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Jaciara Santos PrimoreJaciara Santos | jaciarasantos@primoreconsultoria.com.br

 

Precisamos perceber as pessoas que estão à nossa volta, pois nos envolvemos em demasia com nossas “vidas”, com nossos “problemas”, com nossas “situações”, com nossos umbigos…

 

 

“Fazei o bem sem olhar a quem”. É uma frase muito conhecida, mas ajudar as pessoas simplesmente por ajudar é uma situação cada vez mais escassa numa sociedade onde o jogo de interesses e o individualismo são atitudes cada vez mais rotineiras.

Hoje, alguns desconfiam quando temos uma atitude ajudadora e despretensiosa. Porque o “normal”, geralmente, é haver pessoas necessitando de ajuda ao nosso lado e nem percebermos.

No supermercado, semana passada, fui mais uma vez surpreendida com uma limitação que os meus 1,65m de estatura me proporciona. Tentei pegar um produto numa prateleira alta. Tentava,incansavelmente, sem obter sucesso. De repente, um senhor se aproximou e eu já ensaiava um agradecimento por seu auxílio, com sua atitude generosa, porque já imaginava a situação que viria a acontecer, mas…

Aquele simpático senhor pegou quatro produtos dos que eu queria apenas um e saiu para colocá-los em seu carrinho. Fiquei chocada, arrasada com aquela atitude Nem tive ação para pedir ajuda, pois pensei que ele havia acompanhado minha labuta e que teria se aproximado para me ajudar.

Enfim, rodei com o carrinho buscando outros produtos que precisava, até encontrar um funcionário do estabelecimento, o qual me auxiliou.

Essa situação fez-me lembrar de uma propaganda em que ocorre algo parecido, mas, em minha visão devaneadora, pensei que aquela situação só acontecia na TV.

Creio que aquele cidadão nem notou todo meu esforço e dificuldade. Precisamos perceber as pessoas que estão à nossa volta, pois nos envolvemos em demasia com nossas “vidas”, com nossos “problemas”, com nossas “situações”, com nossos umbigos… E acabamos por esquecer os que estão perto de nós, ao nosso redor.

Preocupemo-nos em fazer o bem e ter um olhar mais atento, pois a vida é uma corrente em que ajudar o outro só nos faz bem.

Jaciara Santos é coach pessoal e profissional.
www.facebook.com/jaciarasantoscoach

7 respostas

  1. “Mais importante que o amor é a gentileza” disse o velho Fiódor Dostoiévski.
    A gentileza é um exercício para o amor. Porque amor é construção, solidariedade é construção, ética é construção. São verbos e não substantivos. Não existe solidariedade e sim exercício de solidariedade.
    E porque invadiram um velório no domingo (Não me interessa quem era o morto pois o velório é para os vivos) e imputaram mais dor aos que lá já estavam doloridos, é necessário que eu redobre minha compaixão para com a dor do outro. E porque ontem insultaram o mendigo aos gritos, é preciso que eu tenha muito mais delicadeza ao tratar com pessoas fragilizadas.
    É a equivalência da qual o mundo tanto precisa.Acredito.

  2. Belo artigo, querida! E te digo mais: muitas vezes, não é a falta de iniciativa não, mas a correria da vida mesmo, que está nos fazendo cada vez mais mecânicos, sem olhar em volta. Me pego chegando em casa e lembrando que vi alguém na rua e não fui cumprimentar, que alguém me pediu um favor e esqueci etc. Como se estivesse olhando sem enxergar. E é isso que percebo nos mercados, nos hospitais, nas salas de aula. Aí recorremos ao whatsapp para pedir desculpas, dar um oi e até felicitar por datas especiais. A vida tem nos tornado cada vez mais individualistas, e eu tenho ficado assustada com isso. Policiar-se talvez seja a melhor saída…

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