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Hereda, ao centro, com executivos da Philip Morris (Foto Divulgação).
Hereda, ao centro, com executivos da Philip Morris (Foto Divulgação).

Uma das maiores empresas globais da área de tabaco, a Philip Morris anunciou, nesta sexta-feira (11), investimentos de  R$ 168 milhões e geração de 400 empregos diretos  na produção de tabaco curado no município de Cocos, no oeste da Bahia. Protocolo nesse sentido foi assinado com o Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).

O documento foi firmado entre o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda, e os gerentes da Philip Morris Brasil, Luís Camarate e Marcos Moraes. O projeto em Cocos consiste na implantação de um complexo agroindustrial, compreendido desde a compra das sementes até a colheita de tabaco.

– O terreno já está em fase de terraplanagem e a expectativa é que a primeira colheita já seja feita no segundo semestre deste ano. Escolhemos Cocos por causa do clima e solos excelentes, possibilidade de irrigação e mecanização da produção – explica Camarate.

Todo tabaco será produzido na Bahia e transferido para o Rio Grande do Sul para o processo de beneficiamento. Tendo em vista a demanda das empresas afiliadas à companhia em diversos países, o volume de produção do tabaco estimado para o projeto será majoritariamente destinado ao mercado externo.

– O investimento e o número de empregos é muito significativo para o oeste baiano, principalmente para Cocos, que é uma extraordinária fronteira agrícola da Bahia, baseada, sobretudo, no agronegócio irrigado. É um investimento, tenho certeza, muito consistente porque está sendo anunciado em um momento de turbulência econômica – diz Hereda.

Para Camarate, o projeto da Bahia é muito importante para os planos da Philip Morris no Brasil. “Além de ser um importante mercado consumidor, o Brasil tem uma importância muito grande no mercado mundial de tabaco, respondendo por cerca de  20% da produção”, diz.

Segundo o Sindicato da Indústria de Tabaco no Bahia (SindTabaco), a cultura do tabaco é 100% de agricultura familiar e gera 10 mil empregos entre os diretos e diretos no estado. Hoje, o sindicato tem 19 empresas filiadas entre beneficiamento da folha, fábricas e distribuidoras de charutos e uma fábrica de cigarros. No Centro Industrial de Aratu estão instalados, também, os centros de distribuição da Philip Morris e da Cigarros Golden Leaf.

 

Uma resposta

  1. É isso: mais dinheiro às custas do povo. Não só os fumantes como também -e principalmente- aqueles que lidam diretamente com a agricultura fumageira.
    Pimenta deveria rever seus arquivos e informar o que esses pobres agricultores sofrem com a infinidade de doenças provenientes pelo contato com tabaco.

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