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Marco Wense

marco wense1O PSD do senador Otto Alencar, em uma articulação de cima para baixo, vai convidar Azevedo para disputar a sucessão municipal pelo partido. A cúpula estadual acha que o candidato do DEM é Fernando Gomes.

Outro detalhe é que uma chapa puro-sangue, com Fernando e Azevedo, criaria problema com o PMDB e o PSDB. Peemedebistas e tucanos vão disputar a indicação do vice.

Não acredito em nenhum rompante de rebeldia por parte do Capitão. Nos bastidores, o comentário é de que o ex-alcaide não teria coragem de romper com Fernando Gomes, o DEM e, por tabela, com ACM Neto.

GERALDO, VANE E OS EVANGÉLICOS

geraldosimoes3O ex-deputado Geraldo Simões, um dos fundadores do PT na região, não pode mais criticar o governo do prefeito Claudevane Leite, sob pena de se indispor com o PCdoB.

A legenda é co-responsável pelo lado bom e ruim da administração. Além de Wenceslau Júnior, vice-prefeito e secretário de Planejamento, o partido tem vários cargos de confiança.

Geraldo precisa se aproximar do prefeito Vane. Não à toa que defendeu, no encontro dos prefeituráveis, sob o comando de Roberta Oliveira e Maria Antonieta, o carnaval para evangélicos.

O ex-prefeito sabe que essa aproximação com o chefe do Executivo, bem como um entendimento com o PCdoB, viabiliza sua candidatura perante o governador Rui Costa (PT).

Adversários de Geraldo Simões já vasculham fotos do petista com a presidente Dilma Rousseff. O ex-prefeito de Itabuna tem pela frente a última oportunidade de sobrevivência política. O último suspiro.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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cacau cabrucaO valor do hectare em áreas de cabruca, no sul da Bahia, saltaram de uma média de R$ 6 mil para R$ 20 mil depois do decreto que permite o seu manejo, segundo Milton Andrade Júnior, presidente do Sindicato Rural de Ilhéus.

Milton está esperançoso, segundo contou à coluna Tempo Presente (A Tarde), editada pelo jornalista Levi Vasconcelos. Para ele, o que faltaria pra lavoura decolar novamente são investimentos, dinheiro para custeio e saldar as velhas dívidas da lavoura.

O caminho não é curto, fácil.

Também não foi assim fácil a luta para que este decreto saísse, permitindo o manejo. Após sua publicação, tanto Juvenal Maynart, superintendente da Ceplac na Bahia, tido como mentor da ideia, como produtores comemoraram.

O manejo permite que madeiras sejam comercializadas, desde que haja compensação, com plantio de novos exemplares, tudo controlado. Seja como for – e como mostra a coluna -, os produtores ganharam uma senhora garantia bancária para até recuperar a produtividade.

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Tipos de equipamentos de segurança para bebês e crianças.
Tipos de equipamentos de segurança para bebês e crianças.

No primeiro semestre deste ano, uma criança morreu a cada dois dias nas rodovias federais de todo o país. Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atribui parte das mortes à falta de equipamentos de segurança, como bebê conforto, cadeirinha, assento de elevação e o cinto de segurança.

De acordo com o policial rodoviário Diego Brandão, é comum flagrar motoristas trafegando com crianças sem os equipamentos exigidos por lei. Ao serem flagrados em blitz, alguns condutores acham que não há necessidade do uso de equipamentos de segurança para proteger as crianças, outros alegam que ocupa lugar no carro e ainda há os motoristas que não usam por falta de conhecimento, segundo o policial.

– Esses equipamentos são desenvolvidos com base na massa muscular da criança, da dinâmica de projeção em um acidente. Eles fazem com que a criança não saia da proteção do assento, limitando o deslocamento do corpo, e dão a segurança para que ela não seja arremessada para fora do veículo.

O Código de Trânsito determina que crianças com menos de 10 anos de idade devem ser transportadas nos bancos traseiros. Para o transporte de crianças com até um ano de idade, deve ser usado o bebê conforto. Com mais de um e até quatro anos, deve-se usar a cadeirinha. Já o assento de elevação, deve ser usado por crianças entre quatro anos e sete anos e meio de idade.

A multa prevista pelo não uso de equipamentos de segurança é R$ 191,54, além da perda de sete pontos na carteira e da retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.

Para o vendedor Eduardo Reis, pai de duas crianças, de dois e seis anos, o espaço que os equipamentos ocupam no carro não é desculpa para andar sem eles. “A segurança dos meus filhos é o mais importante”, diz.

Desde 2010, quando o uso dos equipamentos como a cadeirinha começou a ser fiscalizado, a PRF já autuou quase 60 mil condutores de motos e carros transportando crianças de forma irregular. Só neste ano, o número já passa de 11,6 mil infrações. Em 2014, foram 12.550 autuações. Informações da Agência Brasil.

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

 

Serra atrapalhou-se numa reunião com aliados quando falou sobre aborto: “Eu nunca disse que sou contra o aborto, até por que sou a favor.” Em seguida, inverteu: “Eu nunca disse que sou a favor, até por que sou contra.”

 

Nas fogueiras das vaidades, alguns atos falhos podem deixar egos incomodados. Começo com o “escorrego” do então presidente da CDL, Carlos Leahy, numa das inaugurações de obras na rua Paulino Vieira em Itabuna. Com o microfone, Leahy se dirigiu ao prefeito Geraldo Simões e soltou a voz: “Minha saudação, prefeito Fernando Gomes.”

Para quem não sabe, Fernando, ex-alcaide, era ferrenho adversário de Geraldo. Orador e prefeito se avermelharam. O público se dividiu entre o riso e a indignação.

Ato falho maior foi cometido pela deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP). Durante campanha da correligionária Marina Silva à Presidência da República, afirmou que estava fazendo a campanha de Dilma.

“Tenho feito a campanha da Dilma na periferia de São Paulo”, disse em debate promovido pela CNBB.

Questionada sobre o equívoco que acabara de cometer, negou que tivesse pronunciado Dilma, mas em seguida admitiu: “Foi ato falho”. O erro teria menores repercussões caso a deputada não fosse a coordenadora-geral da campanha de Marina.

Já o candidato à presidência José Serra, atrapalhou-se numa reunião com aliados quando falou sobre aborto: “Eu nunca disse que sou contra o aborto, até por que sou a favor.” Em seguida inverteu: “Eu nunca disse que sou a favor, até por que sou contra.”

Já o ex-governador Paulo Egídio (SP) cometeu gafe que seria cômica, não fosse o momento resultado de uma tragédia. No enterro do piloto de Fórmula -1 José Carlos Pace, morto em acidente aéreo, declarou: “Lamento que ele tenha morrido longe das pistas.”

O senador Ronaldo Caiado também cometeu ato falho durante sabatina ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O assunto foi o projeto que prevê anistia para crimes de evasão de divisas e sonegação fiscal para quem optar por trazer o dinheiro de volta ao Brasil.

Caiado “se entregou feio” ao pedir pressa à PGR, pois os eleitores dele querem saber se a multa tributária seria a única punição para este crime.

Marival Guedes é jornalista e escreve crônicas aos domingos no Pimenta.