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poluicao_sonora_12.1A poluição sonora na Avenida do Cinquentenário é assustadora. Incomoda os consumidores. Agora, imagine a situação de quem reside numa das principais artérias do comércio de Itabuna.
O advogado Matheus Augusto resolveu narrar o drama dele, de vizinhos e familiares após a decisão das lojas de azucrinar a vida dos pobres mortais. Confira:
Matheus Augusto — Residir em uma região central, coração do comércio grapiúna, tem suas vantagens e desvantagens. E, com a plena das certezas, a poluição sonora é a maior destas. O problema é que, nos últimos meses, a convivência tem se tornado insuportável. A disputa entre as lojas está fazendo com que os moradores queiram abandonar suas casas, sair correndo pelas ruas, é realmente desesperador.
A Lojas Simonetti só fazia uso de tais “atrativos” aos sábados, e, por mais inconveniente que fosse, compreendo que deveria aceitar (puxa, é só uma vez na semana, um dia atípico…). Mas agora virou bagunça. Eles simplesmente estacionam o carro de som da empresa na porta da loja (que deveria permanecer circulando) e nos obrigam a ouvir o jingle de questionável qualidade durante um dia inteiro. Ligam as 8, param as 16. Para melhorar, a Fenícia – loja da frente, concorrente direta – agora também resolveu adotar a tática, e nos obriga a passar o dia inteiro ouvindo The Best Of Pagode do Swing Baiano.
Alguns metros atrás, uma loja de móveis planejados, salvo engano a Todeschini, foi obrigada a afixar aviso informando a seus clientes que estava trabalhando com as portas fechadas, dado o barulho insuportável causado pela Magazine Luiza – Lojas Maia, do outro lado da rua.
Contactadas as empresas, pouco caso fazem de sua reclamação, alguns enrolam, dizem que resolverão a situação – Simonetti – e nada fazem. Outros são mais estúpidos, simplesmente ignoram seu pleito sem qualquer educação – Lojas Maia.
Compreendo perfeitamente a opinião de quem acha “besteira”, ou daqueles que acreditam que a saúde auditiva não merece atenção. Mas, posso garantir, está causando graves problemas no cotidiano dos moradores dessa região, muitos já com certa idade e notadamente merecedores de mais respeito e dignidade.
Não peço muito. Entendo que as lojas precisam vender mais – em que pese a discutibilidade do uso desse tipo de “tática” – e, por isso, não pretendo a total abolição da prática. Peço apenas que respeitem um determinado horário, e uma determinada quantidade de decibéis, é realmente desnecessário todo esse barulho, afinal, não somos surdos – ainda.
Todas as alegações sobreditas poderão ser conferidas na prática, a fim de que se constate a existência desse problema.

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