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Os policiais militares de Ilhéus decidiram retornar ao trabalho nesta manhã de sábado (19), após aquartelarem-se em reação à prisão do líder dos últimos movimentos grevistas na Bahia, Vereador Prisco (PSDB-Salvador). A informação foi confirmada ao PIMENTA, há pouco, por policiais e dirigentes da Associação de Policiais e Bombeiros e de Seus Familiares na Bahia (Aspra).
Ontem à noite, policiais em Ilhéus haviam decidido aderir a nova paralisação sob gritos de “Ô, a PM parou”.
Os soldados que atuam em Itabuna fizeram avaliação do movimento nas últimas horas e decidiram manterem-se em seus postos de serviço.
PASSEATA NA TERÇA
Deverá haver, na próxima terça (22), às 9 horas, passeata saindo do Jardim do Ó, centro da cidade. Segundo o soldado Wadson Andrade, dirigente da Aspra em Itabuna, a mobilização ocorrerá em todo o estado e será puxada pelos familiares dos policiais militares.
Wadson pediu aos policiais para que hajam com sabedoria. “A sociedade só está aguardando o nosso clamor. Se a gente clamar pela violência, mesmo a indireta, a culpa acaba recaindo sobre nós”, disse. Ele também informou que, independentemente da posição tomada pela Aspra em nível estadual, policiais de Salvador e Feira de Santana decidiram parar.
PARA EX-MINISTRA, PARALISAÇÃO AFETARIA PRISCO
Hoje pela manhã, a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon emitiu nota para informar que uma nova paralisação somente agravaria a situação do Vereador Prisco, que está preso na Papuda, no Distrito Federal, desde ontem à noite. Prisco foi preso na tarde de sexta (18), quando chegava a um resort no litoral norte baiano, a 70 quilômetros de Salvador.
A esposa do ex-policial e hoje vereador soteropolitano fez críticas ao modo como ocorreu a prisão. Segundo ela, 20 policiais federais, usando brucutu (máscara), armamento pesado, helicóptero e cinco viaturas, detiveram Prisco diante de suas filhas, de 10 e 12 anos. A Polícia Federal não se pronunciou quanto ao caso.
Na madrugada de hoje, a representação baiana da associação de policiais federais emitiu nota em que condenava a ação da PF. De acordo com a nota da associação, a prisão foi feita por homens da PF do Distrito Federal.

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