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Efigênia OliveiraEfigênia Oliveira | ambiente_educar@hotmail.com

 

Algumas curiosidades marcam os Jogos Olímpicos da antiguidade clássica. Mulheres não participavam, nem assistiam às competições, pois os homens atuavam nus com os corpos untados com óleo.

 

No dia 05 de agosto acontece na cidade do Rio de Janeiro, a abertura das Olímpiadas 2016, uma festa que merece ser apreciada por pessoas de todas as idades, se possível, em família. Preliminarmente, à festa, a passagem da Pira por diversas cidades do Brasil encanta a todos, nas mãos de pessoas que representam suas comunidades com entusiasmo e esperança do êxito na realização do evento.

Os Jogos olímpicos são uma produção dos gregos antigos, cujo objetivo era homenagear os deuses na cidade de Olímpia. Participava das competições, a cidade-estado comprometida em cessar a guerra, ou seja, ela deveria, em respeito ao estatuto regente, estar em paz com os vizinhos, sem qualquer possibilidade de modificar o que estava posto. Nada de jeitinho para contemplar a quem quer que fosse. A pira, ou tocha olímpica, tal como hoje, era acesa em cerimônia bastante concorrida.

Algumas curiosidades marcam os Jogos Olímpicos da antiguidade clássica. Mulheres não participavam, nem assistiam às competições, pois os homens atuavam nus com os corpos untados com óleo. Dizem que as mulheres tinham seu momento olímpico à parte. Os atletas se empenhavam com afinco, e os vencedores recebiam como louro, uma coroa feita com ramos de oliveira, sem compensação monetária. Vem daí a expressão louros da vitória.

No início, as competições eram atletismo, boxe, corrida de cavalo, pentatlo, salto em distância, arremesso de dardo e de disco. Os Jogos Olímpicos foram suspensos no ano de 392 d.C. por motivos religiosos. No ano de 1896 de nossa Era, eles foram retomados em Atenas, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Na época, os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira. Novas modalidades esportivas vêm sendo incorporadas aos Jogos a cada temporada, inclusive o futebol. Os vencedores são agraciados com medalhas de ouro, prata e bronze, no lugar do ramo de oliveira.

Os Jogos Olímpicos da Era moderna, apesar de evoluídos na qualidade de atletas, diversidade de provas, beleza e harmonia artística, não corresponde aos princípios originais de incentivo à paz e ao desporto. Embaçado pelo luxo e pela ostentação, deixa de ser mero congraçamento dos povos, passando a ser oportunidade de supostos ataques terroristas. Esta edição mantém em alerta as autoridades mundiais, enquanto o Brasil disponibiliza as Forças armadas a fim de resguardar a integridade física das delegações presentes.

No Brasil o momento não é de normalidade política, mas de desarmonia no cenário nacional, que vem sofrendo desgastes na ordem pública. Num país de tantas possibilidades naturais e culturais, também a violência urbana, não declarada, vem perturbando a sociedade composta de maioria pacífica.

A pira olímpica visita agora diferentes espaços brasileiros, inclusive Itabuna, alegrando a todos por onde passa. Que seja ela, mais que um instante de graça e beleza; que ilumine governantes e indivíduos a praticarem o sentido verdadeiro da paz e da equidade social.

Efigênia Oliveira é mestra em Educação Holística.

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