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Secagem de cacau abandona o velho estilo (Foto Prazeres da Mesa).
Secagem de cacau abandona o velho estilo (Foto Prazeres da Mesa).

Quase 30 anos após a derrocada da lavoura cacaueira em um ambiente que combinou preços internacionais baixos e surgimento da vassoura-de-bruxa, produtores sul-baianos estão dando a volta por cima apostando em cacau fino e produção de chocolate com alto teor de cacau. A virada de página é tema de reportagem da revista especializada Prazeres da Mesa, da Editora 4Capas.

Os produtores conseguem até mais que 5,5 mil dólares por tonelada de cacau gourmet ante os 3 mil dólares do cacau comum, reforça a publicação. Para chegar lá, houve muita ousadia, como conta a Prazeres da Mesa.

“Em 2010, quando levou suas amêndoas de cacau para competir no Salão do Chocolate, em Paris, o fazendeiro baiano João Tavares foi obrigado a engolir a prepotência dos adversários. “Os brasileiros eram considerados produtores de cacau ordinário”, diz. Mas foi ele quem riu por último – faturou um dos prêmios Cocoa of Excellence. “No ano seguinte, voltei lá e ganhei de novo, só para não deixar dúvida.”

Tavares também inovou com a criação de cochos redondos para fermentação de cacau. “Nos cochos quadrados convencionais, a temperatura nunca é a mesma no centro e nos cantos. Quando notei isso, inventei os modelos cilíndricos e fui chamado de louco”. 70% da produção de cacau de Tavares é, hoje, classificada como de altíssima qualidade e 40% das amêndoas são exportadas para três países, dentre eles Bélgica, famosa pelos seus chocolates.

Há produtores que investem em produção de chocolates finos. Além de cooperativas – a Agroindustrial de Cacau Fino é uma delas -, há exemplos como dos produtores, como Diego Badaró, precursor deste movimento, Leandro Almeida, da Mendoá, e Henrique Almeida, da Sagarana, que conta com 30 pontos de venda na Bahia, São Paulo e Brasília.

Do mix da Sagarana, um tablete de 40 gramas custa R$ 16,00. Mas parte da produção ganha a marca Babette, empresa baiana do belga Laurent Rezette. Com até 67% de cacau, a Babette será comercializada em grandes do varejo mundial, como Carrefour e Walmart.

Uma resposta

  1. tem uns comentários… que parece conversa de adolescente. O que a região precisa é pessoas com atitudes e empreendedora como os exemplos citados na reportagem. e parabens pela iniciativa. Porque Sucesso só vem com trabalho.

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