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Jabes anunciará corte de salário de comissionado (Foto Pimenta).
Jabes anunciará corte de salário de comissionado (Foto Pimenta).

O prefeito Jabes Ribeiro anunciará, na próxima terça (4), o corte de até 20% dos salários dos servidores que ocupam cargo de confiança. A intenção da medida é tentar sensibilizar os sindicatos de que o seu governo está cortando gastos e, assim, evitar reajuste salarial.

Os servidores não recebem reajuste desde 2012. Assim que assumiu – e sempre alegando impedimento por causa dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, Jabes peitou servidores e negou reajustes, mesmo enfrentando quase três meses de greve dos professores e paralisações gerais.

Na quinta (3), o prefeito chegou a anunciar, em coletiva, a realização de concurso público, mas informou que, para isso, terá de demitir centenas de servidores não estáveis admitidos na década de 80.

O anúncio, aliás, tem levado trabalhadores ao médico. Ontem (4), um servidor do Setor de Compras deu entrada no pronto-socorro. Colegas disseram que a queda da pressão foi causada pela notícia dada no dia anterior.

Ainda na quinta, era visível o semblante abatido de funcionários que acompanhavam o ato e que podem ser atingidos pela medida.

O prefeito se diz “sozinho” no esforço de poupar a demissão desses trabalhadores, que somam mais de 30 anos de casa. Acusa ainda os sindicatos dos servidores (Sinsepi) e dos professores (APPI) de não querer negociar a permanência destes e ainda exigir a realização de concurso público, o que, segundo ele, é impossível com a atual situação da folha de pagamento, que extrapola o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

ESTRATÉGICO

Quem transita pelo Palácio Paranaguá, aposta que Jabes não levará a cabo esse plano. A estratégia, acreditam, é tensionar com os sindicatos ou até mesmo tentar deixar sobre eles a responsabilidade pelas virtuais demissões, que causariam incontáveis processos de indenizações e judiciais.

Uma resposta

  1. Caro Editor,

    Jabes não levaria mesmo a cabo essas demissões, pois a maioria desses funccionários foram conttratados nos governos deles no passado, quer dizer a maioria seus afilhados.

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