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marco wense1Marco Wense

Duas perguntas são pertinentes: 1) o instrumento da delação premiada só vale para o PT, PMDB e o PP? 2) Por que as doações ao PSDB não são consideradas como propinas?

Concordo com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em relação ao projeto de Lei que visa punir – com perda do registro – os partidos políticos que receberam ou venham receber recursos ilegais ou derivados de corrupção.

Vou mais longe: tem que cassar o mandato dos candidatos que recebem dinheiro sujo, deixando-os inelegíveis para o resto da vida. O dito cujo tem que ser execrado da vida pública.

O engraçado é que pela Operação Lava Jato, o PT e o PSDB, só para citar duas legendas, já teriam seus registros cancelados, sem falar no que vem pela frente com a instalação da CPI do SwissLeaks – HSBC.

Com contas secretas na Suíça, famosos e conhecidos brasileiros doaram dinheiro a candidatos do PSDB, PT, PSDC, PV, PMDB, PSC, DEM, PP, PROS, PTB, PRB e PSB. Pelo andar da carruagem, vamos ficar sem partidos.

E mais: levantamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que as empreiteiras investigadas pela Lava Jato doaram aos diretórios nacionais do PT e do PSDB valores equivalentes.

Duas perguntas são pertinentes: 1) o instrumento da delação premiada só vale para o PT, PMDB e o PP? 2) Por que as doações ao PSDB não são consideradas como propinas?

Com efeito, veja o que disse o doleiro Alberto Youssef sobre a conhecida Lista de Furnas: “Aécio Neves levava US$ 100 mil por mês”. Vale ressaltar que o esquema durou quase todo o governo FHC.

O telhado do tucano e ex-presidenciável Aécio Neves é de vidro. Quem tem rabo preso é desprovido de credibilidade. Não passa de um simulacro de “paladino da moralidade”. Um falso moralista.

A presidente Dilma Vana Roussef tinha razão quando disse que não ia ficar “pedra sobre pedra”. E as pedras maiores são o PT e o PSDB.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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