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Mariana FerreiraMariana Ferreira | marianaferreirajornalista@gmail.com

 

Ao passo que aquela Casa representa a sociedade, também não representa, eis a explicação para tal paradoxo: para desespero de muitos brasileiros, dos 513 deputados federais, apenas 36 foram eleitos pelos seus próprios votos.

Quatro assuntos esta semana tomaram conta de boa parte da atenção na web e nos encontros sociais: os deputados bobos-da-corte, a saudação fascista, os cuspes e a Veja Coluna Social Retrô. Em tempos de metades e amizades à prova de palavras atiradas, houve quem defendesse e quem repudiasse essas situações.

No show à parte que os deputados-por-ocasião protagonizaram durante a votação da abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, choveram faces rubras de vergonha na plateia que assistia de casa, e ainda hoje, ao recordar.

Foram dedicatórias e asneiras demais para conhecimento de menos sobre a matéria que votavam. Até uma saudação fascista, feita por Jair Bolsonaro, tivemos que, impotentes e tristes, assistir. Eu e milhões de brasileiros esperamos que o processo da OAB sobre sua cassação vá adiante.

Também teve cuspe de Jean Wyllys no mesmo Bolsonaro após insultos, segundo ele, e cuspe de Eduardo Bolsonaro em Wyllys, em “defesa” do pai, segundo o outro. Um espetáculo que muitos não pagaram (ou votaram) para ver.

Ao passo que aquela Casa representa a sociedade, também não representa, eis a explicação para tal paradoxo: para desespero de muitos brasileiros, dos 513 deputados federais, apenas 36 foram eleitos pelos seus próprios votos. Embora não seja permitido generalizar, já que alguns de fato sabem representar bem a população.

Para alívio da região cacaueira, o deputado Davidson Magalhães sabe aproveitar inteligentemente as oportunidades para levar as questões que nos afligem ao cenário nacional, mesmo tendo um voto sobre o impeachment que nem de longe é pacífico, em sentido amplo da palavra. E, para isso, é preciso coragem.

Para finalizar a semana nacional da dor de cabeça, uma matéria na revista Veja sobre o modelo de mulher a ser prestigiado, o da quase-primeira-dama, Marcela Temer. Seu jeito de ser não compete a ninguém, nem mesmo é demérito, mas o discurso por trás da publicação incomodou muitas mulheres do ano 2016, que não se cabem mais no conceito anos 1940 de ser – o “recato” e a dedicação exclusiva ao lar que à época definiam quem era a “mulher para casar”, aquela que não seguia uma carreira e vivia à sombra do seu esposo, portanto um “homem de sorte”.

Mariana Ferreira é jornalista e autora do documentário A contrapartida.

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Helenilson fala de agricultura, Ceplac, política e desenvolvimento regional.
Helenilson fala de agricultura, Ceplac, política e desenvolvimento regional.

A produção de cacau no sul da Bahia corre o risco de desaparecer em até 50 anos, afirma o presidente do Grupo Chaves, Helenilson Chaves, em entrevista ao Jornal Agora deste final de semana, cuja edição já está nas bancas.

Helenilson analisa a política e a economia locais e afirma que regiões como o oeste da Bahia adotaram tecnologia para a produção de cacau, enquanto o sul-baiano ainda permanece no velho facão.

Abaixo, alguns trechos da entrevista em que são abordados temas como Emasa, política grapiúna e eleições, além do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

CACAU E TECNOLOGIA
Essa região poderá desaparecer em 50 anos, porque não vai haver cacau. Não podemos continuar com o nosso velho “facão”. Enquanto nós paramos no tempo, o oeste da Bahia está trabalhando com plantações de cacau irrigadas, tecnologia nova.

“JUVENAL FEZ BRILHANTE TRABALHO”

Acredito que o grande pensador desse assunto “Ceplac” foi o ex-superintendente regional Juvenal Maynart. Fez um brilhante trabalho. Deu protagonismo à Ceplac com discussões importantes como a política do preço mínimo e sobre a conservação produtiva. Também defendeu a doação de um terreno para a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e convênio que permitisse cursos de pós-graduação na área de ciências agrárias e botânica.

ÁGUA: CRISE E SOLUÇÃO
Itabuna tem muitos empresários com condições financeiras de se unir em sociedade para criar um fundo e gerenciar esse projeto da Barragem [do Rio Colônia], com a atuação, inclusive, de um Conselho de Fiscalização, mas a proposta é criar uma empresa da região. Agora estão fazendo a experiência, só pode ser experiência (disse em risos), para saber o volume que podemos beber de água salgada!

POLÍTICA E ELEIÇÕES 2016
Nós somos divorciados da política. Nossa capacidade política está exaurida. Nós até elegemos pessoas honradas interiormente, mas infelizmente não sabem administrar. Precisamos de lideranças mais novas.

SHOPPING
Nosso povo não tem união para alcançar metas. Um exemplo disso foi quando construímos o shopping, surgiram várias pessoas dizendo que não daria certo, que provocaria o fechamento de lojas no comércio, mas ainda hoje provamos o contrário. Há espaço para todos!

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Uma discussão entre o médico Edígio Alves Feitosa Filho e um motorista de ambulância, identificado como Cosme, terminou em agressão física na noite desta sexta-feira (22). A informação é do Plantão Itabuna.

De acordo com o site, o motorista abordou o médico, que estava de plantão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e pediu que ele atendesse um paciente. O médico teria solicitado que o condutor de ambulância aguardasse o retorno do plantonista da emergência, o que teria desagradado o outro.

A informação é de que Cosme passou a ofender o médico com xingamentos e este, indignado, aplicou-lhe um soco no rosto, que fez o motorista apagar. Não há informações sobre o estado de saúde da vítima.

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acesso internetA Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) proibiu, por tempo indeterminado, que as operadoras de telefonia reduzam a velocidade da internet banda larga fixa de seus clientes. A decisão, tomada pelo conselho da agência, foi anunciada ontem (22) à noite.

A proibição, que antes tinha prazo de 90 dias, agora vai vigorar até que a Anatel analise a questão da limitação de franquias de banda larga após reclamações de consumidores.

“Até a conclusão desse processo, sem prazo determinado, as prestadoras continuarão proibidas de reduzir a velocidade, suspender o serviço ou cobrar pelo tráfego excedente nos casos em que os consumidores utilizarem toda a franquia contratada, ainda que tais ações estejam previstas em contrato de adesão ou plano de serviço”, diz a agência reguladora em nota publicada em seu perfil em uma rede social. O site da agência registrou instabilidades ao longo do dia.

Na última segunda-feira (18), a Anatel havia proibido a limitação da franquia de internet banda larga fixa pelo prazo de 90 dias. No entanto, o presidente da agência, João Rezende, informou que a regulamentação do serviço no Brasil não impede esse modelo de negócio. Da Agência Brasil