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BB teve lonas filas de fiscais do Enem, que não encontraram nada na conta (Foto Pimenta).
BB teve longas filas de fiscais do Enem, que nada encontraram na conta (Foto Pimenta).

Fiscais e pessoal de apoio que trabalharam na edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ainda não receberam o pagamento previsto para até 15 dias após a aplicação das provas. O calote é denunciado por fiscais que atuaram nos dias de provas em Itabuna e Ilhéus. A empresa responsável pela aplicação das provas e pela seleção de pessoal para trabalhar no Enem foi o Cespe, da Universidade de Brasília (UnB).
– Pediram que fôssemos ao banco depois dos 15 dias. A gente enfrenta chuva, gasta dinheiro com ônibus e até agora nada – reclama uma mulher que trabalhou como chefe de sala do exame em Ilhéus e, temendo retaliações, prefere não ser identificada na matéria.
O PIMENTA tentou contato com uma pessoa apontada como responsável pela seleção de pessoal em Ilhéus, de nome Gilvanete. O telefone de contato foi o de uma empresa de informática. Por lá, antes que mencionássemos o motivo da ligação, uma senhora já anunciava: “aqui não tem ninguém do Enem não”.
A estimativa é de que menos de 20% do pessoal que trabalhou no Enem tenha recebido pelo serviço prestado até agora. Na última sexta, as agências do Banco do Brasil em Itabuna e Ilhéus ficaram superlotadas por fiscais e pessoal de apoio do Enem. As provas foram aplicadas em 8 e 9 de novembro. O pagamento aos profissionais deveria ter sido feito até dia 24 de novembro. O Pimenta fez contato com o Cespe, mas ainda não obteve retorno.

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