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adroaldo almeidaAdroaldo Almeida | adroaldoalmeida@hotmail.com

Não há uma crise de representação, nem política tampouco de governo. Existe o fim de um jeito e de uma maneira de tomar decisões. Não há destreza política necessária nem arranjo legal para a conveniência dos representados. Um tempo se acabou.

Agora em março de 2015 completamos 30 anos de democracia ininterrupta no Brasil. No mês passado, o PT fez 35 anos de existência e a Constituição Brasileira já tem mais de 26 anos e 85 emendas.

A nossa democracia ainda é jovem e sobrevive num arranjo que mantém atores expressivos dos tempos da ditadura em todos os setores dos poderes, sobretudo no parlamento, mas também no Executivo e no Judiciário. Ainda sobrevivem práticas, regulamentos e líderes do passado autoritário, um arremedo de concertação política que contamina um futuro de melhor representação popular e gestão democrática.

Entretanto, formal e tecnicamente, tudo está funcionando. Existem debates e produção de leis no Congresso, o Judiciário exara decisões, o Governo toca grandes obras, a Imprensa denuncia diuturnamente, a Polícia tem investigado e o Ministério Público denunciado crimes, inclusive com prisões de alguns maiorais tanto da política como dos detentores da riqueza.

Todavia, há uma tensão política que se agrava, vai para as ruas e pode tornar-se enfrentamento social. Mas, não é novidade, ocorreu em 1998 no tempo de FHC; em 2005, com Lula e nas manifestações de junho 2013. Então, o que está acontecendo e qual a saída menos dolorosa?

Parece-nos, apressadamente, que a resposta está no sistema e no modelo. O exercício dos poderes na democracia que temos está muito distante do povo, que, percebendo isso, cansou e resolveu mudar. As formas de gerir o Estado e distribuir o poder chegaram ao limite, estão esgotadas, finalizadas e exauridas. Não se trata apenas de corrupção numa empresa. Não há uma crise de representação, nem política tampouco de governo. Existe o fim de um jeito e de uma maneira de tomar decisões. Não há destreza política necessária nem arranjo legal para a conveniência dos representados. Um tempo se acabou.

Como membro ativo da legenda, ainda no calor da hora, entendo que o PT ainda é o partido legitimado para liderar essa nova jornada, por ser de massas, popular e democrático internamente, mas precisa se reerguer, levantar bandeiras e gritar nas ruas. Unir a sociedade não necessariamente para suas teses, mas para enxergar a virada no tempo histórico que se apresenta: Uma Constituinte Exclusiva, fora de Brasília e do Congresso, para a reforma dos Poderes, todos eles, Executivo, Judiciário, Legislativo e seus suplementares e complementares, o Ministério Público e a Polícia.

Um novo tempo, uma nova ordem.

Adroaldo Almeida é advogado e ex-prefeito de Itororó pelo PT (2009-2012).

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Protesto em Itabuna ocorreu na Avenida do Cinquentenário.
Protesto em Itabuna ocorreu na Avenida do Cinquentenário.

Eleitores pedindo o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, e palavras de ordem contra o governo e o PT marcaram as manifestações pelo país neste domingo (15). Entre 2 mil e 2,5 mil pessoas participaram do ato em Itabuna.

A concentração, no Jardim do Ó, começou por volta das 14h30min, seguida de passeata pela Avenida do Cinquentenário, puxada por minitrios e políticos que se posicionaram pela eleição de Aécio Neves em 2014. A avaliação é que o evento atingiu as expectativas no município.

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Colo-Colo perdeu muitos gols - e o jogo - para o Vitória (Foto José Nazal).
Colo-Colo perdeu muitos gols – e o jogo – para o Vitória (Foto José Nazal).

O Colo-Colo perdeu de virada para o Vitória, há pouco, no Estádio Mário Pessoa, em Ilhéus. O Tigre Ilheense abriu o placar, aos 45 minutos do primeiro tempo, com Joadson. Era a esperança de ir para Salvador com a vantagem do empate para avançar às semifinais.

Não deu.

Neto Baiano deixou tudo igual aos 11 minutos do segundo tempo em um rebote. Ele virou para o Rubro-Negro, aos 45 da etapa final. Agora, o Colo-Colo terá que vencer o Vitória por dois gols de diferença para assegurar vaga na próxima fase. O jogo será às 18h30min, sábado (21), no Barradão, em Salvado.

O jogo teve público abaixo do esperado: 2.717 torcedores e renda de 62.005,00. O ingresso para a geral saltou para R$ 20,00 e R$ 40,00 a arquibancada.

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Grupo Crumatá faz show em Salvador neste domingo.
Grupo Crumatá faz show em Salvador neste domingo.

Um show com repertório variado e de qualidade é a promessa do Grupo Crumatá para este domingo (15), a partir das 18 horas, no Bar Tolha da Saudade (Batatinha), no Largo dos Aflitos, em Salvador.

O grupo tem conquistado o público que adora o som genuíno brasileiro, numa mescla de samba, bossa nova, chorinho e samba de roda. O Crumatá é formado por Maira Guedes (vocal), Zé Livera (harmonia, cavaquinho, viola, violão e vocal), Rodrigo Soares (violão de sete cordas) e Dadi Andrade (bateria e percussão),

O espetáculo no Toalha da Saudade reunirá convidados grapiúnas e soteropolitanos. As participações especiais anunciadas são as de Aline Lobo e Vercia Gonçalves (vocais) e João Paim (percussão).

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"Lista do Swissleaks" tem nome de barões da mídia e jornalistas brasileiros (Reprodução).
“Lista do Swissleaks” tem nome de barões da mídia e jornalistas brasileiros (Reprodução).

Da Agência Brasil

Matéria publicada ontem (14) no jornal O Globo informa que na lista dos 8.667 brasileiros que, em 2006 e 2007, tinham contas numeradas no HSBC da Suíça aparecem donos, diretores e herdeiros de veículos de comunicação, além de jornalistas. A Receita Federal está de olho na relação de nomes e já informou que continua trabalhando com o objetivo de aumentar as medidas de cooperação internacional necessárias para obter de autoridades europeias a lista oficial e integral dos contribuintes brasileiros suspeitos de ter contas na subsidiária do banco HSBC na Suíça.

O caso que está sendo chamado de SwissLeaks, em alusão ao WikiLeaks, que publica em sua página na internet dados de governos e organizações que considera de interesse dos cidadãos. A lista do HSBC foi divulgada pelo International Consortium of Investigative Journalism (Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo) e pode indicar fraude fiscal.

A matéria é baseada em levantamento feito pelo próprio jornal, em parceria com o portal UOL, pertencente ao Grupo Folha, com base em documentos oficiais que foram vazados pelo ex-funcionário do banco, Hervé Falciani. A investigação jornalística é comandada pelo ICIJ, sigla em inglês para Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.

De acordo com o jornal, há ao menos 22 empresários do setor e sete jornalistas brasileiros entre os correntistas do HSBC suíço.

Na lista, divulgada pelo jornal, constam os nomes de proprietários do Grupo Folha. Tiveram conta conjunta naquela instituição os empresários Octavio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho já falecidos. Luiz Frias, atual presidente da Folha e do UOL, aparece como beneficiário da mesma conta, criada em 1990, e encerrada em 1998.

Integrantes da família Saad, dona da Rede Bandeirantes, também tinham contas no HSBC na época em que os arquivos foram vazados. Constam entre os correntistas os nomes do fundador da Bandeirantes, João Jorge Saad e da empresária Maria Helena Saad Barros, também falecidos, e de Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet, filho e sobrinha de João Jorge.

Outro nome que aparece na lista obtida pelo jornal é de Lily de Carvalho, viúva de dois jornalistas e donos de jornais, Horácio de Carvalho, ex-proprietário do Diário Carioca, e Roberto Marinho, dono das Organizações Globo. Os dois estão mortos. Lily de Carvalho morreu em 2011.

Na lista do jornal consta ainda Luiz Fernando Ferreira Levy (1911-2002), que foi proprietário do extinto jornal Gazeta Mercantil, e integrantes do Grupo Edson Queiroz, dono da TV Verdes Mares e do Diário do Nordeste. Constam na lista do HSBC, Lenise Queiroz Rocha, Yolanda Vidal Queiroz e Paula Frota Queiroz. Edson Queiroz Filho, que morreu em 2008, também surge como beneficiário de uma das contas.

O jornal revela ainda que na lista estão Dorival Masci de Abreu (morto em 2004), que era proprietário das rádios Scalla, Tupi, Kiss, entre outras, e João Lydio Seiler Bettega, dono das rádios Curitiba e Ouro Verde FM, no Paraná.

O levantamento de O Globo e do UOL indica ainda Fernando João Pereira dos Santos, do Grupo João Santos, da TV e da rádio Tribuna (no Espírito Santo e em Pernambuco) e Anna Bentes, que foi casada com Adolpho Bloch (1908-1995), fundador do antigo Grupo Manchete.

O apresentador Ratinho (Carlos Roberto Massa), dono da Rede Massa (afiliada ao SBT no Paraná), foi outro que teve conta no HSBC da Suíça. A lista inclui ainda Aloysio de Andrade Faria, do Grupo Alfa (Rede Transamérica) e sete jornalistas: Arnaldo Bloch (O Globo), José Roberto Guzzo (Editora Abril), Mona Dorf (apresentadora da rádio Jovem Pan), Arnaldo Dines, Alexandre Dines, Debora Dines e Liana Dines. Finaliza a lista divulgada pelo O Globo, o radialista Fernando Luiz Vieira de Mello (1929-2001), ex-rádio Jovem Pan. Alberto Dines, pai de quatro dos jornalistas citados, informou que três dos seus filhos moram há anos no exterior e não são obrigados a declarar ao Fisco brasileiro.

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Empresários e representantes de instituições como Rotary Clube e sindicatos promovem neste domingo (15), às 9 horas, a Marcha contra a Corrupção. O ato se descola do movimento de pedido de impeachment presidencial, marcado para as 15h em todo o país.

A marcha ilheense se concentrará na Praça Dom Eduardo (Catedral de São Sebastião) e sairá em caminhada até o Ministério Público Federal, na Cidade Nova, onde os participantes pretendem entregar documento de apoio às investigações contra a corrupção no país. O documento também apoia as ações da Polícia Federal e da Justiça.

– Estaremos marchando não para pedir impeachment, mas para apoiar quem realmente quer investigar a punir os culpados de desvios de verbas públicas – diz Clóvis Junior, empresário do setor de material de construção e ex-dirigente da Câmara de Dirigentes Lojistas(CDL) de Ilhéus.

Além da CDL, Rotary Clube, sindicatos, empresários e associações estão envolvidos na organização do movimento, que é aberto. Ciro Zatele, apresentador do programa Cidade Informe e editor de site homônimo, considera importante “que todos participem; independente de partido religião ou classe social, pois a corrupção atinge a todos, em um país que tanto precisa de saúde, educação e segurança pública”.