dilma está a confirmar isso constantemente, assim como algumas prefeitas e ex-prefeitas que insistem em
    seguir os maus exemplos dos homens.
    Afinal, não basta ser mulher…

  3. Zelão diz: – “Inverta-se a música!”
    “Um homem pra chamar de Seu. Tomara que esse homem seja Eu!”
    Em grande parte neofitas na arte de fazer política, as mulheres; descrentes da sua força numérica, dentro do universo eleitoral, mendigam e aguardam, que os homens; senhores e comandantes, encastelados no poder, reconheçam, ou não, o papel e a importância das mulheres na vida política da sociedade brasileira.
    Duas conotações jocosas, preconceituosas e machistas, se consolidaram no seio da política brasileira: – “Pobre não vota em pobre,” e “Mulher não vota em mulher.” Essa talvez tenha sido a fórmula “maquiavélica,” de isolar os dois maiores grupos populacionais, utilizada pelos homens na maioria; ricos, intelectuais e, sobretudo, machistas dominadores.

  4. Muitas mulheres empoderadas esquecem seus deveres e tiram onda de coronel machão. Muitas delas precisam aprimorar a educação, outras precisam aprender a conviver com as diferenças entre gêneros para não se perderem na dependência emocional dessas relações.

  5. A sociedade está a evoluir, hoje n cabe falar de sexo/raça p liderar processos pol. Homem/mulher o q importa é o carater da prática soc. N existe mais essa! já está no passado histórico. O feminismo foi importante um tempo; nostalgia, saudosismo neste aspecto pode estar a mostrar falta de clareza (Ou clareza em aspectos pessoais) qto às demandas da pop, da qual faço parte. Mulheres “combativas”, raivosas ( do tipo Marina etc…), q fecham as maõs em punho, dando socos na mesa….nada tem a ver com a Ser Humano de hoje. O sentimento do ser feminino é tão adoravel qto o ser masculino ( q pode tb ser tão inutil quanto).A participação da mulher é tão normal quanto natural.

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