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marco wense1Marco Wense

Aquele Félix Júnior que andou declarando que queria o PDT crescendo com “honra e de forma independente” escafedeu-se. Empurra o partido para ser bengala do tucanato na sucessão municipal.

O deputado federal Félix Mendonça Júnior, presidente estadual do PDT, precisa tomar uma posição em relação ao processo sucessório de Itabuna, se a legenda vai ou não ter candidato próprio.

O parlamentar emite sinais de que o PDT ficará fora da disputa, que o partido, hoje aliado do prefeito soteropolitano ACM Neto, caminha para apoiar o tucano Augusto Castro (PSDB).

Se Félix Júnior acha que o melhor caminho para o PDT é o de papel de coadjuvante na eleição de 2016, tudo bem. Inaceitável é a falta de clareza diante de uma situação que exige certa urgência.

Aquele Félix Júnior que andou declarando que queria o PDT crescendo com “honra e de forma independente” escafedeu-se. Empurra o partido para ser bengala do tucanato na sucessão municipal.

O presidente do brizolismo baiano caminha na contramão. O PDT não pode se distanciar do eleitorado e, muito menos, destruir sua identidade para ser apêndice de outras legendas.

Félix é ele. O PDT que se dane. Que pelo menos seja sincero com o médico Antonio Mangabeira: “Olhe doutor, é melhor o senhor procurar outra legenda”.

Félix, de olho nos seus interesses políticos, vai terminar jogando fora a oportunidade de o PDT de Itabuna ter um candidato que representa a tão sonhada e imprescindível renovação política.

Nos bastidores, até os possíveis adversários reconhecem que Mangabeira é o candidato mais preparado para concorrer à sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB).

Não tenho nenhuma dúvida que o PDT, se não tiver candidato próprio, vai cair no colo de Augusto Castro, junto com o DEM e o PMDB.

JEITINHO BRASILEIRO

O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou a proposta de constitucionalizar a permissão para que as empresas financiem as campanhas políticas.

O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), através de uma manobra sorrateira, quebrando um acordo anterior, conseguiu recolocar em votação o financiamento.

Com 330 votos a favor, agora é permitido que as doações sejam repassadas aos partidos, que fica com a nobre função de distribuir os valores com os candidatos.

O jeitinho safadinho-descaradinho-brasileiro foi assentado na emenda do deputado Celso Russomano (PRB), aquele que é conhecido como o “Defensor dos Consumidores”.

O é dando que se recebe em dobro vai voltar com toda força. O melhor negócio do mundo, depois da institucionalização do toma-lá-dá-cá, é ser dirigente partidário.

Que país é esse? Que país é esse? Saudoso Renato Russo.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

2 respostas

  1. Marco Wense
    Vc não acha que está muito “bandeirosa” esta defesa de um candidato que a esta altura do campeonato nem partido tem? Vc não tem medo do ridículo? Mangabeira está na dele, mas vc é colunista politico. Pense bem.

  2. Não sei porque o articulista encerra o seu artigo citando um pensamento do falecido Renato Russo? Afinal esse jogo político que sempre existiu e é péssimo para o país, não foi em muito alargado e praticado desde o governo Lulalau? Por que nesse tempo ele não escrevia artigos dessa natureza? Seria porque ele era também beneficiado?

    Fica a pergunta?

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