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Imóveis foram incendiados por familiares de bandidos em Camacan.
Imóveis foram incendiados por familiares de bandidos em Camacan.

Ricardo, o Cal, é acusado de homicídios em Camacan.
“Cal” é acusado de homicídios em Camacan.

Casas e carros foram incendiados neste domingo (7) em Camacan, no sul da Bahia, em retaliação à prisão do homicida Ricardo Santos Rezende, o Cal. Policiais civis e militares prenderam o bandido durante operação na madrugada de hoje.
De acordo com o comandante da PM em Camacan, major Rodrigues de Castro, Cal tinha contra si mandado de prisão e é suspeito de matar um idoso e uma indígena. Cal e o irmão “Veni” são apontados como autores de vários crimes no município. Veni está foragido.
Os policiais montaram cerco à casa de Cal ontem à noite e negociaram para que o bandido se entregasse. Com a resistência, os policiais decidiram invadir o imóvel, prendendo-o em seguida.
Conforme o comando da Polícia Militar, familiares do bandidos, descontentes com a prisão de Cal, iniciaram ofensiva incendiando, pelo menos, cinco casas. Carros também foram incendiados ou apedrejados entre a madrugada e o final da tarde deste domingo.
O policiamento no Bairro da Gameleira foi reforçado por causa do aumento da tensão. O bandido foi levado para o Complexo Policial de Camacan. A polícia ainda decidirá para onde encaminhar o bandido, se Itabuna ou Feira de Santana.
Criança caminha em meio a escombros de casa e carro incendiado.
Criança caminha em meio a escombros e carro incendiado.

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bahia vitória 2
Vitória e Bahia caem para a Segundona (Kibeloco).

O Bahia precisava vencer e torcer por uma derrota de Vitória e Palmeiras para permanecer na Série A. O Rubro-Negro baiano tinha missão menos espinhosa. Bastava torcer por um empate do Palmeiras para manter-se na elite do futebol brasileiro.

O Palmeiras empatou em 1 a 1 com o Atlético-PR, mas o Vitória perdeu por 1 a 0 para o Santos, no Barradão. E o Bahia também caiu ao perder por 3 a 2 para o Coritiba.

O Bahia volta para a Série B após quatro anos, enquanto o Vitória retorna após dois anos e ótima campanha na Série A em 2013, ao encerrar o campeonato na quinta colocação. O futebol baiano, ótima em público, novamente fracassa em campo.

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marco wense1Marco Wense
Quem diria, hein! João Luiz Woerdenbag Filho, conhecido como Lobão, é o mais novo guru da direita brasileira. Uma espécie de guia espiritual.
A última manifestação pró-impeachment, na Avenida Paulista, em São Paulo, deixou o músico irritado, se achando um bobo da corte: “Cadê os parlamentares? Cadê o Aécio, o Caiado? Estou pagando de otário”.
Lobão passou a tarde toda procurando pelo ainda candidato Aécio Neves, que, num vídeo postado, convocava as pessoas a ir para a rua, dando a entender que ele seria o primeiro a chegar no “Fora Dilma”.
O jornalista Paulo Nogueira, diretor do Diário do Centro do Mundo, definiu bem a ausência do tucano-mor: “Se Lobão imaginou que Aécio gastaria uma tarde ensolarada de sábado para ir a um protesto, é mesmo um otário”.
O vocalista Tico Santa Cruz, da banda Detonautas, aconselhou Lobão a cair fora do golpismo: “Se liga… Estão te deixando sozinho nessa. Já tem um monte de maluco pedindo intervenção militar e o negócio tá ficando estranho”.
Santa Cruz insinua que Lobão vai continuar como “otário” se teimar em ser o porta-voz do “Fora Dilma”: “Esses caras são bons de falar na internet, na hora de ir para as ruas ninguém aparece”.
Como não bastasse ser uma figura engraçada, até mesmo folclórica, Lobão, que já representa os engravatados da Avenida Paulista, corre o risco de ser o “Mané do impeachment”.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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radio-7489Helena Martins | Agência Brasil
Desde os anos 1970, as rádios sem fins lucrativos se multiplicaram pelo Brasil, seja como comunitárias, quando têm autorização para funcionamento, ou livres, termo que se refere àquelas que ocupam o espectro eletromagnético mesmo sem permissão legal. Desde sempre, a preocupação foi falar para públicos específicos, permitindo o debate e a discussão da cidadania.
Ainda hoje, quando o rádio para alguns se tornou coisa do passado, usar o transmissor para se comunicar é única opção para muitos grupos sociais. Para eles, é preciso valorizar a comunicação comunitária, garantindo espaço e meios para que esses veículos possam multiplicar as vozes que circulam na mídia e produzir um conteúdo que, muitas vezes, não entra na agenda dos meios comerciais.
A batalha para manter os veículos de comunicação em atividade, entretanto, é dura. As organizações apontam que as rádios e os comunicadores têm sido criminalizados. Grupos que reúnem ativistas ou veículos de comunicação comunitária, como a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), apontam dificuldades para a obtenção da outorga e criticam as restrições impostas pela Lei 9.612/98, que regulamenta o serviço. A lei proíbe veiculação de publicidade e estabelece limite de potência de 25 watts e abrangência de 1 quilômetro para a emissora comunitária.
Uma das rádios livres mais antigas e em operação no país, a Rádio Muda, desde meados dos anos 1980 funciona no interior da torre da caixa d’água da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). João Francisco*, que integra o coletivo que produz a rádio, conta que o veículo nasceu com o objetivo de lutar pela liberdade de expressão.
“É uma batalha contra grandes conglomerados econômicos, que ganham muito dinheiro com anúncios, mas também uma batalha de cunho estético-político, de fazer com que as pessoas possam se expressar livremente”, afirma.
A Rádio Muda é um exemplo de criminalização. Segundo João Francisco, já houve várias tentativas de fechar a rádio ou lacrar equipamentos. Atualmente, parte das pessoas envolvidas na produção do veículo responde a dois processos judiciais, um na área criminal e outro na cível. O comunicador reclama da situação, pois considera que a rádio não causa interferências.
“É uma rádio de baixa potência, não há dano. A gente sempre buscou transmitir em uma frequência que não era usada por outro rádio. Isso é, a gente ocupava o espaço que estava vazio no espectro e a gente fazia a nossa transmissão”, disse.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os registros de processos dos últimos cinco anos mostram que 30 entidades autorizadas como rádio comunitária foram penalizadas devido à potência e 198 devido ao uso não autorizado de radiofrequência.
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